Alguns clássicos das décadas de 1960 e 1970 são relativamente comuns no Brasil, em especial os carros norte-americanos – os muscle cars, que tem apelo universal e duradouro entre os entusiastas (e até os que não são entusiastas). Mas existe uma boa variedade de esportivos bacanas, de todos os tamanhos e origens, feitos naquela época. Carros como o Opel GT, clássico alemão baseado no Opel Kadett – ele é menor, tem um motor de quatro-cilindros e parece um mini-Corvette C3. E é bem raro no Brasil.
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O Opel GT surgiu em 1965 como um exercício de design — o Opel Experimental GT, apresentado no Salão de Frankfurt de 1965. Três anos depois, o modelo de chegava às ruas com visual bem semelhante ao do conceito, porém com proporções e linhas um pouco mais conservadoras.
A base do Opel GT é o Kadett B, segunda geração do modelo, lançada na década de 60 — o que significa que o GT tem motor dianteiro de quatro cilindros e tração traseira. O motor que vinha de série tinha 1,1 litro e entregava 67 cv a 6.000 rpm, mas quase ninguém comprava o carro com este motor, preferindo o 1.9 opcional que entregava 102 cv a 5.200 rpm. Este motor fazia parte da família CiH (Cam-in-Head, ou “comando no cabeçote” em inglês), que permaneceu em linha entre 1965 e 1998 – à qual tambem pertencia o motor 3.0 do Omega na época do lançamento).
Nos EUA, ele só tinha este motor — porém com taxa de compressão reduzida e 90 cv. A partir de 1970, quase 90% da produção do Opel GT ia para os EUA. Americano ou europeu, porém, o Opel GT tem ótima dirigibilidade e, pesando apenas 845 kg, também é um carro bastante ágil e divertido de guiar. Suas características de condução e o estilo o renderam o apelido de poor man’s Corvette nos EUA.
O Opel GT tinha algumas características curiosas, como os faróis escamoteáveis: em vez de abrir para cima, como se via no próprio Corvette, por exemplo, eles giravam sobre seu próprio eixo longitudinal, ambos para o mesmo lado. Além disso, ele não tinha uma tampa traseira para o porta-malas – o compartimento de carga só era acessível de dentro do carro. A suspensão usava braços superiores triangulares e uma mola semi-elíptica transversal na dianteira (outra semelhança com o Corvette) e eixo rígido com barra Panhard na traseira (igual à do Opel Kadett e, por extensão, à do nosso Chevette).
O exemplar anunciado no GT40 é um Opel GT 1970 europeu, como nota-se pelos piscas com lentes brancas. De acordo com o anunciante, João Siciliano, o cupê só teve um dono e está completamente original – pintura, tapeçaria e acabamentos internos e externos, para-choques e rodas. Ele diz que todos os equipamentos do carro funcionam perfeitamente, incluindo os curiosos faróis escamoteáveis. O motor é o 1.9, e a mecânica também está em ordem (mas, como dizemos sempre, nunca é má ideia revisar um carro antigo depois da compra).
Existem pouquíssimos exemplares do Opel GT no Brasil, o que de certo modo justifica o valor pedido – o mesmo que custam alguns muscle cars americanos da época no Brasil. O Opel GT, porém, é um carro de nicho mais específico – um esportivo europeu à moda antiga, feito para quem buscava um carro compacto, econômico e divertido nas curvas.
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