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Zero a 300

O novo VW Tera | A Ranger cabine simples | Royal Enfield Flying Flea e mais!

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Volkswagen revela nome do seu novo “SUV” de entrada

Volkswagen Tera. Este é o novo nome para o novo VW a ser fabricado em Taubaté, mercadologicamente posicionado entre o Polo e o Nivus. Como não pode deixar de ser, é anunciado como um SUV; o que não é hoje?  Basicamente dizer que é um SUV, hoje, significa molduras pretas nas aberturas de rodas e pouco mais que isso.

Esteja livre para chamar o carro de Volkswagen 10¹² ou Volkswagen Trilhão, ambos sinônimos do prefixo Tera no sistema internacional de medidas. Tera (símbolo T) aparentemente é um prefixo que originalmente vem do grego τέρας, que significa “monstro”. E não de um jeito bom. Não parece uma escolha de nome de bons agouros, mas enfim…

O novo VW, segundo a marca, chegará às lojas em 2025 com a “missão de ampliar a participação da marca no concorrido segmento de SUVs compactos”; posicionado abaixo do Nivus, será concorrente do Pulse e do Kardian.

A empresa diz também que terá uma “linguagem de design inédita na Volkswagen do Brasil”. Usa a plataforma MQB-A0, e deve herdar o entre eixos do Polo e um comprimento ao redor dos 4 metros.  Não espere muitas novidades em relação ao Polo a não ser estilo; a motorização deve espelhar ele, sempre em três cilindros e um litro, muito provavelmente só com turbo e 116 cv aqui. Talvez tenha o câmbio manual nas versões mais baratas, mas a maioria, claro, virá com o câmbio automático. O preço deve ficar na casa dos rivais, começando pouco acima dos R$ 106.000. (MAO)

 

Os Fiat Pulse e Fastback híbridos estão perto do lançamento

Realmente precisamos de um Fiat Pulse híbrido? A complexidade deste tipo de carro apenas se justifica por legislação de emissão, e não parece que isso é necessário por aqui no Brasil, neste momento. Mas como pode ser necessário no futuro, a Fiat resolveu começar, para ganhar experiência, e no embalo conseguir algumas manchetes com sua “alta tecnologia” moderna e verde.

Mês passado a Stellantis anunciou os seus sistemas híbridos por aqui, que vão do simples motor de arranque tornado um motor/gerador elétrico, até o plug-in hybrid que podem rodar como elétrico.  O sistema mais simples é também o mais lógico e eficiente, pois aproveita para substituir componentes existentes no motor de qualquer forma (o alternador e o motor de arranque) por um componente só. Em, Stellantês esse sistema chama Bio-Hybrid, e será o que veremos em breve nos Pulse e Fastback.

O lançamento deve estar próximo: Seguindo o site Motor 1, o perfil placadoscarros publicou que versões Audace e Impetus do Pulse híbrido já foram emplacadas em Belo Horizonte, perto da sede da Fiat em Betim.

O nome “híbrido” aqui é puro marketês impregnado na mente de todo mundo; se é um “híbrido leve” como se diz, qualquer carro que use um motor de arranque para dar a partida, por este critério poderia ser chamado de “híbrido extra-leve”. A empresa diz que o sistema a ajudará a reduzir emissões, para atender ao programa Proconve L8, mas não diz que fase; essas fases entrarão em vigor em três etapas, 2025, 2027 e 2029.

Esse tipo de sistema usa o arranque/gerador integrado para carregar uma pequena bateria auxiliar; depois ajuda a preencher o vão de torque dos turbinhos modernos em baixa rotação, e não muito mais que isso. Funciona também como um start-stop mais eficiente, ajudando em consumo em trânsito pesado; a Fiat espera até 20% de economia. O motor auxiliar terá até 4 cv.

