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Os carros que saíram de linha sem deixar sucessor — e a gente gostaria que voltassem

Para um entusiasta, a morte de qualquer modelo querido é razão para lamentar, e mais ainda se o for mesmo o fim da linha e a marca decidir não dar a ele um sucessor. Perguntamos a nossos leitores que carros deixaram de ser produzidos e, infelizmente, não deixaram herdeiros à altura de seu legado. Agora, temos lista com as melhores (e mais tristes) respostas!

 

Mitsubishi Lancer Evolution

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Não tem como não lembrar do maior concorrente do WRX STI. Enquanto o Subaru segue firme e forte, tendo acabado de ganhar uma nova geração, tudo indica que o Lancer Evo X, produzido desde 2007, é mesmo o último da linhagem que começou lá em 1992. Ainda teremos o modelo 2015 mas, depois disso, um dos nossos sedãs turbinados favoritos deixará um vazio difícil de tapar na cultura automotiva mundial.

 

Toyota Supra

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Começando sua carreira como uma versão do Celica em 1978, o Supra passou de uma versão esportiva do popular Toyota a um esportivo de grosso calibre, com o icônico seis-em-linha 2Jz de três litros biturbo, em quatro gerações. O último Supra, fabricado entre 1992 e 2002, era tão popular entre os adeptos da modificação e preparação que é praticamente impossível encontrar um exemplar original à venda hoje em dia.

 

A Toyota vem brincando com a possibilidade de lançar um novo Supra há tempos, mas recentemente temos visto mais evidências de que isto pode finalmente acontecer: primeiro, veio a apresentação do conceito FT-1 para Gran Turismo 6, no qual a Toyota assumiu inspiração no Celica e no Supra, em dezembro de 2013. Depois, em fevereiro, veio a notícia de que a Toyota reafirmou seus direitos sobre o nome “Supra” nos EUA. Vamos aguardar e confiar.

 

Honda NSX

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História semelhante traz o Honda NSX. O cupê com jeito de supercarro e dinâmica acertada com a ajuda de Ayrton Senna conquistou milhares de admiradores pelo mundo todo ao longo dos 15 anos em que foi produzido (1990-2005). Assim como a Toyota com o Supra, já faz alguns anos que a Honda promete um sucessor para o NSX — desde 2007, tendo apresentado em 2011 o conceito que dará origem ao novo NSX, previsto para 2015.

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Nesse meio tempo, já falou-se até mesmo em um motor V10 e desempenho de supercarro, mas atualmente o que se planeja é um motor V6 auxiliado por dois motores elétricos, e o conjunto terá sua força levada para as quatro rodas através de uma transmissão com dupla embreagem. Híbrido ou não, Honda, nos dê logo nosso novo NSX!

 

Fiat Coupé

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Em 1993 a Fiat lançou um cupê esportivo batizado simplesmente de Coupé. Compartilhando plataforma com Fiat Tipo e Tempra, ele trazia um desenho único e inovador, com linhas retas e recortes inesperados, típico dos projetos de seu designer, Chris Bangle. No Brasil, tivemos cerca de 1.500 unidades importadas com motor 2.0 16v de 137 cv entre 1995 e 1996 (na Europa havia versões com motor turbo e de cinco cilindros).

O Coupé foi uma aposta solitária na história da Fiat, e não há nada equivalente a ele que tenha surgido antes ou depois — ainda que talvez possamos considerá-lo uma espécie de sucessor espiritual do Fiat 124 e do Fiat Dino, mas estes tinham tração traseira. Um novo Coupé seria uma aposta ousada nesta nova fase do grupo Fiat-Chrysler — e, mesmo que não desse certo comercialmente, certamente contaria muitos pontos para a marca italiana entre os entusiastas.

 

Chevrolet/Opel Calibra

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No Brasil o Chevrolet Calibra era basicamente um Vectra GSi para quem queria um cupê e podia pagar um pouco mais por ele. O motor era o mesmo excelente C20XE de 150 cv, e a aerodinâmica era uma das melhores do mercado. Na Europa ele tinha mais motores disponíveis e até tração integral em algumas versões.

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Por lá, ele foi substituído pelo Astra Coupé, que não deixou sucessor — nem mesmo algum equivalente para ser trazido para o Brasil como “novo Calibra”. Gostaríamos de ver algo assim, pode ter certeza.

 

Gol GT/GTS/GTi/GTI

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A esta altura a sigla nem importaria tanto — desde o fim do Gol GTI 2.0 16v, em 2001, o hatch mais famoso do Brasil não tem uma versão esportiva de verdade, com motor mais potente, ajustes na suspensão e acabamento diferenciado. Uma leve inspiração no Golf GTI cairia bem — bem como um motor 1.4 TSi. Sim, sabemos que não é tão simples quanto parece, mas certamente a VW tem recursos de sobra para tal.

O Blogauto chegou a apurar uma possível volta do Gol GT, como série especial, movido por um motor 1.6 16v de 120 cv com etanol (o mesmo que estreou na Saveiro) e com previsão de chegada para o segundo semestre, mas a VW não se pronunciou a respeito. Não seria incrível se a marca estivesse com esta surpresa na manga?

 

Lancia Delta HF Integrale

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Hoje em dia o Lancia Delta é uma mera sombra do carro com motores turbo, tração integral e um passado glorioso nos ralis que um dia foi. Na verdade, a Lancia é uma marca que, ao que tudo indica, não vai durar muito mais tempo. Sabemos que é extremamente improvável, mas seria um sonho ver uma versão turbinada do atual Delta — que usa a plataforma do Fiat Bravo, de boa dinâmica — como “despedida”. Com tração integral, por favor.

 

Jaguar XJ220

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O supercarro com motor de carro de rali do Grupo B — embora tenha sido pensado para um V12, o XJ220 acabou aproveitando o V6 biturbo de 3,5 litros do Metro 6R4 — já foi o carro mais rápido do mundo (343 km/h, sendo superado pelo McLaren F1 em 1993) e o carro mais rápido de Nürburgring entre 1992 e 2000, com um tempo de 7:46,36. Por incrível que pareça, ele só durou dois anos (1992-1994) e teve apenas 275 unidades produzidas. Já faz mais de 20 anos que o mundo precisa de outro XJ220.

Isto chegou perto de acontecer — o conceito CX-75, apresentado em 2011, seria a volta da Jaguar aos supercarros e teria um motor a gasolina auxiliado por um motor elétrico em cada roda. Porém o projeto foi cancelado no ano seguinte por causa da crise econômica — a Jaguar julgou que aquele não era o melhor momento para lançar um supercarro que custaria entre £ 800 mil e £ 1 milhão (R$ 3-3,8 milhões). Uma pena.

 

Opala SS

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Sim, sabemos que é um SS4, que andava bem menos. Mas quem se importa? Ele é absolutamente lindo [Foto: Emanoel Vieira/fotoecarro]

É claro que nós não poderíamos encerrar esta lista sem ele: Opala SS foi um dos grandes esportivos produzidos no País. Inspirado nos muscle cars americanos, ele tinha um seis-em-linha que, na configuração 250-S, entregava 171 cv brutos e era capaz de levar o Opala SS aos 190 km/h segundo um teste da revista Quatro Rodas. Seu desempenho na época e seu visual matador o tornaram um verdadeiro ícone, que se perdeu em 1980.

O Opala se tornou um carro “de luxo” de uma vez por todas e foi sucedido pelo Omega em 1992, mas a Chevrolet jamais lançou no Brasil um esportivo nos mesmos moldes do SS. Isto precisa mudar.