Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
O Zero a 300 é um oferecimento do , o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, (e não esqueça de ativar o sininho)!
Porsche Strosek é censurado pelo Google por ser “sensual” demais
É um dos grandes clichês do jornalismo automobilístico usar adjetivos libidinosos para se referir às características e qualidades de determinado carro, mas os robôs-guardiães da moralidade do Google levaram isso a um novo patamar. Esse Porsche Strosek Mega 30 foi censurado por ser excessivamente sensual.
Ao fazer o upload das fotos, o site Carscoops recebeu o alerta do console de anúncios do Google sobre o caráter sexual das imagens. Aparentemente os robôs confundiram os bancos de couro caramelo (normalmente chamados de “tan leather” com corpos desnudos bronzeados dentro do carro. E por isso, classificou as imagens do Strosek Mega 30 como conteúdo sensível — o que faz sentido para os fãs de Porsche e de modelos preparados.
O Mega 30 é mais um dos tantos restomods baseados no Porsche 964, equipado com um flat-6 de 3,6 litros revisado com novo gerenciamento, novos comandos de válvulas, novo sistema de admissão, volante aliviado e uma nova embreagem para produzir e transmitir 300 cv para as rodas traseiras.
Por dentro, além dos bancos eróticos para robôs, ele usa fibra de carbono e alumínio no acabamento, combinados a revestimentos de alcantara. (Leo Contesini)
McLaren revela novo F1 e novo IndyCar
A McLaren revelou neste fim de semana o MCL36, seu carro para a temporada de 2022 da Fórmula 1. Junto dele, a equipe também apresentou os carros da Indy e da Extreme E. Todos eles compartilham a mesma livery, que combina o tradicional laranja “Papaya Orange” ao azul e ao preto. O azul ficou mais claro, enquanto o preto está mais presente do que antes. A pintura, no fim, lembra muito a pintura da Gulf usada pela própria McLaren no F1 GTR que disputou a 24 Horas de Le Mans de 1997.
O modelo de F1 traz algumas novidades além da pintura. Ele tem suspensão pullrod em vez das pushrods usadas até o MCL35, tem as bordas das asas dianteiras em formato côncavo e tomadas de ar retangulares nos sidepods. A mudança mais marcante, contudo, é o formato geral do carro, que tem as laterais mais planas nos sidepods e, visto de cima, tem mais o perfil “garrafa de Coca-Cola”.
Já o carro da Indy segue o design do ano anterior, já que a Indy praticamente não mudou seu regulamento. O carro, que irá disputar a temporada pela Arrow McLaren, usará motor Chevrolet e terá duas pinturas diferentes na categoria.
Uma delas é semelhante à da F1, porém sem azul e identificada como Arrow, e a outra usa o padrão com o azul pouco mais escuro e tem o nome da fabricante de cigarros eletrônicos Vuse.
Por último, eles apresentaram também o SUV da categoria Extreme E, com o mesmo esquema de cores dos monopostos, em uma tentativa de unificar as frentes da equipe.
O SUV é totalmente elétrico e será pilotado por Tanner Foust e Emma Gilmour. (Leo Contesini)
Brinquedo dá detalhes do novo Batmóvel.
O novo filme do Batman, estrelado por Robert Pattinson, promete voltar as origens do personagem da DC: menos super, mais herói. O personagem era conhecido por ser “o melhor detetive do mundo” nos quadrinhos, e colaborar com a polícia de Gotham City. OK, além de descobrir quem é e onde está o bandido, ele também aparecia lá para enfiar p****da nele e entregá-lo amarradinho quando a polícia chegava, mas vocês entenderam: mais detetive do que ser místico superpoderoso.
Mas ainda assim, nenhum filme do Batman está completo sem um batmóvel. Desta vez, depois do militaresco “Tumbler” da trilogia “Cavaleiro das Trevas” de Christopher Nolan, o carro descerá alguns níveis para parecer algo mais normal. Parece, na verdade, um Muscle-car modificado agora. Mas é claro que só para desavisados: nós sabemos que, apesar de claramente inspirado no Dodge Charger de 1968 a 1970, nenhum Charger jamais teve esse desenho. Nem muito menos motor traseiro. E o que é aquele fogo saindo atrás? Outra turbina a jato, recurso inútil mas amado por todo desenhista de batmóvel desde que George Barris criou um baseado no Lincoln Futura para o icônico seriado camp estralado por Adam West nos anos 1960?
Mas agora temos mais que um vislumbre do Morcegão-móvel num trailer: um brinquedo em escala 1:18 da Jada Toys apareceu no site do varejista alemão CK, disponível para venda por € 62,96. Nele, podemos ver com calma e de perto mais detalhes.