O que se paga por isso? Uma bateria extra de ion lítio, que é a fibra de carbono das baterias: caríssima, mas leve e eficiente. Pelo menos, aqui será pequena; mas é um item que claramente piora vida útil economicamente viável do carro. O ganho é realmente só justificado por menos emissão, pedido por legislação.(MAO)

 

Toyota cria híbrido GR86/ GR Corolla/ Celica GT-Four para o SEMA Show 2024

Este carro, o Toyota GR86 Rally Legacy Concept, mostrado pela Toyota no SEMA Show deste ano é na verdade um mash-up de duas histórias diferentes, em um só carro. Vamos explicá-lo desta forma, então.

Primeiro, é uma óbvia homenagem aos Celica GT- Four de rali. O GT-Four apareceu nos Celica derivados de plataformas de tração dianteira da Toyota, a partir de 1985. A versão de tração nas quatro rodas GT-Four imediatamente continuou a tradição dos Celica em Rali, vencendo campeonatos do WRC com Carlos Sainz já em 1990. Os carros ficaram famosos com uma colorida e divertida livery da Castrol.

O GR86, por sua vez, é um cupê de tração traseira esporte, barato, que é uma continuação em espírito do Corolla AE86 dos anos 1980, um carro de tração traseira. Este legado foi renascido em 2012 com o GT86 criado em colaboração com a Subaru; estamos na segunda geração desses carros hoje, chamado agora de GR86.

Ambas as linhas genéticas são derivados de Corollas originalmente, portanto, ainda que  no caso do GR86, tenha divergido dela em seu renascimento. Agora a Toyota traz ele de volta, usando a base de outro Corolla para entusiasta, o atual GR Corolla. Junte no pote de mistura o legado de rali e o livery da Castrol et voilá.

Sim, esta Coca é Fanta; este GR86 é por baixo um GR Corolla. Ficou realmente interessante, com a fantasia externa de Celica GT-Four de rali.  O legal é que dá dicas do futuro também: como sabemos o Celica deve voltar, derivado do GR Corolla talvez. E o próximo GR86 deve abandonar a parceria com a Subaru para usar o motor 3-cilindros turbo de 300 cv do GR Corolla também, ainda que para tração traseira. Muito legal! (MAO)

 

O Maserati Shamal Restomod

Dez anos após seu lançamento, o Maserati Biturbo era tão valorizado quanto uma caçamba bem grande de lixo industrial, no primeiro mundo. Apesar de ser basicamente um carro sensacional, como tudo que Alejandro De Tomaso fez, era também (como tudo que Alejandro fez) muito difícil de funcionar direito, mesmo novo. E a durabilidade também se provou baixa, nos anos que se seguiram. Ninguém queria ele, usado.

Mas o tempo muda tudo, e hoje, uma época onde os ricos parecem fugir de carro novo como o diabo da cruz, os Biturbo experimentaram valorização. E era só uma questão de tempo para alguém começar a consertar os problemas originais do carro, e vendê-lo como restomod.

Shamal: o último Maserati de Alejandro De Tomaso

Agora ele está aqui. O carro das fotos começou a vida como um cupê Biturbo de 1983, mas a nova empresa italiana Modena Automobili o transformou neste carro novo, que é chamado por ela simplesmente de “Maserati Biturbo Shamal Restomod”. Pelo menos, o nome explica tudo, e diz mais nada, o que é raro hoje. O Shamal era a versão cupê e V8 do Biturbo V6, com desenho alterado por Gandini; sua última e mais radical evolução.

Os para-lamas foram obviamente alargados e o spoiler estranho que fica na frente do para-brisa foi mantido. Faróis de LED são instalados e ele flui para um novo capô. O resultado é sem dúvida nenhuma Shamal, mas com o volume aumentado para 11.

Nada de Shamal V8, porém, nem mesmo o V6 do Biturbo original: o trem de força é moderno, do novo Ghibli. Isso inclui o V-6 biturbo de 3,0 litros, aqui com 500 cv declarados. A transmissão é a onipresente automática ZF de oito velocidades, e a tração é traseira, tudo canibalizado de um Ghibli. Os freios Brembo são instalados em todos os quatro cantos, com discos medindo 13,5 polegadas na frente e 13 atrás. A suspensão do Biturbo mantém o mesmo design, mas recebe molas e amortecedores modernos. Um novo subchassi traseiro e rodas de 18 polegadas aproveitam ao máximo as atualizações.

