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Novo Dacia Sandero será elétrico, e alto como o Stepway
O falecido Sandero, que aqui no Brasil era um Renault, continua com sucesso na Europa, com sua marca original Dacia. Dacia, para quem não sabe é uma marca romena que nasceu já fazendo Renaults em 1968, e se tornou parte da marca francesa quando caiu a cortina de ferro.
O Dacia Sandero, já que continua um sucesso por lá, vai continuar. Segundo a Autocar inglesa, será reinventado para sua quarta geração, e “suvificado”: mais alto e com molduras plásticas nos arcos de roda, como é hoje o Stepway. Será 100% elétrico, também, e como convém à marca Dacia na Europa, barato. Barato de forma relativa, claro, né?
O CEO da empresa, Denis Le Vot, revelou à publicação inglesa que o novo Sandero chegará em “2027 ou 2028”, e “viverá até 2034 ou 2035”. Será o elétrico barato da marca, na Europa.
Como será baseado na plataforma elétrica CMF-BEV da Renault, será provavelmente uma versão barateada do Renault 5, com foco em utilidade e praticidade. Pense num Stepway elétrico e você não estará muito longe do que se espera aqui. Hoje, parece que se não se é um SUV, tem que ser um hatch com jeito de SUV (mais alto e com molduras nos paralamas), como a “morte” do Sandero por aqui, na verdade transformação em “Renault Stepway”, mostra claramente.
Minimizar o peso será a chave para manter os custos baixos e pode até levar a Dacia a instalar uma bateria menor do que a destinada aos seus irmãos de plataforma de marca Renault. O executivo disse à Autocar que a Dacia não terá como meta autonomia de 500 km e carregamento em 20 min. Mas será mais barato que carros assim.
Há possibilidade de se aparecer também um desses novos Sandero com motor a combustão, para ser vendido até 2035 no velho continente; mas não se tem confirmação disso. Se acontecer, provavelmente será um híbrido, com a tecnologia mostrada recentemente no Dacia Jogger. (MAO)
Esta é a Montana RS
A Chevrolet lançou oficialmente a versão RS da nova Montana. E não, meninos, não é uma versão esportiva com mais de 300cv: é apenas mais um nível de acabamento, como é praxe para as versões RS por aqui. O que você esperava? Quando se lança esportivo de verdade por aqui todo mundo só sabe chiar de preço e falar que é melhor um Cayenne 2002 usado. A GM prefere fazer nada, que pelo menos não fica infame. Tá certa. A gente merece.
A receita da Montana RS é a mesma do Tracker: decoração diferente. Uma nova grade frontal e detalhes com acabamento preto brilhante, emblemas pretos, rodas de 17″ com acabamento próprio, retrovisores externos com capas pretas, revestimento interno preto com costura vermelha. Coisas assim, esportivíssimas.
O carro deve ser o mais caro da linha, ou seja, mais caro que os R$ 142.590 cobrados hoje pela versão Premier. Por isso, vem bem completo, com faróis de LED com regulagem de altura e acendimento automático, sistema OnStar, Wi-Fi nativo, aplicativo para comandar funções do veículo à distância, ar-condicionado digital automático, sensor de estacionamento traseiro com câmera de ré, airbags frontais, laterais e de cortina, além de alerta de ponto cego.
O motor é o mesmo 1.2 turbo flex de 3 cilindros com 133 cv e 21,4 mkgf (etanol). Há uma opção de câmbio manual nas versões de entrada da Montana, mas você já sabe que esta versão, cara, será apenas automática de seis velocidades. Se você quer diversão ao volante, o melhor é a básica, com o mesmo motor, mais leve, câmbio manual, e de melhor desempenho. A versão manual básica custa a partir de R$ 118.690. (MAO)
Sua casa na cor de seu Porsche?
Paint-to-Sample, ou PTS. Uma forma de personalizar seu Porsche que apareceu nos anos 1990 quando o arquiteto suíço Carlo Rampazzi apareceu com uma bandeja vermelha na Porsche e pediu para que o seu novo carro da marca, um 911 Turbo conversível, fosse desta cor por dentro e por fora.
