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Fernando Alonso irá disputar a Indy 500 deste ano pela McLaren (!)
Mesmo após o fiasco na Indy 500 do ano passado, quando sequer se classificou para a prova, Fernando Alonso não desistiu de conquistar a Tríplice Coroa do Automobilismo. Depois de vencer a 24 Horas de Le Mans duas vezes, ele voltará aos EUA para disputar a Indy 500 de 2020 — o que era esperado, de certa forma.
Inesperado mesmo é ele voltar à Indy em parceria com a McLaren. Sim: apesar de ter seu contrato com a equipe britânica encerrado no início deste ano, Alonso mantém com a equipe uma relação forte o bastante para colocá-lo em uma posição competitiva na Indy 500 deste ano. Ele terá o terceiro carro da equipe Arrow McLaren SP, ao lado dos pilotos titulares Patricio O’Ward e Oliver Askew.
Alonso manteve suas negociações com a Andretti Autosport, porém a Honda vetou um acordo com o espanhol devido às suas críticas aos motores japoneses em seu último ano na Fórmula 1. A Arrow McLaren usa o conjunto aerodinâmico e os motores da Chevrolet e, apesar da experiência citada por Alonso durante o anúncio oficial, a equipe nunca chegou entre os dez primeiros na Indy 500. (Leo Contesini)
Novo DS9 é o Audi A8 da Citroën
A DS, divisão de luxo da Citroën, apresentou nesta semana o DS9, seu novo modelo de topo baseado no 508L. Apesar de não ter a marca Citroën, ele é o sucessor “espiritual” do antigo C6, encerrado em 2012 — ainda que a Citroën planeje um novo C6 para os próximos meses.
Diferentemente de seus antecessores — aquela linhagem dos Citroën de luxo que começa com o Traction Avant nos anos 1930 — ele não traz nenhuma solução “excêntrica” de design ou de mecânica. Ele também não se parece com os conceitos DS9 apresentados até agora. Em vez disso, ele lembra mais um Audi vestindo uma camisa Lacoste. A linha de ombro elevada, que reduz a área envidraçada lateral, a dianteira curvada, a grade hexagonal e os faróis incisivos são elementos de design usados pela Audi há, pelo menos, dez anos. É um pouco triste ver a germanização de uma das marcas mais autênticas e criativas da história.
O conjunto motriz também é muito parecido com tudo o que há por aí — infelizmente esta não é uma tendência apenas da Citroën, mas do mercado em geral, que converge as soluções em busca de redução de emissões e torna todos os powertrains muito semelhantes entre si. No caso do DS9, trata-se de um motor 1.6 turbo combinado a um motor elétrico que, combinados, produzem 228 cv na versão de base, 254 cv na versão intermediária e 365 cv na versão de topo — esta última com tração integral. Todas usam um câmbio automático de oito marchas.
O modelo também é equipado com suspensão adaptativa — eletrônica, não hidráulica — que faz a leitura do piso à frente do carro para ajustar a carga dos amortecedores. Os faróis de LED são adaptativos e há ainda um sistema de visão noturna, que projeta as imagens no quadro de instrumentos. O carro tem também nível 2 de automação com cruise control adaptativo, assistente de permanência na faixa e sistema de frenagem automática de emergência. (Leo Contesini)
Mercedes revela novo GLA 45 AMG
Oficialmente ele é um crossover, mas poderia se passar por um hot hatch para os olhares menos atentos. O novo GLA 45 AMG é a versão mais potente do modelo baseado na Classe A, revelada nesta semana, pouco antes do Salão de Genebra, onde será apresentada ao público pela primeira vez.
Pode encará-lo como uma versão abrutalhada do A45 AMG: ele tem o mesmo motor 2.0 turbo de 387 cv na versão base e 421 cv na versão S — esta ainda não revelada — e chega aos 270 km/h. O câmbio é automatizado, com embreagem dupla úmida e sete marchas.
Por dentro, ele tem o mesmo design com o painel recuado, sistema MBUX integrando o quadro de instrumentos digital e o sistema multimídia, além do volante AMG e dos bancos esportivos da divisão, também usados no A45.
A suspensão usa estrutura McPherson na dianteira e braços sobrepostos de alumínio na traseira, com três braços de controle transversais e um braço longitudinal (de arrasto). O conjunto é controlado por amortecedores adaptativos com três modos de ajuste.
Os freios usam pinças de quatro pistões na dianteira e um pistão na traseira, mas podem ter pinças de seis pistões na dianteira e discos de maior diâmetro com o pacote AMG Dynamic Plus — identificado pelas pinças vermelhas em vez de cinza. (Leo Contesini)
VW enfim revela novos Golf GTI, GTE e GTD
A oitava geração do Volkswagen Golf, apresentada em outubro de 2019, enfim começou a ter suas versões esportivas reveladas. E a VW decidiu mostrar logo de cara o Golf Mk8 nas variantes GTI, GTE e GTD – a gasolina, híbrido e a diesel, como você deve saber há tempos.
O Golf GTI, sem surpresa, usa mesmo uma versão atualizada do motor 2.0 turbo TSI (EA888), agora com 245 cv (15 cv a mais que o anterior) e 37,7 kgfm de torque, acoplado a uma caixa manual de seis marchas ou DSG de dupla embreagem e sete marchas. Esta última agora é do tipo shift by wire, ou seja, sem cabos ligando as aletas ao câmbio. Curiosamente, a VW não deu números de aceleração e velocidade máxima.