O moto é traseiro e exposto; parece um V8 OHV, um Chevrolet LS, com dois enormes turbocompressores com escape aberto virado para cima. Atrás dele, na altura do virabrequim, o tal jato, ainda inexplicável, mas paracendo ser alimentado de alguma forma pelo motor. O carro tem um rollcage visível também, indispensável para sua finalidade de atravessar paredes, carros em chamas, e capotar se necessário. O brinquedo é surpreendentemente detalhado e inclui um interior completo. Por dentro vemos a alavanca de câmbio e que o painel está fortemente inclinado em direção ao motorista.
No mais, vamos ter que esperar até 3 de março para ver o filme “The Batman” estrear no cinema. Quem sabe nele mais detalhes do Charger mutante a jato V8 turbo serão explicados. Mas não espere muito: tecnologias e superpoderes de histórias em quadrinhos são sempre inexplicáveis; é a natureza de história fantástica. Uma alegoria, que exagerando algumas coisas, ainda assim tem muito a dizer da natureza humana. E por isso mesmo, como fábulas e mitologia grega, nunca saem de nosso imaginário coletivo. (MAO)
Toyota pede patente de carro elétrico com câmbio manual
Já existem pessoas acoplando motores elétricos modernos à transmissão manual VW dos Fusca e Porsche 356 por aí. As avaliações disso são boas; afinal de contas a maior barreira para um carro esporte elétrico é a falta de interação entre o motorista e a máquina; algo que vai contra o próprio propósito do carro esporte para começar. Colocar um câmbio manual tradicional, com pedal de embreagem e tudo, entre o motor elétrico e as rodas, ajuda muito para devolver alguma ação e gerência do que acontece de volta ao piloto.
Não que o motor elétrico precise de câmbio: seu torque máximo constante desde zero rpm garante que uma vantagem dele seja justamente o abandono da caixa de transmissão. Alguns, como a Porsche, usam duas relações finais para maior eficiência a alta velocidade nas suas estradas sem limites, mas no geral, é só uma relação final e boa. Não precisa do câmbio, o elétrico. Mas até aí, ninguém precisa de carro esporte, também. Ainda assim, existe um mercado, e um público entusiasmado, para eles.
E existe algum ganho em eficiência também: pode-se limitar a rotação máxima em um ponto mais baixo, fazendo o elétrico mais eficiente. O ganho não é o suficiente para todo mundo começar a colocar câmbio em elétrico, mas em carro esporte, parece realmente legal.
Agora vem a notícia de que a Toyota patenteou um câmbio manual convencional para uso em carros elétricos. No registro de patente da Toyota, eles explicam: “O controlador do veículo elétrico é configurado para controlar o torque do motor elétrico usando o modelo de veículo MT com base na quantidade de operação do pedal do acelerador, a quantidade de operação do pedal pseudo-embreagem e a posição de mudança do pseudo-shifter.”
No manual da Toyota, aparentemente, tudo é “virtual”; a julgar pelo texto da patente. Parece que não existirá um câmbio real, e sim uma emulação dele por meio de software, e controle do motor elétrico. O que coloca dúvidas sobre a viabilidade de todo o esquema: os entusiastas são conhecidos por repudiar emulações deste tipo veementemente. A Toyota certamente tomou esse caminho por custo: software não tem custo de peça, só desenvolvimento, enquanto uma transmissão é sempre algo caro.
Mas de qualquer forma é boa notícia: mostra que finalmente se enxerga algo a mais em carro esporte que mero desempenho fabuloso. Num mundo cheio de elétricos com torque de caminhão a zero rpm, outras coisas têm que diferenciar um carro do outro. E o câmbio manual, por isso, parece estar voltando. (MAO)
2022 é o último ano do Ford GT
O Ford GT é realmente um carro sensacional; um carro de corridas com versão para as ruas que não falha em impressionar todos dentro e fora dela, e um que, ainda por cima, tem um pedigree invejável que vem desde os tempos gloriosos de Carrol Shelby e Cia., famosos hoje depois do sucesso do filme Ford vs Ferrari.
Mas sabíamos que não continuaria para sempre, desde o começo. A produção sempre foi declarada como limitada, a Ford inclusive criando um processo de seleção de compradores, justo e declarado, na época do lançamento. Como a Ferrari sempre fez, mas de forma clara, as abertas.
Agora vem a confirmação que este fantástico carro está chegando ao fim de sua produção. A Multimatic, empresa que constrói o Ford GT, diz que espera concluir a produção de todas as 1.350 unidades até dezembro de 2022. Como sempre, só Deus sabe quando, e se, veremos outro Ford GT a venda nas ruas. O que quer dizer que se você ainda não pediu o seu, é melhor correr. História, acontecendo bem em frente de seus olhos. (MAO)
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!