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Os carros conceito mais legais… que nunca viraram realidade – parte 1

Há alguns dias perguntamos a nossos leitores quais eram seus carros-conceito frustrados favoritos – aqueles que poderia muito bem ter ganhado as ruas, mas jamais passaram de exercícios de design ou, no máximo, protótipos de testes.

Demos duas sugestões: o Gol GT que a VW levou para o Salão do Automóvel em 2016, e o BMW Nazca C2, projetado por Giorgetto Giugiaro sob encomenda da BMW, mas cancelado por causa do envolvimento da fabricante alemã no projeto do McLaren F1.

Vocês também nos deram ótimas sugestões, e foram muitas. Por isso, dividimos a lista em duas partes. Vejam a primeira delas a seguir!

 

Volkswagen Nardò W12

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Sugerido por: EuGostoÉdeCarroJapones

Existem muitos superesportivos dentro do Grupo Volkswagen, como o Lamborghini Aventador, o Audi R8 e o Bugatti Chiron. Mas nenhum deles leva a marca VW – o que é compreensível, visto que superesportivos não são exatamente o que se pode considerar “carros do povo”. O que é uma pena, porque quando a Volkswagen resolveu fazer um supercarro com seu nome, o resultado foi sensacional: o VW W12 Nardò, apresentado pela primeira vez em 1997.

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De acordo com a Volkswagen o principal objetivo do carro, um protótipo funcional apresentado no Salão de Tóquio, era testar a durabilidade de um novo motor W12 feito a partir de dois motores VR6. Com deslocamento de 5,6 litros e 420 cv, tinha a vantagem de ter dimensões apenas um pouco maiores que as de um V6, porém com o dobro de cilindros. A Volks dizia que o objetivo era colocá-lo em um sedã de luxo (o que acabou acontecendo com o VW Phaeton, sedã de luxo produzido entre 2003 e 2016).

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Acontece que a Volks pôs muito esforço naquilo que deveria ser apenas uma mula de testes não? O VW Nardò foi desenhado por Giorgetto Giugiaro e tinha formas harmônicas e bem resolvidas, com formas bastante angulares elementos de design à frente de seu tempo – parece um carro de pelo menos dez anos depois.

Em 2001 ele ganhou uma repaginada, com carroceria pintada de laranja e motor com deslocamento ampliada para seis litros a fim de entregar 600 cv. Com isto, era capaz de ir de zero a 100 km/h em 3,5 segundos, com máxima de 357 km/h. Mas ele jamais passou de protótipo.

 

Ford Shelby GR-1

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Sugerido por: Vinícius Braga

O Shelby Cobra Daytona Coupe era o carro da “outra” equipe oficial da Ford nas corridas de longa duração. Inspirado no Cobra roadster, porém com uma carroceria fechada e aerodinâmica, ele tinha motor V8 small block de 4,7 litros (289 pol³) e era capaz de chegar aos 299 km/h. Foram feitos apenas seis exemplares do carro de corrida entre 1964 e 1965.

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Em 2004 a Ford apresentou uma releitura do Shelby Daytona, batizado Ford Shelby GR-1. Sua carroceria toda cromada tinha perfil semelhante ao do bólido dos anos 60, incluindo a traseira Kamm (com um corte abrupto na vertical, que reduzia a turbulência do ar na traseira e ajudava a combater o arrasto aerodinâmico). O motor, porém, era um V10 todo de alumínio com deslocamento de 6,4 litros, acoplado a um câmbio manual de seis marchas. Com 613 cv de potência, ele era capaz de ir de zero a 100 km/h em 3,9 segundos, com velocidade máxima de 306 km/h.

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O carro foi bem recebido no Concours d’Elegance Pebble Beach de 2004 e no Salão de Detroit no ano seguinte, mas a Ford cancelou o projeto por medo de ficar com o carro encalhado nas concessionárias. Naquela mesma época o Ford GT havia acabado de ser lançado e, apesar da alta demanda nos primeiros meses, a procura caiu vertiginosamente e muitos exemplares ficaram dois ou três anos esperando um comprador. Por medo de isto acontecer novamente a Ford deixou a ideia de lado e o GR-1 nunca passou de um belo conceito.

 

Citroën Numéro 9

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Sugerido por: Lucca

Em 2012, quando a DS ainda era uma submarca da Citroën, foi apresentado no Salão de Pequim o belíssimo conceito Numéro 9, criado para exaltar a imagem “de luxo” da DS. É um carro absurdamente bonito, com perfil baixo, silhueta que misturava cupê e perua para criar uma espécie de “shooting brake” de quatro portas.

A grade dianteira, com uma peça de acrílico transparente abrigando o emblema da Citröen, era uma referência clara ao SM, enquanto as molduras das janelas e o formato das lanternas eram variações muito bem resolvidas da identidade visual dos carros da DS.

