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Série de despedida do Megane R.S. deve ser mostrada no Japão
Numa ação que ainda vai mostrar se é acertada ou não, a Renault pretende agora que seus esportivos sejam chamados Renault-Alpine, e não mais R.S., Renault Sport. Alguns diriam que é uma diluição da marca Alpine, que devia ser apenas de carros esporte realmente; outros que é uma unificação inevitável. Afinal de contas, Alpine não parece que ficará muito tempo imune à mania de se lançar SUV’s com marcas que não deveriam estar neles.
A Renault do Japão agora anunciou que um Megane RS Trophy especial, uma edição limitada, será apresentado no Tokyo Auto Salon na próxima semana. Com a mudança para o nome Alpine, pode ser este efetivamente o último modelo com o emblema da Renaultsport. O Megane RS, já se sabe, terá a produção terminada no final de 2023.
Embora ainda não seja oficial, boatos indicam que o nome será “Megane RS Ultime”. Não se espera que seja tão radical quanto o Trophy-R, e acredita-se que as mudanças sejam apenas cosméticas. O motor quatro em linha turbo de 1,8 litro compartilhado com o Alpine A110 provavelmente dará algo próximo do atual Trophy 300: 300 cv a 6000 rpm e 42,8 mkgf a 3200 rpm. A transmissão deverá também ser a mesma dupla-embreagem de seis marchas.
Lembrando que o Megane R.S. Trophy 300 é um carro do tamanho do Golf: 4364 mm de comprimento, em uma distância entre eixos de 2670 mm. Pesa 1452 kg e usa pneus 245/35 R19 dianteiros e 245/35 R19 traseiros.
O Tokyo Auto Salon 2023 está programado para acontecer de 13 a 15 de janeiro. A produção do Megane RS Ultime será limitada e se imagina um preço ao redor dos € 50.000 (R$ 282.500) na França, onde o Megane R.S. normal é vendido a partir de € 44.650 (R$ 252.272,5). (MAO)
Este é o Alpina B4 Gran Coupe JDM
Este aqui é um exemplo ótimo de um carro JDM: criado exclusivamente para o mercado doméstico japonês, com algumas diferenças que o fazem exclusivo. A sigla JDM, “Japanese Domestic Market”, apareceu primeiro na Austrália, país onde tal coisa era fácil e desejável, e se espalhou pelo mundo. Aqui no Brasil, hoje muita gente usa para carros de origem japonesa, como um Corolla feito em Indaiatuba para o mercado brasileiro, mas falando estritamente, é errado.
Mas enfim: este é uma versão especial exclusivíssima do Alpina B4, para o mercado japonês. A importadora da Alpina para a terra do sol nascente, Nicole Automobiles, encomendou apenas quatro exemplares sob medida do B4 Gran Coupe para o mercado japonês. Os quatro vem com um conjunto específico de rodas de 20 raios – um clássico da marca Alpina, agora propriedade da BMW. Estas rodas complementam as duas únicas cores disponíveis para o mercado japonês: Fire Orange e Frozen Black Metallic.
Existem dois exemplos do B4 Gran Coupe em Fire Orange. Um vem com um conjunto de rodas multi-raio Alpina Classic douradas e tem o volante do lado esquerdo do veículo. O outro é equipado com um conjunto preto de 20 polegadas e com volante à direita.
Os modelos em Frozen Black Metallic são mais sutis, e vêm em uma configuração semelhante, embora as rodas pretas clássicas sejam substituídas por um conjunto pintado em antracite.
Todas as quatro unidades exclusivas do Alpina B4 Gran Coupe Japan têm as mesmas especificações, como estofamento em couro Merino preto, tapetes de veludo e porta-malas, volante revestido em Alcantara, acabamento em madeira preta e um bando de elementos da marca Alpina.
O motor é o seis cilindros em linha de 3,0 litros que produz 502 cv e 73 mkgf, acoplados à tradicional caixa ZF de oito marchas. O B4 Gran Coupe faz o 0-100 km/h em apenas 3,7 segundos, e chega a 301 km/h de máxima.
As quatro unidades Alpina B4 Gran Coupe “JDM” estão em exibição em várias concessionárias BMW e Alpina no Japão. Com apenas quatro unidades em oferta, a Nicole Automobiles selecionará o comprador por meio de sorteio. (MAO)
Van Morris retorna elétrica e modernizada
Esta é realmente inesperada: quem imaginaria que alguém iria se dar ao trabalho de criar uma versão moderna de uma obscura Van de trabalho inglesa dos anos 1950? O Morris J-type “delivery van” foi corrente de 1948 a 1961; embora evoque uma certa nostalgia nos ingleses, é um carro totalmente esquecível e pouco importante na grande ordem das coisas.
