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Ford Bronco e Bronco Sport são revelados – confira os detalhes
Na noite de ontem (13) a Ford realizou a apresentação simultânea de dois modelos importantíssimos para seu futuro: o Bronco e o Bronco Sport. Como fica bem claro, ambos são inspirados pelo clássico – especialmente a primeira geração, da década de 1960. E não é apenas um aguardado retorno, mas o nascimento de uma nova submarca, da qual o Bronco e o Bronco Sport são modelos que se complementam.
No caso do Ford Bronco, incomodar o Jeep Wrangler com um rival à altura em termos de preço, capacidade off-road e estilo. Para o Bronco Sport – que usa a plataforma do Ford Escape para oferecer um SUV mais rústico, e também mais apropriado para encarar terrenos difíceis, a uma fatia mais ampla do mercado.
Vamos por partes – primeiro o Bronco, e depois o Bronco Sport.
O Bronco, como já era sabido, é feito sobre o chassi da Ford Ranger e, pela primeira vez em sua história, é considerado um SUV de porte médio nos EUA (a primeira geração era um SUV compacto, e as demais foram SUVs full-size). Da mesma forma que o Wrangler, versões de duas portas ou quatro portas com entre-eixos curto ou longo. O Bronco de duas portas mede 4,41 m de comprimento, entre 1,82 e 2 metros de altura, 1,93 m de largura e 2,55 m de entre-eixos. A versão de quatro portas tem 4,81 m de comprimento e 2,95 m de entre-eixos.
A inspiração estética com certeza é o Bronco de primeira geração – o formato da grade, os faróis circulares e a possibilidade de remover portas e teto (este, de forma modular) deixam isto claro. Não há emblemas da Ford à vista – apenas o letreiro da marca em baixo relevo na parte interna da tampa traseira. Linhas retas e superfícies limpas predominam o exterior, e a Ford optou por uma abordagem moderna a um conceito clássico, sem abrir mão de acenos ao passado, mas sem exagerar neles.
O interior segue a mesma linha. É visível a arquitetura interna da Ford Ranger em proporções e posicionamento dos elementos, mas o Bronco traz um painel quase minimalista, dominado por uma tela de 12 polegadas no console central, com comandos físicos para o sistema de tração integral, o ar-condicionado e o sistema de som estrategicamente posicionados acima e abaixo dela – e devidamente protegidos contra umidade e sujeira. O quadro de instrumentos traz uma grande tela digital ladeada por velocímetro e conta-giros de ponteiro.
O piso é emborrachado e lavável, com pontos de drenagem e tomadas de 12V espalhadas por toda a cabine – que pode ter quatro ou cinco lugares. O teto pode ser de lona ou rígido – sendo que este pode ser removido de forma modular, incluindo a possibilidade de deixar ou remover as janelas traseiras, e há a opção de portas vazadas.
Ele chega com duas opções de motor: o 2.3 Ecoboost de 274 cv e 42,9 kgfm de torque; ou V6 2.7 EcoBoost de 314 cv e 55,3 kgfm. O Bronco 2.3 pode vir com câmbio manual de sete marchas ou automático de dez marchas – este, única opção disponível para o Bronco V6. O sistema de tração 4×4 tem reduzida e duas caixas de transferência eletrônicas para distribuir a força entre as rodas, e os diferenciais dianteiro e traseiro da Dana têm autoblocante eletrônico.
A Ford faz questão de ressaltar que o novo Bronco é mais que habilitado para colocar tudo isto em ação nas trilhas. Os ângulos de ataque e saída são de 29° e 37,2°, respectivamente, e o Bronco pode atravessar terrenos alagados de até 85 cm de profundidade. A Ford diz que, com 24,9 cm, o Bronco tem o maior vão livre do solo na categoria. A suspensão usa braços triangulares sobrepostos na dianteira e eixo rígido com molas helicoidais na traseira – e a barra estabilizadora pode ser desconectada ao toque de um botão para melhorar a eficácia da suspensão no fora-de-estrada. Há vários modos de condução para escolher de acordo com as condições – Normal, Eco, Sport, Slippery, Sand/Baja e Mud/Ruts/Rock.