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De acordo com a Citroën, o Numéro 9 foi projetado para utilizar um motor a combustão a gasolina ou a diesel em conjunto com um motor elétrico de 70 cv. Embora em teoria pudesse ser conduzido apenas com energia elétrica no modo zero emissões, ele teria a seu dispor até 295 cv.

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Corria a boca pequena que o Numéro 9 era uma previsão de como seria o futuro Citroën DS9. E isto era algo realmente empolgante porque, de acordo com a própria Citroën, a ideia do conceito era justamente oferecer uma alternativa aos SUVs de luxo. No entanto, acabou não acontecendo: o DS9 foi engavetado e, em vez disso, a Citroën lançou o SUV DS 6 na China em 2014.

 

Audi Quattro Spyder

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Sugerido por: Jad Bal Ja

No Salão de Frankfurt de 1991 a Audi apresentou um conceito que pode ser encarado como o primeiro sinal de que um supercarro de motor central-traseiro poderia se tornar realidade. Hoje em dia suas formas limpas e sóbrias podem ser meio datadas, mas ao mesmo tempo têm muita elegância e harmonia. A influência do Audi Quattro cupê pode ser vista na traseira, enquanto a porção dianteira tinha faróis escondidos sob lentes transparentes e uma grade pequena no para-choque.

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Mas além do visual, o Audi Quattro Spyder de 1991 tinha outros recursos interessantes. Estrutura e carroceria eram de alumínio, o que conservava o peso em relativamente enxutos 1.100 kg. O motor era um V6 de 2,8 litros e 172 cv montado em posição central-traseira, acoplado a uma caixa manual de cinco marchas que levava a força para as quatro rodas.

Segundo a Audi, a recepção do conceito em Frankfurt foi muito melhor do que eles esperavam, muitos se interessaram em fazer encomendas. No entanto, a fabricante julgou que seria um carro muito caro e por isso, engavetou o projeto.

 

Chevrolet Onix Track Day

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Sugerido por: The Canadian

Em outubro de 2014 a Chevrolet criou um conceito bem interessante com base no Chevrolet Onix, o carro que conseguiu destronar o VW Gol nas listas de mais vendidos. Inspirado, obviamente, nos carros preparados para track days, o Onix Track Day ganhou novas rodas, modificações estéticas até que de bom gosto e até um engine swap de fábrica.

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O hatch foi pintado de amarelo, assim como a moldura da grade e os elementos internos dos faróis. A cor também aparece do lado de dentro — nas costuras dos bancos concha (com cintos de quatro pontos da Sparco), detalhes de acabamento do painel e do volante de base reta e no console central.

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Mas a cereja do bolo é o motor: em vez do motor 1.0 de 80 cv ou mesmo do 1.4 de 106 cv das versões normais, o conceito recebeu o motor 1.8 16v Ecotec encontrado no Chevrolet Cruze. Com filtro de ar menos restritivo, escapamento em inox e injeção eletrônica recalibrada, o motor desenvolve 150 cv. Infelizmente nunca houve planos para lançar o Onix Track Day no mercado — o que é uma pena.

 

Lamborghini Estoque

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Sugerido por: Luiz Guilherme

Este é um verdadeiro clássico dos “conceitos frustrados”. O Lamborghini Estoque foi apresentado no Salão de Paris em 2008, dez anos atrás, e até hoje há quem espere ver o super sedã nas ruas. O Estoque foi o primeiro carro com motor dianteiro feito pela Lamborghini desde o super-SUV LM002 – o mesmo V10 de 5,2 litros utilizado pelo Lamborghini Gallardo, com 560 cv, acoplado a uma caixa sequencial de seis marchas com tração nas quatro rodas.

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Na época especulou-se que o V10 poderia ser substituído por um V12 ou mesmo um V8 turbinado, e que o Estoque poderia ser um bom rival para o Porsche Panamera, que estava para ser lançado (apesar de ambas as marcas pertecerem ao mesmo grupo). No entanto, em 2009 foi anunciado que os planos para produzir o sedã estavam cancelados por questões de demanda e custo. No entanto a ideia de um Lamborghini de quatro portas permaneceu como possibilidade – vindo, aliás a se concretizar com o SUV Urus.

 

Mini Rocketman

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Sugerido por: Leo Contesini

O Mini Rocketman foi apresentado em Genebra no ano de 2011, e era a resposta perfeita para quem (como nós) acha que o Mini atual não é muito Mini. Apesar de pequeno para os padrões atuais, com menos de quatro metros, ele é bem maior do que o original de 1959, que mal passava dos três metros.

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O Rocketman propunha trazer de volta a noção de “pequeno por fora, grande por dentro” que o Mini original tinha. Com menos de 3,5 m de comprimento, ele tinha estrutura de fibra de carbono e um teto de vidro panorâmico estampado com a bandeira do Reino Unido estilizada. A expectativa de uma variação verdadeiramente mini do Mini aumentou bastante depois da apresentação do conceito, mas em 2012 a Mini avisou que ele não passaria disto.