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Fiat deve oferecer Stage 2 de fábrica para o Pulse Abarth
Mopar costumava ser a divisão de peças da antiga Chrysler Corporation; virou sinônimo de carros dela, fossem eles Dodges, Plymouths ou Chryslers. “Mopar or no car!” gritavam os fãs das barcas super carismáticas que vinham da Chrysler. Esses caras devem estar realmente com a cara entre as mãos ao verem que existem agora produtos Mopar para tudo da Stellantis. Sim, até Fiats.
Bom, a tristeza de uns é alegria de outros. A marca, antes fornecendo a caterva de acessórios inúteis que o povo tanto gosta de instalar em concessionária, mas que não torna os carros melhores em nada, agora parece que vai realmente fazer algo interessante: kit de aumento de potência.
Sim, os famosos “Stage”, modificações largamente de software e mais alguns downpipes e coisas do gênero, tão fáceis de realizar em motores turbo, agora serão disponíveis em concessionária Fiat. Segundo a revista Quatro Rodas, o Stage 2 da Mopar para o Fiat Pulse Abarth (tem 3 marcas nesta frase, por Deus) está quase pronto para a venda, em fase de validação.
O projeto, segundo a revista, vai fazer o Fiat ter 220 cv e 35 mkgf do mesmo motor de 1,3 litros turbo-flex. Um grande aumento para o quatro em linha, que originalmente já não era fraco aos 185 cv e 27,5 mkgf. As modificações são um filtro de ar cônico K&N, downpipe menos restritivo, escape mais barulhento de quatro saídas e recalibração. Aparentemente, sete curvas de resposta de pedal de acelerador estarão disponíveis, selecionáveis via um App no celular.
Ainda não há confirmação de preço, termos de garantia, ou quando estará disponível. Mas a revista afirma que aparecerá nas lojas ainda neste ano de 2023. (MAO)
Dodge Charger pode sobreviver com seis em linha turbo de 510 cv
Falando em Mopar, no sentido original, parece que há boas notícias para os fãs da marca. A Dodge fez grande estardalhaço sobre o fim de seus muscle-cars V8, os Challenger e Charger, este ano; serão substituídos pelo Dodge Charger Daytona SRT EV, um carro 100% elétrico, era o que se sabia. E pronto!
Mas desde este anúncio, apareceu uma nova geração de Mustangs sem elétricos, e um GTD sensacional com 800 cv. A morte do Camaro foi confirmada, deixando mais campo aberto para o sobrevivente Mustang. Em suma, muita coisa mudou.
Agora, aparece um boato do Mopar Insiders diz que o Charger Daytona será de fato apenas elétrico. Mas parece que, junto com ele, um Charger à gasolina também estará disponível. Segundo este boato, o motor seria o seis cilindros em linha de 3,0 litros turbo do Jeep Grand Wagoneer. Ele daria no novo Charger nada menos que 510 cv; mais que suficiente para manter a chama ativa. Não é um V8 Hemi, mas vale também, se quiserem saber minha opinião.
Se for verdade, uma boa nova para os inúmeros fãs da marca. Afina de contas, segundo o plano oficial, dizer “Mopar or no car!” no futuro implicaria andar em carro elétrico, e não conheço um Mopar-man sequer que tenha um mínimo de simpatia por isso. Talvez a marca tenha finalmente percebido os erros de seus atos. Tomara! (MAO)
CAOA investe R$ 3 bilhões no Brasil
A gente devia ficar feliz pela CAOA-Chery. Uma empresa pelo menos com algo de brasileiro, uma marca nossa, mesmo que os produtos sejam chineses. Afinal de contas, não é assim que os Chevrolet não sejam também chineses hoje em dia. Uma indústria realmente nacional é algo que devíamos perseguir.
E as coisas parecem ir bem com ela. O grupo anunciou agora investimentos da ordem de R$ 3 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos. Será aplicado na modernização e ampliação da fábrica de Anápolis (GO), onde são produzidos os modelos da marca Chery. Especialmente, diz a o Grupo CAOA, o aporte será usado para aumentar o volume de produção do Tiggo 5X Sport em 150%. E melhor: com isso a expectativa é que aproximadamente 800 novos empregos sejam gerados.
O Tiggo 5X Sport foi lançado no Brasil no último mês de junho, e é, claro, um SUV pequeno que custa hoje módicos R$ 119.990. Oferece de série ar-condicionado manual com saída para os passageiros traseiros, banco de couro sintético, central multimídia de 10,25 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, chave presencial, controles de estabilidade e tração. O motor é um 1.5 turbo de 150 cv e 21,4 mkgf de torque, e a transmissão é CVT com 9 marchas fixas. (MAO)
Impreza 22B de Colin McRae é vendido em leilão
Qualquer Subaru Impreza WRX 22B é por si só algo altamente especial e cobiçado: uma série limitada, a forma que a Subaru encontrou para comemorar três campeonatos consecutivos de WRC: 1995, 1996 e 1997. Também marcou o 40º aniversário do fabricante.
Mas olha isso: um dos protótipos do Subaru Impreza 22B de 1998, anteriormente propriedade de Colin McRae. Ein? Você mora debaixo de uma pedra no Alasca e não sabe quem foi Colin McRae? Simples: um piloto escocês de rali que é uma das maiores lendas do WRC, e famoso justamente com a Subaru. Foi campeão em 1995, vice-campeão em 1996, 1997 e 2001, e ajudou a Subaru a garantir o título de construtores nos famosos campeonatos de 1995, 1996 e 1997. Morreu tragicamente num acidente de helicóptero em 2007.
A Subaru entregou este 22B para McRae em novembro de 1998. Foi um dos três protótipos do modelo de tiragem limitada inspirado em ralis. Nada menos que 400 deles foram para o Japão; o resto do mundo pegou migalhas: 16 para o Reino Unido, 5 para a Austrália, tudo RHD, e tudo isso fora o trio de exemplares de pré-produção.
O motor era o flat-four EJ22 com 2,2 litros e turbo. A fábrica dizia que tinha 276 cv; mas este era o limite do acordo de cavalheiros da época no Japão, e provavelmente era mentira; um cavalheirismo danado, #SQN. Era um carro de mais de 300 cv, e praticamente uma versão de rua do carro de corrida.
A Subaru ofereceu um dos protótipos 22B a Colin McRae; o carro não foi um presente; ele teve que comprá-lo. Os outros dois protótipos foram um para o co-piloto de McRae, Nicky Grist, e o outro para David Lapworth, da ProDrive, que produziu o carro.
O carro de McRae tem apenas 7.333 milhas (11.802 quilômetros) no painel. Leiloado em 26 de agosto, no Silvestone Festival, foi vendido por nada menos que £ 480.500, ou praticamente três milhões dos nossos pobres reais. Barrabás. (MAO)