Todo entusiasta já compra um carro pensando no próximo — o que é bem diferente de comprar um carro pensando na venda, veja bem. Se você está com a grana no pente e só lhe falta decidir o que vai levar para a garagem, temos ótimas notícias, especialmente se seu orçamento está entre R$ 50 mil e R$ 60 mil: eis a segunda parte da lista — que, como de costume, feita com a ajuda dos leitores!
Kia Cerato Koup
O Kia Cerato de segunda geração era um sedã competente que vinha para brigar com o Honda City em 2009 (ainda que alguns digam que seu visual lembra demais o New Civic) e, com visual bem acertado e motor 1.6 de 126 cv — na época, o mais potente da categoria —, até conseguiu conquistar os consumidores. Mas a versão que ganhou o coração dos entusiastas é ainda mais legal: o Kia Cerato Koup.
O Brasil sempre foi um mercado carente de cupês (descontados os importados mais caros), e o Cerato Koup ousava ao ser uma das únicas opções na categoria. Para acompanhar a esportividade extra da carroceria, ele vinha com um 2.0 16v de 156 cv e câmbio automático de seis marchas — conjunto suficiente para levá-lo até os 100 km/h em 10,2 segundos, com máxima de 214 km/h. O Koup saiu de linha em 2013, com a chegada da nova geração do Cerato, e hoje pode ser encontrado custando entre R$ 55 mil e R$ 60 mil, não raro com menos de 50 mil km no hodômetro.
Mercedes-Benz C200 K
Por menos de R$ 60 mil já dá para encontrar um sedã alemão mais moderno, com tração traseira e motor sobrealimentado? Dá sim: o Mercedes-Benz C200K da geração passada, de código W204. O motor é um quatro-cilindros de 1,8 litro e compressor mecânico igual ao utilizado pelo cupê CLC (que apareceu na parte anterior desta lista, inclusive), de 184 cv, capaz de levar o sedã até os 100 km/h em 8,8 segundos, com máxima de 230 km/h.
Os exemplares fabricados entre 2008 e 2010 já custam entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, sendo que os melhor conservados e menos rodados custam a partir de R$ 55 mil. Agora, não esqueça: o preço de compra é acessível e estes carros costumam ser muito duráveis, mas você pode levar um pequeno susto com o custo de manutenção. É o preço da engenharia alemã…
Peugeot 308 THP
O motor THP, desenvolvido pela BMW e pelo grupo PSA Peugeot e Citroën, é mesmo pau para toda obra: vai bem com hot hatches compactos (como o Citroën DS3 e o Mini Cooper) e move sedãs, crossovers e SUVs com desenvoltura. E ele também faz muito bem ao Peugeot 308 que, com os 165 cv do motor 1.6 turbo, consegue acelerar até os 100 km/h em 8,3 segundos com máxima de 215 km/h — e assustar muita gente nas saídas de semáforo com seu visual relativamente discreto.
Sendo a versão topo de linha, o 308 THP vem recheado — airbags frontais, laterais e de cortina; controle eletrônico de estabilidade; teto solar e ar-condicionado de duas zonas são itens de série. Tudo a partir de R$ 50 mil.
Chevrolet Omega Fittipaldi
O Chevrolet Omega Fittipaldi carrega o peso de ter sido o último vendido no Brasil de encerrar nas sombras o legado de um dos carros mais bem sucedidos e adorados da nossa indústria. Dizemos isto porque ele vendeu pouco, chegando em um momento pouco propício para que um sedã topo de linha importado fizesse sucesso. No entanto, ele é um grande carro — visual imponente, motor V6 de 3,6 litros e 292 cv e tração traseira, está bom para você?
Ele teve apenas 600 unidades importadas entre 2010 e 2012 e, por isso, não é tão fácil assim de encontra — e boa parte dos exemplares é blindada. Dito isto, é possível encontrar um destes Holden Commodore rebatizados por menos de R$ 60 mil, o que é uma bela pechincha — ainda mais considerando que, quando novo, o Omega Fittipaldi custava quase R$ 130 mil.
Subaru WRX
O Subaru WRX já apareceu na lista passada, porém na sua segunda geração, vendida entre 2000 e 2007. Com algo entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, já dá para pensar em pegar um exemplar da terceira geração, vendida entre 2007 e 2014. Quer dizer, um WRX sedã ou hatch fabricado em 2008, 2009 ou 2010 custa em média R$ 55 mil.
O que ele traz de bacana é o motor EJ25 de 2,5 litros com turbo e 230 cv, praticamente igual ao da geração anterior. No caso, é o suficiente para chegar aos 100 km/h em 5,6 segundos e visual à altura de seu desempenho.
Land Rover Freelander
Dentre os Land Rover, o Freelander talvez fosse o mais urbano de todos até a chegada do Evoque. Sua segunda geração, o Freelander 2, é dotada de um seis-em-linha de 3,2 litros e 233 cv e tem manutenção mais simples e barata que a primeira geração, além de ser mais potente.
Todo Freelander 2 vem com ar-condicionado dual-zone, nove airbags (sendo 2 do tipo cortina) e controles de estabilidade e tração, além de todos os itens de conforto que se espera de um Land Rover. No entanto, procure um HSE, versão topo de linha que traz até central multimídia com GPS (em uma época em que isto ainda era raridade) e sistema de áudio premium com 12 alto falantes. E lembre-se: o Freelander não tem a mesma capacidade offroad de outros Land Rover (não tem reduzida, por exemplo), mas conta com toda a requinte. E tudo por, em média, R$ 55 mil.
Peugeot 307 CC
Tivemos um raro conversível francês na parte anterior desta lista e deixamos o outro para a segunda parte: o Peugeot 307 CC. Como o citado Mégane CC, é um carro raro e tem um motor 2.0 de 138 cv — ao menos até 2008, quando a potência passou para 143 cv.
No mais, apesar do diferencial de ser um conversível, o 307 CC tem a vantagem de utilizar boa parte dos componentes mecânicos do hatchback, o que facilita as coisas na hora da manutenção. E o preço de compra é camarada para quem acha que não dá para encontrar um conversível moderno e acessível no Brasil: em média R$ 55 mil por um exemplar com menos de 50 mil km rodados.