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Este é o novo Peugeot 208 Turbo – com vídeo
“Eu quero um carro automático!” – disse minha esposa, chateada com o fato que tínhamos naquele momento quatro carros na garagem, e nenhum deles trocava a marcha por si mesmo. Na hora, sabendo da predileção dela por carro hatch pequeno, pensei que a melhor opção era um Peugeot 208. Não acham? O pequeno hatch francês é um dos poucos carros realmente interessantes no mercado hoje, com até, pasmem, um banco com reclinador milimétrico rotativo, e não a irritante alavanca onde sempre a posição ideal de reclinação está entre dois dentes.
Tá, no fim comprei um carro de 20 anos automático para ela: carro novo está absurdamente caro. Mas entre os zero km automático, mesmo muita gente achando o 1.6 litro aspirado dele fraco e antigo, nos parecia a melhor opção, de longe. Dirigiu um já? É um carro extremamente agradável. E bonito, e, relativamente, num preço interessante.
Já imaginou um carro desses com um 1.0 turbo moderno? Imaginei na hora que experimentei o carro que faria a vida do VW Polo algo bem difícil de verdade. Pois bem, a Stellantis parece ter imaginado o mesmo: este é o 208 Turbo.
O motor é o tricilíndrico 1.0 turbo da Stellantis, na verdade Fiat no caso. O motor do Pulse e do Fastback e, mais recentemente, Strada. O moderníssimo motor tem na admissão o lift e a fase variável MultiAir, e no escape, variador de fase; dá 130 cv a 5.750 rpm com etanol e 125 cv a gasolina. O torque é igual para os dois combustíveis: 20,4 mkgf a partir de 1.750 rpm. O câmbio é continuamente variável, CVT, mas com 7 velocidades fixas para não parecer Mobillete.
É um carrinho de uso diário seriamente rápido, com 0-100 km/h em 9 segundos, e máxima de 205 km/h. Custa a partir de R$ 99.990, o que, por increça que parível, é um preço bem razoável hoje em dia.
Quer saber mais, e ver como é rodar com ele? Veja o vídeo acima de nosso estimado líder Juliano Barata. Pena que não tenho R$ 99.990; se tivesse no minuto seguinte não teria. (MAO)
Este é o sensacional Nissan “Hardbody” 2024
Incrível como uma decoração, cor, materiais, rodas e detalhes, podem mudar completamente um veículo. Se Deus está nos detalhes, no automóvel Deus está nas rodas e nas cores.
Veja a roda desta nova picape Nissan. Se você estava vivo e consciente em 1985 lembra delas. Afinal de contas, eu que estava semiconsciente por motivos que não vem ao caso, ainda assim lembro perfeitamente: é a roda do Nissan Hardbody, a picape lançada no meio de 1985 no mercado americano.
Hardbody. “Corpo duro”. Existe um nome mais bat shit crazy que este? Todo mundo que teve uma picape dessas, em algum ponto, disse: você já viu meu Hardbody? Certeza.
Mas enfim, divago. O importante aqui é que a Nissan, em um esforço para dar um pouco mais de entusiasmo à linha Frontier de terceira geração, decidiu fazer algo diferente e, lançando mão de apenas alguns detalhes, conseguiu chamar a atenção de todos para seu passado, e sua nova picape.
O novo Nissan Frontier Hardbody Edition 2024, lançado ontem, é uma sensacional volta ao passado, criada em cima do presente. É baseada no modelo Frontier SV Crew Cab 4×4, que custa a partir de US$ 36.870 (R$ 179.556) nos EUA. O pacote Hardbody Edition acrescenta outros US$ 3.890 (R$ 18.944).
E o que é exatamente este pacote? Engraçado você perguntar; ia mesmo explicar. É muito simples: para-choques e molduras de rodas preto-fosco, sem pintura, como a picape de 1985. Alguns logotipos e faixas adesivas por fora. E rodas que tem o mesmo desenho do carro antigo. Só isso, e a picape moderna fica transformada em uma homenagem à antiga. Sensacional.