O novo Ford Bronco já pode ser reservado por US$ 100 nos EUA, com preços a partir de US$ 29.995 (cerca de R$ 162.000 em conversão direta) na versão Base e chega a US$ 59.305 (R$ 322.000) na versão First Edition.
Agora, o Bronco Sport – uma espécie de irmão menor do Bronco, com construção monobloco graças à plataforma C2 da Ford, que além do Escape também é usada no atual Focus vendido na Europa. O SUV feito sobre a plataforma do Ford Escape ocupa um segmento diferente e complementar, sem disputar diretamente os clientes do Bronco com chassi. Ele é voltado para quem quer um SUV estiloso que possa ser usado com desenvoltura no asfalto e não faça feio no off-road. E também é o que a Ford escolheu para recuperar a força no mercado brasileiro, como veremos mais adiante.
O Bronco Sport tem sucesso em transplantar a identidade visual do Bronco em um pacote mais versátil. O perfil é bem parecido com o da versão de quatro portas, mas as proporções são ligeiramente menos robustas. Os faróis têm formato oval, a grade tem um contorno bem semelhante, e as lanternas traseiras têm um formato mais moderno. Uma diferença marcante é o formato das portas traseiras, com a coluna “C” inclinada e vidros laterais acompanhando. A tampa traseira também abre de forma convencional, não sendo bipartida como no Bronco maior.
O lado de dentro tem uma personalidade mais atual, sem tantas formas retas, e a mesma arquitetura do Ford Escape – incluindo o volante herdado do antigo Focus. A central multimídia é flutuante, com uma tela de oito polegadas, e o quadro de instrumentos é bem parecido com o do Bronco, com mostradores de ponteiro e uma tela digital bem avantajada no centro.
O Ford Bronco Sport tem 4,38 m de comprimento, 2,08 m de largura, 1,78 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. O vão livre do solo é de 19,8 cm na versão Base e 20 cm a partir do Outer Banks. Já os ângulos de entrada e saída partem de 21,7° e 30,4° respectivamente, passando a 30,4° e 33,1° na Badlands e na First Edition, com pneus opcionais de 29 polegadas.
O Bronco Sport já teve suas versões reveladas: Base, Big Bend, Outer Banks e Badlands – todas elas batizadas em homenagem a parques nacionais dos EUA (com exceção da Base, claro). O motor é o Ecoboost 1.5 de três cilindros com turbo, 184 cv e 26,3 kgfm de torque em quase todas as versões com exceção do Bronco Sport Badlands, que vem equipado com o 2.0 Ecoboost de 248 cv e 38 kgfm de torque. O câmbio é sempre automático de oito marchas, que no Badlands tem aletas para troca de marcha atrás do volante. E todas as versões têm tração 4×4 com blocante nos diferenciais. Como no Bronco, há vários modos de condução (Normal, Eco, Sport, Slippery/Sand, Mud/Ruts e Rock Crawl). A suspensão é independente nas quatro rodas, com sistema McPherson na frente e braços duplos com subchassi na traseira.
Os preços começam em US$ 26.600 (cerca de R$ 144.000 em conversão direta) para o Bronco Sport Base, e chegam aos US$ 38.500 (R$ 209.000) que a Ford pede pela First Edition.
E o Brasil?
A chegada do Ford Bronco ao Brasil ainda está sob análise – caso ele seja vendido por aqui, é certo que ficará na faixa dos R$ 350.000 a R$ 400.000, garantindo uma boa briga com o Jeep Wrangler e o Land Rover Defender. Por outro lado, a vinda do Bronco Sport é dada como certa: a Ford já disse a seus acionistas que o SUV será vendido na América do Sul — e não achemos que acionistas se impressionam com números do Chile e da Argentina, então parece claro que o Brasil está na lista de países a receber o Sport.
E o Bronco Sport será uma peça de importância estratégica na linha brasileira da Ford – ele tem potencial para encarar de frente Volvo XC40 e Toyota RAV4, que começam na faixa dos R$ 180.000 a R$ 200.000; e também VW Tiguan e Jeep Compass, que passam um pouco dos R$ 200.000 em suas versões mais completas.
Levando em consideração a estratégia da Ford para a renovação de sua linha, não é arriscado dizer que o Bronco Sport vá ocupar a faixa dos R$ 200.000 para, de uma só vez, enfrentar os rivais já citados e até mesmo superiores – com o Land Rover Evoque, que começa perto dos R$ 300.000 e tem o mesmo apelo de design que o Bronco.
