Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Os carros mais vendidos em agosto de 2018
Mais um mês encerrado, mais um mês com o Chevrolet Onix liderando as vendas no mercado brasileiro. Desta vez o compacto da Chevrolet, além de superar os rivais, também superou a si mesmo, quebrando um recorde de vendas em agosto. Pela primeira vez o modelo passou da marca das 20.000 unidades vendidas em um mês, com 21.763 exemplares emplacados em agosto.
O número também é mais que o dobro do segundo colocado, o Hyundai HB20, que mantém com o Ford Ka uma disputa acirrada pela vice-liderança do mercado. O HB20 vendeu 10.589 unidades em agosto, enquanto o Ka ficou apenas 471 unidades atrás, com 10.118. Com isso o Hyundai vai a 70.133 unidades acumuladas desde janeiro, e o Ford a 67.938 — uma diferença de apenas 2.195 carros.
A quarta posição continuou com o Volkswagen Gol, que mais uma vez superou o Polo no ranking mensal. Foram 6.628 unidades contra 6.544 do Polo, que segue na frente no acumulado do ano, mas com uma diferença cada vez menor para o Gol. Em julho essa diferença era de 824 unidades. Em agosto, ela caiu para 740 unidades.
Na oitava posição, atrás do Polo, está o Renault Kwid, que tomou a posição do Fiat Argo com 6.273 unidades. O Fiat, por sua vez, caiu para a décima posição com 6.166 unidades, perdendo até mesmo para sua irmã, a picape Toro, que vendeu 6.172 unidades e superou a Fiat Strada mais uma vez. A picape compacta empatou com o Chevrolet Prisma na 11ª posição, com 6.119 unidades.
Apesar de terem ficado fora do Top 10 de agosto, Strada e Prisma ainda lideram seus segmentos no total acumulado. Veja como está o ranking anual parcial: 1º Chevrolet Onix – 128.240; 2º Hyundai HB20 – 70.133; 3º Ford Ka – 67.938; 4º Volkswagen Polo – 46.511; 5º Volkswagen Gol – 45.771; 6º Fiat Strada – 44.394; 7º Chevrolet Prisma – 43.150; 8º Jeep Compass – 39.357; 9º Fiat Toro – 38.460; 10º Toyota Corolla – 38.157.
Combustíveis sobem e caminhoneiros voltam a falar em greve
Na semana passada os preços dos combustíveis voltaram a subir depois de quedas subsequentes. A gasolina terminou a semana com uma alta de 0,38% e chegou a 8,5% em relação ao início de janeiro — número superior ao dobro da inflação de 4,17% prevista para 2018. Os preços ainda foram reajustados em mais de 5% nas refinarias (R$ 0,12) que, naturalmente, serão repassados de alguma forma ao consumidor. Com isso, o preço da gasolina chegou ao valor recorde de R$ 2,1704.
O etanol, que vinha de 11 semanas em queda, também sofreu um reajuste, embora mais sutil, de apenas 0,2%, fechando a semana passada a um preço médio de R$ 2,62. Os preços do combustível vegetal, contudo, também deverão aumentar nos próximos dias, influenciados pela alta da gasolina.
Por último, o diesel também já vinha com um aumento sutil de 0,05%, porém na semana passada encerrou-se o prazo do congelamento dos preços do diesel resultante da negociação do governo federal para por um fim à greve dos caminhoneiros. Com o encerramento do congelamento, o governo federal anunciou um reajuste de 13%, elevando o preço do diesel nas refinarias para R$ 2,2964, o que deverá colocar os preços de volta à casa dos R$ 3,80.
Com os preços do diesel se aproximando novamente dos R$ 4 reais, as associações de caminhoneiros já começam a falar em uma nova paralisação. A União dos Caminhoneiros (UDC), uma das várias associações de transportadores do Brasil, publicou uma nota afirmando que planeja uma mobilização em 10 dias contados após o dia 30 de agosto. O Movimento de Transportadores de Grãos do Mato Grosso também mencionou a possibilidade de novas paralisações caso a Agência Nacional de Transportes Terrestres não faça um recálculo da tabela de frete mínimo para compensar o reajuste do diesel.