Paint-to-Sample significa pintura a partir de amostra, e hoje é uma mania entre milionários californianos. Se seu Porsche tem uma mera cor de catálogo, de estoque, és uma pessoa menor. Se você sentiu aquele gosto ruim e ácido chegando à sua boca, vindo do lugar errado, não está sozinho.
Hoje o programa PTS não precisa nem mais da tal amostra; existe um catálogo PTS com mais de 180 cores, pré-escolhidas para você. Sim, um PTS sem amostra, de catálogo, o que deveria ser um oximoro, mas aparentemente não é.
Enfim. A notícia hoje é que além do seu carro, você pode pintar a sua casa também nas cores deste catálogo PTS. A Porsche se associou à loja de tintas online americana Backdrop para disponibilizar quatro cores do programa PTS, para pintar as paredes de sua casa. As quatro cores incluem Irish Green, Speed Yellow, Ruby Star e Rivera Blue.
Claro que não será de graça, já que falamos de Porsche. Cada galão da tinta está programado para ser vendido a partir de US$ 75 (R$ 367), num país onde a tinta normal custa US$ 25 (R$ 122). Uma bagatela se você é realmente um cara que gosta de coisas desse tipo: vem em uma lata bem legal que provavelmente será guardada na garagem como “arte”. Também inclui um chaveiro de couro Porsche 75 em uma homenagem ao aniversário da marca esse ano. Carlo Rampazzi ficaria orgulhoso de você. (MAO)
Roubo de Range Rover na Inglaterra é um problema
Se você acha que problemas de segurança são exclusividade brasileira escutem essa: os roubos de Range Rover na cidade de Londres se tornaram tão comuns que as empresas de seguro deixaram até de aumentar o preço de seus serviços para esses carros. Estão simplesmente se recusando a segurar Range Rover. O problema existe já à mais de um ano, e parece que não é temporário.
“O roubo de nossos veículos nas grandes cidades se tornou um problema”, disse Adrian Mardell, CEO interino da JLR, de acordo com a revista inglesa Autocar. Segundo ele, Londres e Manchester são os dois piores locais de roubo. O Range Rover é agora o carro mais roubado da Inglaterra, por uma grande margem.
Os Range Rovers novos tem sistema de segurança aprimorado, e parecem estar razoavelmente imunes à este problema, mas a fama está se espalhando, aparentemente. Ainda não parece estar dissuadindo os clientes, porém: O Range Rover Sport foi o segundo modelo mais vendido da JLR no Reino Unido até o final de junho, com 5.133 unidades vendidas, e o Range Rover foi o quarto modelo mais vendido, com 3.967, mais do que o dobro do mesmo período do ano passado. (MAO)
Conheça o Pininfarina Battista Edizione Nino Farina
Se você nunca entendeu a fixação da Ferrari com a cor vermelha, é só olhar as fotos deste carro. É um Pininfarina Battista, carro com o nome do fundador invertido tal qual um Ferrari Enzo (a criatividade…) que sempre apareceu em cores escuras como verde e cinza; em vermelho parece outra coisa, mais bonita, mais italiana, e mais… bem, Ferrari né?
Trata-se do (respire fundo) Pininfarina Battista Edizione Nino Farina. Nino Farina foi o primeiro campeão mundial de Fórmula 1, garantindo o título em 1950 ao volante de um Alfa Romeo, no primeiro Campeonato Mundial de Pilotos da FIA. Era sobrinho do senhor Battista, então esse carro é uma família italiana jogada no liquidificador, e depois tornada carro.
Na verdade, é só um chassi encomendado à Rimac com carroceria da Pininfarina, vendido ainda mais caro que o já caríssimo Rimac. E esta versão em particular é apenas uma edição especial, criada para que seus donos se sintam mais especiais que os compradores de Battistas normais, os coitados.
Não que um Battista normal seja normal: com 1,927 cv a partir de quatro motores elétricos e custando US$ 2,2 milhões, o carro é capaz de fazer o 0-100 km/h em 1,89 segundos, 0-300 km/h em 10, 49 segundos e chegar a 358 km/h. Sua autonomia com bateria cheia é de 500 km. Não há alteração nesses dados, neste novo carro.
A Pininfarina não mencionou preço desta versão especial decorada em homenagem ao sobrinho do Battista; se você precisa perguntar, não é para ti. Pelo menos, descobrimos que fica realmente bonito em vermelho. (MAO)