Tudo vai depender da versão escolhida – ao menos uma delas será importada do México, com certeza, e a Ford terá várias abordagens para escolher. Caso opte pela Big Bend com motor 1.5 turbo, que já vem com itens como chave presencial, partida por botão e itens como cruise control adaptativo, frenagem automática de emergência e monitoramento de pontos cegos, um preço abaixo dos R$ 200.000 não é tão implausível. Por outro lado, mesmo o Outer Banks, que acrescenta bancos de couro com aquecimento, iluminação ambiente, quadro de instrumentos digital e o sistema Sync 4 com integração de smartphones; ou o Badlands, que tem motor mais potente e um sistema 4×4 mais robusto; podem ser opções por um preço mais alto – na faixa dos R$ 210.000. Isso, claro, se a Ford não criar um pacote exclusivo para a América do Sul – com lançamento previsto para meados de 2021, haverá tempo para decidir. (Dalmo Hernandes)
Mercedes-AMG GT Black Series terá virabrequim plano e 730 cv
Com lançamento marcado para esta próxima quarta-feira (15), o AMG GT Black Series teve mais duas informações confirmadas pela Mercedes nesta véspera de sua chegada: a primeira é que ele terá 730 cv e não 720 cv como havíamos sugerido.
A segunda, é que ele terá uma ordem de ignição diferente da usada no AMG GT R. A única razão plausível para esta mudança é a adoção de um virabrequim plano — algo de que já suspeitávamos desde setembro de 2019, quando o então chefe da AMG, Tobias Moers, disse que ele não teria “o típico V8 da AMG”.
Em um teaser divulgado na noite de segunda-feira (13) nas redes sociais, a Mercedes-AMG escreveu que “o novo ritmo é: 1-8-2-7-4-5-3-6” que poderíamos ouvi-lo em 15 de julho. Esta é, evidentemente a ordem de ignição do AMG Black Series, e ela é diferente do V8 4.0 convencional da AMG, cuja ordem é 1-5-4-2-6-3-7-8.
The new beat is: 1 – 8 – 2 – 7 – 4 – 5 – 3 – 6. Listen to it on July, 15th.
— Mercedes-AMG (@MercedesAMG)
A confirmação da potência também bate com a informação divulgada por uma empresa de “Ring Taxi” há alguns dias — na ocasião eles mencionaram 720 hp, o que corresponde a 730 cv. Resta saber, agora, se eles também acertaram o tempo de 6:58 ao redor do Norschleife, O tempo é absolutamente plausível se considerarmos que o AMG GT R Pro, de 585 cv, completou a volta em 7:04,63. Com 145 cv a mais, aerodinâmica ainda mais avançada e os tradicionais alívios de peso que a AMG adota nos Black Series — como o uso de painéis de fibra de carbono nua nas portas, bancos de fibra de carbono e remoção de isolamento termoacústico — um tempo “sub-7” é quase certo. (Leo Contesini)
Mini JCW GP já está a venda por R$ 299.990
A MINI anunciou nesta última segunda-feira (13) o início das encomendas do MINI JCW GP, a versão mais radical de seu hot hatch. O Brasil receberá 25 unidades das 3.000 produzidas nesta série especial, equipada com o conhecido B48 da BMW, um 2.0 turbo de 306 cv entre 5.000 e 6.250 rpm e 45,9 kgfm de torque entre 1.750 e 4.500 rpm, combinado a um câmbio automático de oito marchas.
O modelo foi oferecido na modalidade “pré-venda” (o nome da moda para compra antecipada/encomenda) por R$ 299.990. Parece muito para um Mini — ainda que seja um Mini de 306 cv —, mas, segundo um documento interno de uma concessionária da marca, enviado pelo leitor Filipe Falcão, as 25 unidades já foram reservadas.
Além do potencial de acelerar de zero a 100 km/h em 5,1 segundos, com máxima de de 265 km/h, a Mini também deu ao JCW GP rodas forjadas de 18 polegadas calçadas com pneus Hankook Ventus S1 Evo Z de medidas 225/35, novas molas e amortecedores mais firmes, novas barras estabilizadoras e freios com pinças de quatro pistões na frente e um pistão atrás.
