Há alguns dias, perguntamos aos leitores quais eram seus games favoritos das eras de 8 bits e 16 bits dos consoles domésticos. Nossa sugestão foram Super Mario Kart e Super Monaco GP, do Super Nintendo e do Mega Drive, respectivamente, a fim de agradar gregos e troianos.
A primeira parte da lista com as respostas, com títulos como Top Gear, Test Drive II e Rock n’ Roll Racing, pode ser conferida aqui. A segunda parte, com mais alguns clássicos (e algumas pérolas esquecidas) da era de ouro dos games de 8 e 16 bits, você confere agora!
Road Rash II, 1993
Sugerido por: Alex dos Santos
A versão para PlayStation, Road Rash 3D, pode até ser a mais popular por aqui, mas foram os títulos para o Mega Drive que fizeram a fama da franquia. De vez em quando você não quer só chegar em primeiro em um game de corrida – às vezes, você também quer dar umas boas porradas nos seus rivais usando chutes, socos, paus e correntes. E era exatamente isto que a trilogia Road Rash para o console de 16 bits da Sega te deixava fazer.
Road Rash II foi o que entrou para a lista porque foi o título mais lembrado pelos leitores, mas também o que melhor aproveitou o conceito de combate sobre rodas, oferecendo mais armas (o primeiro Road Rash só lhe dava a chance de dar socos, chutes ou acertar os oponentes com um taco de beisebol), gráficos mais detalhados e circuitos com mais variedade.
Top Gear Pocket 2, 1999
Sugerido por: Dalmo Hernandes
Sim, esta é uma sugestão da casa, mas vocês não se incomodam, não é? O Game Boy Color era um sistema de 8 bits, apesar de ser contemporâneo dos consoles de 32 bits e 64 bits, e Top Gear Pocket 2 (também conhecido como Top Gear Rally 2 em alguns mercados) era uma prova da capacidade do portátil: os gráficos eram coloridos, a sonoplastia era caprichada (considerando, é claro, as limitações da plataforma) e o design dos carros, que lembravam caricaturas do Toyota Corolla, do Subaru Impreza WRX STi, do Ford Focus e do Mitsubishi Lancer Evolution.
O game era bastante simples, com corridas em circuitos de terra e asfalto e jogabilidade bastante parecida com o primeiro Top Gear, de 1992. Esta simplicidade, ao mesmo tempo em que tornava Top Gear Pocket 2 extremamente divertido, também era um grande pecado do jogo, pois limitava bastante o fator replay. De qualquer forma, trata-se de um dos melhores títulos de corrida para o Game Boy Color.
Super F1 Circus 3, 1994
Sugerido por: Thiago Albuquerque
Lançado em 1994 para o Super Nintendo, Super F1 Circus 3 foi nada menos que o décimo título da franquia F1 Circus, que teve títulos para outros consoles domésticos dos anos 1980 e 1990, como o PC Engine/Turbografx-CD e o Mega Drive. E, sem dúvida, também foi o auge da série de simulação de Fórmula 1 em termos de gráficos, jogabilidade e complexidade.
Contando com circuitos de verdade, como Imola, Interlagos, Spa-Francorchamps, Suzuka e Silverstone, e todos os pilotos e equipes da temporada de 1993 da F1 (com as cores, nomes e até patrocinadores corretos!), Super F1 Circus é surpreendentemente realista (na medida do possível), com gráficos quasi-3D para os cenários e comportamento dos carros afetado por ajustes nos freios, pneus, motor e aerodinâmica. E você ainda podia jogar uma corrida rápida, caso não quisesse se comprometer com um campeonato toda vez que fosse jogar.
Super Hang-On, 1989
Sugerido por: Wolf Gamers
Hang-On foi sucesso dos arcades em 1985, em parte graças às máquinas de arcade que te faziam inclinar em uma moto de verdade para jogar, mas a versão para consoles de sua sequência, Super Hang-On, não decepcionava quem estava com o controle do Mega Drive na mão. Além da trilha sonora inesquecível (que é até vendida em CD para que for um fã realmente dedicado), os bons gráficos e a jogabilidade direta e sem frescuras eram pontos fortes do título.
O game te colocava para correr de moto em quatro continentes diferentes, cada um deles com um bom número de circuitos (só na Europa eram dezoito pistas). Curiosidade: a capa da versão para Mega Drive trazia um piloto com as mesmas cores do macacão e da moto de Shinichi Itoh, piloto japonês que, na época, competiu no All-Japan 500 cc Championship com uma Honda NSR500 sob as cores da Rothman’s.
Lotus Turbo Challenge, 1991
Sugerido por: Pedro Henrique Zanon
Lotus Turbo Challenge sempre será mais conhecido como o game que emprestou sua trilha sonora para Top Gear – afinal, o compositor Barry Leitch foi o responsável pelas canções do jogo e até hoje é detentor dos direitos sobre as composições. No entanto, o jogo em si é digno de nota por entregar alguns dos melhores gráficos já vistos não apenas no Mega Drive, mas entre todos os jogos de corrida da era 16 bits.
Os cenários eram bem desenhados e realistas, os carros tinham sprites bem detalhados e os menus eram uma atração à parte, com imagens pixeladas dos carros vistos de fora, do lado de dentro e até mesmo de seus motores – tudo acompanhado das especificações técnicas completas de cada modelo. Ainda que, em alguns países, o jogo tenha sido vendido como Lotus Esprit Turbo Challenge, o Esprit não era o único carro disponível: o Elan de segunda geração, o conversível de tração dianteira, também podia ser escolhido.
Lamborghini American Challenge, 1993
Sugerido por: Gilberto Batista de Sousa
Outra pequena pérola esquecida, desta vez no Super Nintendo. Enquanto arrepiava em Top Gear, você provavelmente nem percebeu que havia um jogo que te colocava ao volante de um Lamborghini Diablo em um mundo onde todos os outros carros nas ruas eram Ferrari Testarossa e, a là Need For Speed, te fazia disputar corridas ilegais e a fugir da polícia.
Licenciado pela Lamborghini para promover o Diablo, Lamborghini American Challenge, desenvolvido pela Titus Interactive, trazia gráficos muito bons para a época, menus coloridos e lúdicos e um sistema interessante que envolvia ganhar dinheiro com apostas para fazer upgrades em seu Diablo e continuar competitivo. As corridas aconteciam em estradas espalhadas pelos EUA, com diferentes tipos de piso e condições climáticas.
F-Zero, 1990
Sugerido por: dflopes
Não são carros, são naves. Mas e daí? F-Zero não se tornou um clássico à toa é simples: naves disputando corridas a centenas de quilômetros por hora, com uma história envolvendo disputas interplanetárias como plano de fundo. No entanto, a sensação de velocidade proporcionada pelo jogo era impressionante para a época, o desenho dos circuitos era criativo e bem feito e a trilha sonora galgada em sintetizadores era uma das mais pegajosas da época.
F-Zero foi um dos games de lançamento para o Super Nintendo e, além das qualidades já citadas, trouxe na engine gráfica uma revolução: o sistema Mode 7, que sobrepunha as linhas do cenário uma a uma de forma sequencial, emulando a aparência de um ambiente tridimensional.