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Zero a 300

Opel Combo é Berlingo alemão | Kawa Z7 Hybrid | Novo Countryman JCW e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

O novo Opel Combo

Se você me dissesse 20 anos atrás que um dia existiria um Berlingo badge-engineered para virar um Opel, eu podia até acreditar (não há nada sagrado nesta indústria), mas ia soar estranho pacas. Hoje é apenas normal. A Opel, parte do repositório de marcas chamado Stellantis, está mostrando o novo Combo: um Berlingo com outro nome.

Opel Kadett Combo (Combo A)Combo BCombo C

Nós temos uma longa tradição aqui no Brasil de receber Opels com logotipo Chevrolet, mas nunca tivemos o Combo, um carro popular na Europa. Nasceu em 1986 como uma “Fiorino” do Kadett, depois passou a ser baseado no Corsa. A partir da terceira geração em 2001, era basicamente um Berlingo da Opel, baseado no Corsa 4300, mas claramente inspirado no francês: até existia uma versão de passageiros com teto de lona elétrico!

A Stellantis revelou recentemente todos os seus comerciais juntos, mas agora a Opel vem detalhar o Combo de qualquer maneira. Apenas a versão de carga é lançada agora: a de passageiros promete ser 100% elétrica, e será lançada posteriormente.

É um extenso facelift, na verdade, da quarta geração do Combo, de 2018. Partilha a maioria dos seus componentes com o Citroen Berlingo, o Toyota ProAce City e, mais recentemente, o Fiat Doblo.

A nova face do Opel Combo apresenta faróis mais finos, disponíveis opcionalmente com tecnologia Intelli-Lux LED Matrix. A linguagem de estilo atual da Opel traz as luzes montadas sob o painel “Vizor” que cobre a grade também.

Por dentro, um novo painel de instrumentos digital de 10 polegadas atrás do volante, tela multimídia independente de 10 polegadas no centro. O cockpit digital funciona em plataformas Snapdragon Cockpit da Qualcomm Technologies e oferece suporte aos mais recentes recursos de conectividade. Vem com a câmera dupla Dynamic Surround Vision, além dos inevitáveis recursos de assistência de direção, incluindo o Adaptive Cruise Control opcional.

Existem versões diesel, gasolina e elétrico. O Opel Combo Electric vem equipado com um único motor elétrico que produz 136 cv e 27 mkgf. A autonomia WLTP foi aumentada para 320 km graças à adição de uma bomba de calor e a alterações no sistema de frenagem regenerativa. A linha também inclui versões a gasolina e diesel, com os motores 1.2 PureTech e 1.5 BlueHDi. A gasolina estará disponível exclusivamente com caixa manual, enquanto o diesel também oferecerá a opção de transmissão automática. (MAO)

 

Carlex cria restomod de BMW 635i 1986

Quando falam que a onda restomod já foi longe demais, pouca gente acredita; mas é só ver este carro aqui para entender que já passamos do topo da curva. A empresa Carlex Design, da Polônia, mostrou um BMW 635i 1986 modificado, que parece ter sido inspirado num Chrysler Cordoba 1978 com interior em Corinthian Leather. Pode dar motivo para o povo criador do BMW original marchar sobre a Polônia, fortemente armado. O que não seria uma primeira vez.

A Carlex está construindo sete desses carros, e diz que está “dando a este lindo BMW uma cabine opulenta muito melhor do que a que a BMW poderia oferecer de fábrica na época.” Sei. O primeiro exemplar concluído é um 635 CSi 1986 com carroceria preta e um conjunto de rodas exclusivas com inspiração Alpina. Além das rodas, por fora as únicas alterações parecem ser um milhão de logotipos Carlex, todos também de gosto duvidoso.

A única mudança mecânica é uma suspensão revisada. A empresa não fornece detalhes sobre as mudanças, mas diz que a configuração é “esportiva, mas suave”. Eu li isso como: mole. Tá na cara que isso está mais para Cadillac 1978 que M6. Na Europa, um 635 CSi 1986 vinha com um motor de seis cilindros em linha de 3,5 litros, e 215 cv. Este tem a caixa automática de quatro velocidades, também. Claro!

É na cabine onde a Carlex coloca seu foco. A empresa utiliza um processo de patinação para o couro marrom que confere ao estofamento a “aparência profunda de peles envelhecidas naturalmente”. O material cobre partes dos assentos, console central, painel, painéis das portas e bancos traseiros. Couro patinado aparece até nos mostradores dos instrumentos, que tem números e ponteiros em aço polido à mão.