Por dentro, o banco traseiro deu lugar a uma barra de alumínio, pintada de vermelho. O volante é exclusivo da versão e conta com aletas para trocas de marcha impressas em 3D, além de um quadro de instrumentos digital. Veja mais detalhes no vídeo acima, de nossa avaliação do carro durante seu lançamento em Los Angeles, no final de 2019. (Leo Contesini)
BMW apresenta seu primeiro crossover elétrico, o iX3
Depois de Audi e Mercedes, agora é a vez da BMW lançar seu primeiro crossover elétrico, o iX3 (sim, parece um Hyundai com nome pela metade). Como seu nome sugere, ele é a versão elétrica do X3, o que faz dele o rival direto do Mercedes-Benz EQC e do Audi e-tron.
Como a maioria dos carros elétricos modernos, não basta ser elétrico; ele precisa parecer elétrico, então a BMW adotou apliques azuis na carroceria, além de remover a desnecessária grade frontal. O modelo tem um único motor elétrico alimentado por uma bateria de 74kW para produzir 286 cv e 40,6 kgfm, além de ter uma autonomia de 460 km — que deve ser significativamente afetada se você tentar repetir a aceleração de zero a 100 km/h em 6,8 segundos ou a velocidade máxima de 180 km/h.
O lado positivo desta versão elétrica é que, sem todos os componentes do motor a combustão, o espaço interno foi otimizado, então ele pode transportar entre 560 e 1.560 litros de bagagem
A lista de equipamentos é semelhante à do X3 convencional: faróis de LEDs, teto panorâmico, cruise control adaptativo, volante esportivo com ajuste elétrico, ar-condicionado de três zonas, sistema multimídia compatível com o Apple CarPlay e Android Auto e atualização remota, rodas de liga leve aro 20″, head-up display, park assist, sistema de áudio premium Harman Kardon e roteador wi-fi.
Há ainda um sistema de simulação de ronco (sim…) que varia de acordo com a aceleração e a velocidade do carro. O sistema de recarga usa tensão de 400 volts e 150kW de capacidade, o que devolve às baterias carga suficiente para rodar cerca de 350 cv em pouco mais de meia hora. (Leo Contesini)
Hyundai HB20 1.6 chega à linha 2021 com mais equipamentos
Depois das versões com motor 1.0, o Hyundai HB20 1.6 também chega à linha 2021 – e com novidades. O compacto equipado com o motor de 1,6 litro, 128 cv e 16,5 kgfm de torque é mais procurado que o 1.0 turbo – das 2.218 unidades vendidas em maio, por exemplo, 501 delas tinham motor 1.6 e apenas 338 contavam com o motor 1.0 turbo (os mais de 1.300 restantes tinham motor 1.0 naturalmente aspirado). Então, é natural que a Hyundai dê a ele atenção especial.
O HB20 1.6 Vision passa a vir com rodas diamantadas de 15 polegadas e acendimento automático dos faróis, custando R$ 59.990 com câmbio manual e R$ 64.590 com câmbio automático. A variante Vision Pack, novidade para a linha 2021, vem de série com quatro airbags, câmera de ré, sensor de estacionamento, faróis de neblina, vidros elétricos com função antiesmagamento e acionamento dos vidros pela chave de série. Além disso, a versão com câmbio manual passa a ter controle de tração, controle de estabilidade e hill-holder de série. Custa R$ 61.990 com câmbio manual e R$ 66.090 com câmbio automático.
As mesmas mudanças valem para o HB20 S 1.6. A versão Vision do sedã custa R$ 64.990 com câmbio manual e R$ 69.590 com câmbio automático. No seu caso, a versão Vision Pack não está disponível com câmbio manual – só automático, custando R$ 71.090.
Ah, e todas as versões do HB20 1.6 passam a ter uma moldura preta na grade, e não mais cromada – talvez uma tentativa de tornar a dianteira mais discreta, já que seu visual chamativo e pouco harmônico dividiu opiniões. Apenas o HB20X Vision 1.6, equipado com câmbio automático, manteve a moldure cromada. Ele custa R$ 68.590. (Dalmo Hernandes)