Nenhuma mudança no resto da caminhonete: o Frontier 2024 continua a ser movido por um motor V6 de 3,8 litros com injeção direta e 310 cv, e transmissão automática de nove velocidades. Este trem de força é combinado com o chassi escada totalmente boxed, e 4×4 com modos 2WD, 4HI e 4LO acionáveis eletronicamente.
A Nissan americana lançou o Frontier atual no ano modelo 2022, depois de manter o modelo anterior à venda por quase 17 anos. Espera-se o carro atual continue até 2029 e um sucessor totalmente novo – potencialmente com motorização elétrica – é esperado em 2030.(MAO)
Conheça a evolução do Honda Motocompo: o Motocompacto!
OK, vamos contar a história direito. Primeiro, havia a Moto Graziella italiana: uma pequena moto com rodas minúsculas que podia ter seu banco e o guidon rebatidos, e colocada num porta-malas. É ótima para levar carro na oficina, coisa que todo mundo lendo isso faz regularmente: tira ela da mala e volta para casa sem precisar acionar o Uber.
Mas a Honda é quem realmente tornou o esquema famoso, ao lançar nos anos 1980, no mercado japonês, um acessório para seu urbano Kei, o Honda City, chamado Motocompo: uma Graziella modernizada que se tornava um paralelepípedo quase perfeito, e cabia perfeitamente no pequeno porta-malas do City.
Agora a Honda retoma a idéia e lança uma nova scooter dobrável totalmente elétrica inspirada no Motocompo. O nome é realmente sensacional, principalmente se lido como um Samurai pronto para atacar algo: chama-se … Motocompacto!
O Scooter pesa apenas 19 kg, e pode ser dobrado para ter apenas 94 mm de largura, 536 mm de altura e 742 mm de comprimento. Tem uma alça de transporte embutida, e pode ser carregado, ou jogado em qualquer porta-malas.
Tem 19 km de autonomia totalmente elétrica, e velocidade máxima de 24 km/h. Sua carga máxima, porém, é de 120 kg; alguns amigos meus não podem andar nele. Sim, estou falando contigo, Kiko. Drene a bateria e ela será recarregada em 3,5 horas em uma tomada normal de 110 volts.
O melhor de tudo, porém, é que não é absurdamente caro. Custa US$ 995 (R$ 4.845) nos EUA, mais barato que muita e-bike. As concessionárias Honda e Acura participantes deverão ter Motocompactos à venda nos EUA em novembro. Honda: eu quero! (MAO)
Uber vai ter que contratar todos seus motoristas no Brasil?
E falando em usar Uber para voltar na oficina, um esporte que confesso praticar regularmente, parece que isso vai ficar mais difícil, mais caro, ou ambos, aqui no Brasil. Nosso país, definitivamente, não é para amadores.
A notícia é a seguinte: segundo a CNN, uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho, foi julgada pelo juiz do Trabalho Maurício Pereira Simões, da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo. A sentença dele beira o inacreditável, mas vamos lá: A Uber terá que contratar todos os motoristas cadastrados na plataforma, além de pagar multa de R$ 1 bilhão por danos morais coletivos.
Foi estabelecida também uma multa diária de R$ 10 mil para cada motorista do aplicativo sem registro. A decisão deverá ser cumprida em seis meses, a partir do trânsito em julgado e da intimação para início de prazo. Uma vez intimada, a empresa deverá relacionar todos os motoristas com cadastro ativo na plataforma. Depois, deverá comprovar a regularização dos contratos de trabalho de 1/6 deles a cada mês, até o término do prazo.
A Uber disse à CNN que irá recorrer da decisão, e que não irá adotar nenhuma das medidas elencadas na sentença antes que todos os recursos cabíveis sejam esgotados. A empresa diz ainda que a decisão representa “um entendimento isolado e contrário à jurisprudência que vem sendo estabelecida pela segunda instância do próprio Tribunal Regional de São Paulo em julgamentos realizados desde 2017, além de outros Tribunais Regionais e o Tribunal Superior do Trabalho”. (MAO)