A Modena Automobili vai fazer 33 Biturbo Restomods, cada um com um preço inicial de US$ 638.000 (R$ 3.694.020), na Europa. (MAO)

 

A Ranger cabine simples na FENATRAN

A Ford apresentou na Fenatran uma picape Ranger Cabine Simples. A picape básica de trabalho foi exposta como um “conceito”; mas é tão fácil de fazer, e parece tão pronta, que deve ter sido mostrada para testar a reação do público à ela. Nós dizemos: pode fazer, Ford. Precisamos mais de carros simples, descomplicados, e principalmente mais baratos.

Tudo indica que deverá realmente ser fabricada em breve na fábrica da Ford Argentina em Pacheco, onde já é produzida a nova Ranger Cabine Dupla. A unidade exposta foi equipada com motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 41,3 mkgf, com uma caixa manual de seis marchas. Opções de tração 4×2 ou 4×4, e câmbio automático, devem fazer parte do pacote do carro de produção.

A Ford divulgou alguns dados oficiais: capacidade de carga de 1.250 kg, volume de carga de 1.876 litros , suspensão com amortecedores externos ao chassi, sistema de freios “redimensionados” (para maior capacidade de carga) e capacidade de travessia de alagamentos de até 800 mm de profundidade. A unidade mostrada tem rodas de aço pintadas de preto, e pneus “de asfalto”.

Hoje a picape Ranger começa em R$ 219.990; esta tem que ser mais barata para ser viável. Esperamos que aconteça em breve! (MAO)

 

Royal Enfield lança marca separada de motos elétricas

“Pulga voadora”. Este é o nome escolhido pela Royal Enfield para suas motos elétricas. O nome tem precedente histórico: “Flying Flea” é o nome popular da Royal Enfield WD/RE, uma motocicleta desenvolvida para o Ministério da Guerra Britânico (WD vem de War Department) como um meio de transporte que podia ser lançado de paraquedas ou transportado em planadores, direto ao campo de batalha. Leve e dois tempos, é o nome escolhido agora para ser elétrico.

A Flying Flea original: leve e 2T

É também inspiração em estilo e missão. Não, não será militar e lançada de paraquedas; mas sim, leve. E é agora uma nova marca separada, não um modelo, porque a gente merece: dois modelos serão disponibilizados, a Flying Flea C6 e a Flying Flea S6, essa última no estilo scrambler. Ambas são consideradas “opções de mobilidade urbana plus” e atendem às tendências atuais com um design leve e elegante, adequado para deslocamentos locais em ambientes urbanos.

Uma estrutura de alumínio forjado se estende sobre a caixa da bateria, de magnésio, e termina logo abaixo do assento solo.  Por enquanto, só sabemos como é a C6; nenhuma palavra sobre exatamente como a scrambler S6 será diferente em termos de aparência.

A Royal Enfield disse que desenvolveu um Vehicle Control Unit dedicado para os modelos Flying Flea. Essa VCU habilita e ajusta automaticamente mais de 200.000 combinações diferentes de modos de pilotagem, monitorando constantemente os dados e otimizando a experiência, seja para melhor autonomia ou “uma sensação de pilotagem cativante”.

Números de potência, autonomia e informações adicionais sobre o equipamento eletrônico não estão disponíveis no momento. A moto parece realmente leve e esbelta, e o garfo dianteiro é um interessante girder fork; a marca reitera que o foco está no comportamento agradável por meio de baixo peso.

A marca está levando a motocicleta elétrica realmente á sério; a equipe Flying Flea consiste em mais de 200 engenheiros no Reino Unido e na Índia. A C6 e a S6 estarão disponíveis no meio de 2026 no primeiro mundo; sem notícias de quando, ou se, virão ao Brasil. O preço ainda não foi divulgado. (MAO)