Os bancos mantém a estrutura do carro original, mas todo resto é trocado: espuma mais firme e compacta, modernas, desenho diferente, e o couro envelhecido. Um rádio Blaupunkt Bremen SQR 46 DAB que parece um aparelho de som clássico com um toca-fitas, mas na verdade tem uma conexão USB sob uma tampa, e conexão Bluetooth.

Mais de 1.200 horas de trabalho são necessárias para cada carro, o que certamente não fica barato. Eu não consigo deixar de pensar: o que há de errado com um 635i original? (MAO)

 

Este é o novo Mini Countryman JCW

O Mini Coutryman é agora elétrico; mas pelo menos, a versão JCW ainda vem com motor à combustão. Esta, a terceira geração, foi mostrada agora e é mais potente, e tem novo design que “enfatiza seu tamanho maior comparado com o antecessor.” Ué, não era Mini?

O motor é um quatro em linha turbo de 2 litros, 316 cv e 40,8 mkgf (ligeiramente mais que o carro anterior), e vem com sistema de tração nas quatro rodas ALL4; uma inconsistência histórica numa marca que era para significar tração dianteira, mas quem liga para isso? O câmbio é sempre automático também.

Os modos de direção “Mini Experience” são novos: permite que os motoristas escolham fundos e sons específicos para criar um ambiente de direção único. Possui o já tradicional modo Go-Kart que intensifica o som do motor dentro da cabine, muda a cor, e deixa todos os comandos mais diretos.

Minis não são nada pequenos hoje em dia, de qualquer forma. Este tem 4310 mm de comprimento, em um entre-eixos de 2670 mm. É também alto aos quase 1,6 metros, e anda em rodas de 20 polegadas, com seção de 245 mm. O Mini original, obviamente não vou deixar de pontuar, usava rodas de 10 polegadas. Este SUV pesa 1673 kg em ordem de marcha, ou praticamente três Austin Mini 1960. É rápido e veloz, claro, muito mais que qualquer Mini original jamais imaginou ser:  0-100 km/h em 5,4 segundos, e é limitado a 250 km/h.

Não vale se incomodar com as comparações com o carro de 1960: a marca inteira, a companhia inteira , é fundada com intenção de capitalizar em cima da fama do original. É a companhia que não pode escapar do seu passado: é o que a define. Ou pelo menos, alguns cues de design são definidos assim, pelo menos.

O carro já foi lançado nos EUA; ainda não se sabe quando virá ao Brasil. (MAO)

 

Conheça a Kawasaki Z7 híbrida

Com a Ninja 7 Hybrid revelada no início deste ano, a Kawasaki apresentou a primeira motocicleta híbrida gasolina-elétrica de produção do mundo. É estranho uma moto esportiva híbrida, sim, mas totalmente inevitável hoje em dia. É uma moto que pode funcionar exclusivamente com energia elétrica ou a gasolina, além de combinar as duas. Agora há mais uma delas: a Z7 Hybrid. Como é tradição da marca, é uma Ninja sem carenagem, basicamente.

O motor é um bicilíndrico paralelo de 451 cm³, ligado a um motor/gerador elétrico que pode ser operado sozinho ou junto com o motor a gasolina para uma potência de pico combinada de 68,5 cv; sozinho o motor forneceria somente 58 cv a 10.500 rpm.

A força chega a roda traseira através de uma inovadora transmissão manual automatizada; essencialmente uma unidade convencional de seis velocidades controlada eletronicamente, que substitui o pedal mecânico por botões similares aos paddles automotivos. Não há alavanca de embreagem ou pedal convencional, e o sistema pode operar em modo manual, ou totalmente automática.

A moto pode percorrer alguns quilômetros exclusivamente com energia elétrica, embora em baixa velocidade, mas passará a maior parte do tempo usando os dois motores em harmonia, seja nos modos Sport ou Eco. Este último inclui um sistema de “parada ociosa”, basicamente um start-stop evoluído. Há também a função “e-boost”, disponível no modo Sport, que combina a potência de ambos os motores para atingir o pico de 68,5 cv, embora apenas por breves períodos de até cinco segundos. A economia “é da categoria 250 cm³”.

O agora esperado painel TFT, está presente, uma pequena unidade de 4,3 polegadas com conectividade para smartphone e iluminação totalmente LED. Ainda não há especificações completas, mas a Ninja 7 Hybrid mecanicamente idêntica, mas com carenagem, pesa 227 kg. (MAO)