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Os melhores carros com supercharger de fábrica de todos os tempos – parte 2

Há alguns dias, perguntamos a nossos leitores quais eram os carros equipados com supercharger de fábrica mais legais do mundo. Depois, soltamos a primeira parte da lista com as sugestões. Agora é hora da segunda parte, que você confere a seguir. Pronto para ver mais máquinas incríveis com compressor mecânico?

 

Koenigsegg CCX-R

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O que é melhor que um supercharger? Dois superchargers, claro! Há uma dupla de compressores mecânicos no cofre do Koenigsegg CCX, ajudando o V8 de 4,7 litros a entregar 806 cv a 7.000 rpm e 93,8 mkgf de torque a 5.700 rpm, com gasolina de 91 octanas. Diferentemente de outras fabricantes de supercarros “alternativas”, a Koenigsegg não usa motores desenvolvidos por outras empresas — o V8 todo de alumínio foi projetado in house.

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O CCX foi apresentado no Salão de Genebra de 2006, e é um dos modelos mais famosos da Koenigsegg. Ele foi o primeiro a oferecer rodas de fibra de carbono como opcional — especialmente para aqueles que acham que uma carroceria toda de fibra de carbono não é leve e cara o suficiente.

Mas se você quer algo mais extremo, vá direto para o CCX-R Edition. Por quê? Porque, no caso dele, o V8 não queima gasolina, e sim etanol. A Koenigsegg diz que é melhor para o meio-ambiente, mas temos certeza de que a verdadeira razão é a potência extra: são 1.001 cv a 7.000 rpm e 108 mkgf de torque graças à maior pressão dos compressores. É o bastante para chegar aos 100 km/h em 3,1 segundos, aos 200 km/h em 8,9 segundos, e continuar acelerando até mais de 400 km/h.

 

Lotus Exige S

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O Lotus Exige é um dos carros mais famosos da fabricante britânica, e um dos grandes responsáveis por sua reputação — a de construir esportivos leves e baratos, capazes de andar junto com carros mais potentes e até superá-los na pista. O segredo está no baixo peso, pois mecanicamente o Exige é bem convencional, usando motores de quatro cilindros que normalmente são encontrados debaixo do capô de sedãs da Toyota e potência na casa dos 160 cv. Nada especial, verdade seja dita.

Só que um pouco mais de potência não faz mal a ninguém, e é por isso que exite o Lotus Exige S. Em vez de um quatro-cilindros em linha, atrás dos bancos está um V6 de 3,5 litros vindo do Camry (que também é usado no Lotus Evora S). Com a ajuda do compressor mecânico, o V6 entrega saudáveis 350 cv a 7.000 rpm e 40,8 mkgf de torque a 4.500 rpm. O câmbio é manual, de seis marchas (automático de seis marchas é opcional, mas e daí?).

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Além de acelerar até os 100 km/h em quatro segundos cravados, não podemos esquecer que o Exige S pesa cerca de 900 kg, tem suspensão independente por braços triangulares sobrepostos (e barras estabilizadoras) na dianteira e na traseira, e o motor é central-traseiro. Na teoria e na prática, isto significa que ele provavelmente é o mais fantástico de todos os Exige.

 

Shelby GT500

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Você não achou mesmo que deixaríamos o Mustang supercharged de fábrica de fora desta, não é? O nome Shelby GT500 apareceu pela primeira vez em 1967, quando Carroll Shelby colocou um big blog 427 com dois carburadores quádruplos no cofre do Mustang. Quarenta anos depois, em 2007, a Ford e a Shelby voltaram a trabalhar juntas para lançar o Mustang GT500 de quinta geração.

O motor era um V8 Modular de 5,4 litros supercharged, capaz de entregar 500 cv a 6.000 rpm e 48,9 mkgf de torque a 4.500 rpm. Câmbio manual, tração traseira e um belo visual, cortesia do body kit exclusivo e das rodas de 18 polegadas. Não dá para querer muito mais do que isto, não é mesmo?

Na verdade, dá sim. E foi por isso que, nos sete anos que se seguiram, o GT500 foi ficando cada vez mais potente e violento. Em sua última versão, lançada antes da chegada do Mustang 2015, o V8 de 5,8 litros com comando duplo nos cabeçotes e 32 válvulas foi preparado para entregar 671 cv a 6.500 rpm e 87,2 mkgf de torque a 4.000 rpm — suficientes para chegar aos 100 km/h em 3,5 segundos com máxima de 325 km/h. A transmissão Tremec T6060, manual de seis marchas, foi reforçada para aguentar a força extra do motor.

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Além disso, o GT500 trazia um novo intercooler, freios Brembo com pinças de seis pistões, diferencial de deslizamento limitado e modificações aerodinâmicas. Ainda era possível levar o carro de volta à Shelby, para que seus especialistas fuçassem ainda mais no motor e elevassem a potência a insanos 861 cv. Ignorância, hein?