Mas não importa: o fabricante da recriação, a “Morris Commercial”, afirma que o novo veículo comercial não tem somente a aparência do carro antigo: terá alto volume e alcance mundial. Será elétrico, claro, e uma carroceria fabricada com fibra de carbono reusada.
A startup inglesa tem como líder uma mulher: a chinesa Qu Li, dona da Eco Concepts. Esta senhora tem ligações antigas com o consórcio Phoenix, o infame grupo que tentou reviver a Rover falida quando a BMW a abandonou, mas acabou por apenas tirar todo dinheiro possível da empresa para seus líderes; por causa disso a nova Morris tem sido atacada pela imprensa inglesa.
Segundo a empresa, a Red Bull e o correio inglês, o Royal Post Office (que comprou um terço da produção original da van tipo J), já manifestaram interesse na van. “O peso bruto do nosso veículo é de 2,5 toneladas, o que é mais leve do que a menor van do setor atualmente. Mas esta tem carga útil de 1 tonelada, algo que normalmente só vem em vans de 3,5 toneladas de pbt. Também temos mais de 200 milhas (321 km) de autonomia”, disse Li à Car and Driver. Tudo seria cortesia de um chassi tipo “skate” e estrutura inovadora.
Mas falar o que o veículo será capaz é relativamente fácil; parece difícil que essas promessas sejam possíveis com um veículo elétrico; normalmente é o inverso, ele sendo menos eficiente em carga útil/pbt. Se for verdade, é uma revolução, o que parece difícil. Sem falar no custo de produção. O desenho da van é engraçadinho e retrô, e parece inofensivo; mas parece, de novo, algo mais para o vapor, que para o sólido. (MAO)
O novo Bugatti Baby II Carbon Edition
O filho mais novo da primeira mulher de Ettore Bugatti (ele se casou uma segunda vez no fim da vida, e teve mais dois filhos), Roland Bugatti, era um temporão: suas duas irmãs e seu irmão Jean já eram adultos quando nasceu. Era por isso um jovem que foi extremamente amado e mimado.
Seu pai, quando ele tinha apenas quatro anos, criou para ele uma réplica perfeita de um Bugatti tipo 35, mas em uma escala que ficasse do tamanho certo para ele. O carrinho era um Bugatti: até o eixo dianteiro forjado com uma passagem para o feixe de molas no meio dele estava lá, bem como a carroceria em alumínio batido à mão, e as rodas de alumínio fundidas. Apenas o motor era um elétrico, tocado por uma bateria de automóvel de tamanho normal, 12V.
Como todo milionário que encomendava um Bugatti ia fazer isso no castelo em Molsheim, junto com a família, e ficando coisa de uma semana hospedados por lá, conheciam o carrinho, e ficavam encantados com o pequeno Bugatti de Roland. Os pedidos de cópia foram tantos, que entrou no catálogo da empresa. Nascia o Bugatti tipo Baby, algumas vezes erroneamente descrito como “tipo 52”.
O zoológico de Buenos Aires, por exemplo, tinha um monte deles, que alugava para crianças brincarem nos anos 1930. Alguns vieram para o Brasil também, e os originais estão entre os brinquedos mais caros da história.
Não é à toa que foi revivido nesta era da nova Bugatti: em 2019, junto com a empresa Little Car Company com sede em Launton, Inglaterra, apareceu o Baby II, um veículo-brinquedo, de novo totalmente elétrico, em escala de 75%, para crianças.
O Baby II tem uma distância entre eixos de 1.800 mm e um comprimento total de 2.760 mm. Tem 800 mm de altura e 1.060 mm de largura. Existem duas opções de powertrain elétrico, variando de 1kW a 4kW (1,4 a 5,4 cv), e, nos modelos Pur Sang e Vitesse, 10kW (13,4 cv) de potência. A velocidade é ilimitada neste caso, e pode chegar a 72 km/h!
Agora a empresa lançou a versão Carbon Edition, supostamente disponível apenas para os donos do Bugatti Mistral, à um preço de € 80.000 (R$ 452.000) cada um. É um Baby II com detalhes em fibra de carbono, o que é realmente estranho em um carro que emula um carro de corrida dos anos 1920/1930: o material nem havia sido inventado…
A Bugatti diz que o carrinho é “construído à mão de acordo com as especificações de cada cliente, e segue os detalhes externos e internos do W16 Mistral, tornando-o o complemento ideal para o melhor roadster da Bugatti.” Um brinquedo ainda mais exclusivo. Mas meio esquisito no mash-up de antigo e moderno. Não acha? (MAO)