Visualmente, o novo GTI traz a decoração típica do hot hatch, com o característico friso vermelho na dianteira – agora, porém, posicionado acima da grade, junto com a linha de LED que liga os faróis. O para-choque dianteiro é exclusivo e conta com luzes auxiliares embutidas na grade – um toque criativo interessante, considerando o visual controverso da oitava geração. As rodas de 17 polegadas também tem desenho exclusivo (rodas de 18 e 19 polegadas são opcionais), bem como o difusor traseiro. E, de maneira inédita, o emblema “GTI” agora fica no centro da tampa traseira, abaixo do logo da VW.
Por dentro a temática segue familiar, com detalhes em vermelho decorando o painel, volante exclusivo com base plana e o tradicional revestimento tartan nos bancos Recaro. As novidades são as duas telas digitais para o quadro de instrumentos e a central multimídia, ambas com dez polegadas; e o sistema de iluminação ambiente com 30 opções de cores.
O Golf GTE é a razão para a VW não ter adotado tecnologia híbrida no GTI. Seu visual é parecidíssimo com o que se vê no seu irmão mais tradicional, incluindo o para-choque com faróis auxiliares embutidos na grade, mas o friso entre os faróis é azul, e não vermelho. Além disso, as rodas também trazem desenho exclusivo. Da mesma forma, o interior ecoa o que se vê no GTI, com exceção de alguns detalhes como a padronagem do banco.
O novo Golf GTE dispõe de 245 cv e 40,1 kgfm de torque, sendo que seu conjunto motriz é composto por um motor 1.4 TSI de 150 cv, mais um motor elétrico de 116 cv. O hatchback usa um sistema híbrido plug-in, com um novo conjunto de baterias 13 kWh (antes eram 8,8 kWh) que podem ser carregadas tanto em uma wallbox quanto pelo sistema de recuperação de energia presente no próprio carro.
É possível optar por utilizar apenas o motor elétrico em percursos urbanos e, de acordo com a Volks, nesse caso a autonomia é de 60 km. Da mesma forma que o GTI, o GTE também poderá ser comprado com câmbio manual de seis marchas ou DSG de sete marchas.
Por fim, há o Golf GTD – surpreendentemente a VW não abre mão de sua versão esportiva a diesel, mesmo com o recente escândalo do “Dieselgate”. O carro usa uma nova versão do motor turbodiesel EA288, agora com 200 cv (antes eram 183 cv) e 40,8 kgfm de torque. No mais, o carro segue o mesmo padrão do GTI e do GTE em termos de visual.
Em outros tempos, diríamos que o GTD é o único dos três que não tem chance alguma de chegar ao Brasil. Entretanto, com a recente mudança de abordagem da Volkswagen em nosso país, a chegada do GTI é improvável – e o GTE, caso apareça, deve demorar um pouco, visto que o GTE Mk7 acabou de ser lançado por aqui. (Dalmo Hernandes)
KTM mostra seu novo carro de corrida para a categoria GT2
Conhecida por seus esportivos super-leves feitos para as pistas, a KTM apresentou na última terça-feira (25) algo diferente: um esportivo fechado para a categoria GT2 da FIA. A ideia é competir com ele ao lado da Audi e da Porsche.
Chamado KTM X-Bow GTX, o carro usa o mesmo motor Audi de cinco cilindros com turbocompressor que já é empregado em outros modelos da empresa. Entretanto, seu visual é completamente distinto – ele tem perfil de supercarro, lembrando um pouco os modelos da McLaren e da Ferrari. Com um monocoque de fibra de carbono, o X-Bow GTX pesa apenas 1.000 kg. O motor 2.5 turbo entrega 600 cv, mas a KTM não dá mais detalhes a respeito do conjunto mecânico. É provável, porém, que ele utilize o mesmo câmbio sequencial de seis marchas que é opcional para os carros da KTM (normalmente equipados com câmbio manual de seis marchas).
A KTM diz que as primeiras 20 unidades do X-Bow GTX serão produzidas ainda em 2020 – algo necessário para a homologação na categoria GT2. Isto posto, a empresa também pretende iniciar uma categoria monomarca para o carro a partir de 2021. (Dalmo Hernandes)
Porsche quer melhorar o “ronco” do Taycan
Considerando que o ronco dos Porsche com motor boxer é uma de suas assinaturas, é natural que a fabricante alemã se preocupe com o “ronco” do Taycan, seu recém-revelado sedã elétrico. Para isto, a Porsche acaba de anunciar o investimento de US$ 14,5 milhões em uma companhia chamada DSP Concepts, sediada no Vale do Silício.
A DSP Concepts criou uma plataforma chamada Audio Weaver que é utilizada para desenvolver algorítimos de áudio. O interesse da Porsche é utilizá-la para criar uma assinatura auditiva exclusiva para o Taycan – algo que seja distinto dos motores boxer mas, ao mesmo tempo, seja claramente o som produzido por um Porsche. Pelo visto, o zunido de nave espacial produzido pelos motores elétricos não é suficiente.
Além da Porsche, a DSP Concepts já ofereceu seus serviços à BMW, que também procurou a empresa para ajustar o ronco de seus motores elétricos usando o Audio Weaver. (Dalmo Hernandes)