 

Mini John Cooper Works GP

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Em meio a tantos supercarros e esportivos de tração traseira, que tal um hot hatch? Hoje em dia a moda entre os foguetes de bolso é turbinar — até o Civic Type R entrou na dança —, mas há alguns anos a Mini optou por algo diferente na hora de sobrealimentar o modelo John Cooper Works GP de primeira geração: um compressor mecânico que levava a potência do 1.6 Tritec a 221 cv, que apareciam 7.100 rpm. O torque de 25,4 mkgf vinha a 4.600 rpm. Era o suficiente para chegar aos 100 km/h em 6,5 segundos, com máxima de 240 km/h — dados de fábrica.

O Mini JCW GP foi fabricado em 2006, em uma série limitada a apenas 2.000 unidades. Sendo uma versão especial, o carro tinha outros itens exclusivos além do motor: um intercooler menos restritivo, injetores de alta vazão, sistema de escape mais livre e bancos dianteiros Recaro (e uma barra de metal no lugar do banco traseiro, deixando a estrutura mais rígida). O assoalho era plano, para melhorar a aerodinâmica, e a suspensão traseira usava componentes da versão de corrida Challenge. Além disso, as rodas eram 2 kg mais leves que as do Mini Cooper “normal”, havia menos isolamento acústico, e o ar-condicionado e o rádio eram opcionais. Com 1.175 kg na balança, o Mini JCW GP era 40 kg mais leve que o Cooper S.

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A imprensa especializada elogiou bastante o Mini John Cooper Works GP, corroborando a afirmação da BMW de que o carro era como um “modelo M em miniatura”. Não duvidamos.

 

Volkswagen Corrado G60

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Um dos modelos mais citados entre as sugestões dos leitores foi o VW Corrado G60. Em 1988, o Corrado substituiu o Scirocco na posição de esportivo baseado no Golf e, com visual bacanudo e versões com motor VR6, conquistou permanentemente os fãs da marca no mundo todo. Mesmo nos lugares onde jamais foi oferecido, como o Brasil.

O que não impediu alguns exemplares de entrar aqui

Com a ajuda do supercharger, o motor 1.8 de 8v entregava 160 cv a 5.600 rpm e 22,9 mkgf de torque a 3.800 rpm. Com isto, era capaz de chegar aos 100 km/h em 7,5 segundos com máxima de 225 km/h — números para lá de respeitáveis em um carro lançado no fim dos anos 80.

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Seu sobrenome é G60 por causa do formato de seu compressor mecânico, que, em um corte transversal, lembrava uma letra G. Apesar de ser feito sobre a plataforma A2 da VW, que era compartilhada com o Golf Mk2, o Corrado era esteticamente mais próximo da terceira geração do hatch, e tinha um visual mais musculoso e arrojado do que o Scirocco. Os fãs o consideram um dos Volks mais bonitos já fabricados, e a versão G60 só foi superada em desempenho quando a VW decidiu dar ao Corrado o motor VR6, de 2,9 litros e 192 cv.

 

Ford F-150 SVT Lightning

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Se na parte anterior da lista as picapes foram representadas pela ute HSV Maloo GTS, a segunda metade fica com algo maior e mais americano: a Ford F-150 SVT Lightning. Baseada na décima geração da caminhonete, a Lightning era movida por um V8 Triton de 5,4 litros com compressor Eaton de 385 cv a 4.750 rpm, e 62,2 mkgf de torque logo a 3.250 rpm. O câmbio, ao melhor estilo ianque, era automático de quatro marchas, com diferencial de deslizamento limitado e relação final de 3,55:1.

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No fim das contas, é um utilitário transformado em esportivo de asfalto. Por isso, além do conjunto mecânico de responsa, a F-150 SVT Lightning tinha suspensão preparada, com barras estabilizadoras na dianteira e na traseira, e rodas de 18 polegadas calçadas com pneus Goodyear Eagle F1-GS de medidas 295/45.

E ela definitivamente não decepcionava no desempenho: o 0-a-100 km/h era cumprido em 5,2 segundos, com máxima de 225 km/h. Para uma picape que começou a ser fabricada em 1999 e saiu de linha em 2004 — mais de dez anos atrás —, são números que impressionam até hoje.

 

Cadillac CTS-V

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Se a Dodge tem o Charger Hellcat, qual é o super sedã da General Motors? Só há uma resposta correta: o Cadillac CTS-V, que pega emprestado o V8 de 6,2 litros supercharged do atual Corvette Z06. O motor é uma verdadeira usina de força: são 648 cv a 6.400 rpm e 86,9 mkgf de torque a 3.600 rpm. Tudo levado até as rodas traseiras por um câmbio automático de oito marchas com borboletas atrás do volante — que a Cadillac garante ser tão veloz quanto uma caixa de dupla embreagem, como as que equipam os sedãs alemães de alto desempenho.

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Sim, pois, apesar de ser compatriota do Hellcat, o Cadillac CTS-V está de olho mesmo é nos germânicos. Leia-se: BMW M5 e Mercedes-Benz E63 AMG – ambos com motores V8 turbinados, de 560 cv e 583 cv, respectivamente. Sendo capaz de chegar aos 100 km/h em 3,6 segundos com máxima de 320 km/h (limitada pela aerodinâmica, segundo a fabricante), e equipado com suspensão magnética (os amortecedores são cheios de um fluido magnético que muda de densidade e altera sua rigidez ativamente), temos certeza de que ele é um rival à altura.