Outras entidades representantes dos caminhoneiros, como a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), descartam a possibilidade de novas manifestações, e que já estão em negociação com o governo — que, por sua vez, afirmou que as lideranças sugerindo novas paralisações não têm relação com a paralisação de maio/junho.
O principal fator do aumento da gasolina e do diesel foi a alta do dólar, que rompeu a barreira dos R$ 4. O etanol, por sua vez, é influenciado pelo aumento da gasolina, uma vez que a desvantagem de uso do combustível fóssil aumenta em relação ao etanol, permitindo uma margem para aumentar o combustível vegetal sem que ele se torne desvantajoso frente à gasolina — uma situação resultante do aumento dos carros flex, que chegam a 60% da frota nacional.
Kimi Raikkonen quebra recorde de velocidade e faz a volta mais rápida da história da F1
O fim dos motores V10 na Fórmula 1 representou uma queda de desempenho dos carros que ficou evidente com os recordes de volta em cada circuito. Os tempos obtidos pelos bólidos de dez cilindros eram razoavelmente mais baixos que os obtidos pelos modelos V8 e pelos primeiros carros V6 turbo. Contudo, à medida em que os motores turbo da F1 evoluíram, os tempos dos V10 começaram a ser derrubados. Um recorde, contudo, perdurou até este último fim de semana: o de volta mais rápida/maior velocidade média.
Foi em 2004 que Juan Pablo Montoya em um Williams BMW cravou a volta mais rápida da história da F1 até então, com uma velocidade média de 262,242 km/h durante os treinos para o GP daquele ano. Nem mesmo o pole position daquela prova conseguiu superá-lo mais tarde na classificação e o recorde acabou perdurando 14 anos, até que Kimi Raikkonen, em sua última volta do Q3 do GP da Itália neste final de semana, cravou uma média de 263,587 km/h.
Apesar da pole position e do recorde, Kimi chegou às voltas finais da corrida com os pneus literalmente “na lona”, o que impediu que ele pudesse se defender do ataque de Hamilton, que chegou a abrir 10 segundos de vantagem para o finlandês, e depois apenas administrou a posição, vencendo a prova com 8 segundos de vantagem e mantendo Kimi em segundo lugar.
Corvette de motor central-traseiro volta a ser flagrado com menos disfarces
Já faz quase quatro anos que ouvimos falar do Corvette de motor central-traseiro pela primeira vez, mas somente agora ele deu as caras sem capas e coberturas que ocultassem suas formas básicas. Pela primeira vez, o supercarro americano apareceu vestindo apenas uma camuflagem adesivada, revelando suas curvas, ângulos e proporções.
Apesar da confusão preta-e-branca do adesivo, o Corvette claramente manteve elementos marcantes do C7, como a dianteira baixa e pontuda (também uma possível referência aos conceitos dos anos 1960), as lanternas retangulares e a traseira verticalizada e truncada. O que ainda não podemos dizer é se as tomadas de ar laterais são parte do modelo realmente ou algum tipo de disfarce adesivado para confundir.
É possível que seja parte do design do carro mesmo, uma vez que um motor central-traseiro com potência estimada entre 600 e 800 cv precisa de muito ar não apenas para alimentar o motor, mas também para mantê-lo na temperatura ideal.
BMW revela galeria de fotos do Série 8 conversível
A versão conversível do Série 8 deve chegar somente em 2019, mas a BMW decidiu entrar na onda das fotos de divulgação de modelos camuflados em testes para ganhar um espacinho na mídia mundial na faixa e divulgou uma galeria do Série 8 no Vale da Morte, nos EUA. O modelo é testado na região, situada no oeste americano para avaliar o carro em condições extremas de calor. A região é conhecida (e batizada dessa forma) devido às suas temperaturas que podem chegar aos 50 graus no verão, combinado à extrema aridez. É nesses ambientes que são testados o comportamento dos componentes mecânicos e lubrificantes, bem como sistemas como ventilação e arrefecimento.
Quanto ao carro, bem… não há muito o que dizer. Ele é um Série 8, que todos já conhecemos, que trocou a coluna C e o teto de aço por uma coluna C e um teto praticamente idêntico de tecido. Motores, câmbio e versões serão os mesmos do cupê: um 3.0 turbo de seis cilindros e 342 cv e um V8 biturbo de 4,4 litros e 530 cv, ambos combinados ao câmbio automático de oito marchas.