O carro? A Ferrari F40 LM, versão de pista de um carro que já é absurdamente rápido e visceral em trajes civis. O piloto? Jacques Laffite, que simplesmente espanca a máquina italiana no circuito de Mas du Clos, na França. Tudo embalado pelo ronco absurdo do V8 biturbo de de 720 cv. Mas antes de tudo, já sabe: aumente o volume!
O vídeo é um segmento do programa automotivo francês Turbo, que parece bem divertido de se assistir. Neste episódio exibido no dia 26 de dezembro de 1992, o ex-piloto de Fórmula 1 faz algumas considerações técnicas em francês e, mais importante, leva a LM ao limite no estreito e sinuoso circuito localizado na cidade de Mas du Clos, na França. Com o som no talo e vários ângulos de câmera, assistir a este vídeo é como pegar uma alucinante carona de pouco mais de dois minutos — e é uma bela maneira de despertar o cérebro para esta sexta-feira.
Equipado com dois turbos IHI e intercoolers Behr, o motor V8 de 2,9 litros da F40 LM entrega pelo menos 720 cv, com versões preparadas para render até 900 cv! E não estamos falando de uma Ferrari moderna, confortável, linear e dotada de babás eletrônicas, e sim de uma versão de pista ainda mais frugal — e visceral. Laffite, contudo, tem as credenciais — seis vitórias em doze anos de Fórmula 1, todas pela Ligier. Se você acha pouco, lembre-se: cada um dos pilotos no grid de uma corrida de Fórmula 1 já está entre os melhores do mundo. E Laffite é um deles.
Talvez por isso ele se sinta tão à vontade em guiar a F40 LM — um carro de corrida — usando camisa, calça de alfaiataria e mocassins de amarrar, em vez de macacão e um capacete. Por outro lado, estamos falando de um vídeo feito há 22 anos e a segurança não era uma prioridade tão grande na década de 1990 como é hoje — o que só torna este vídeo ainda mais impressionante.
E, já que falamos na F40 LM, não custa assistir a este vídeo filmado com uma câmera no escapamento, que ocasionalmente cospe fogo enquanto produz um dos sons mais bonitos criados pela humanidade:
Como também mencionamos em Jaques Laffite, achamos que é apropriado vê-lo ao volante de outro ícone entre os supercarros, este que raramente é visto sendo pilotado com vigor em um autódromo — no caso, o Bugatti EB110:
Por fim, como o tema aqui é Ferrari, não há como não lembrar que a companhia de Maranello vai se separar da Fiat depois de 45 anos sob sua asa. A F40 foi feita neste período, assim como boa parte do que veio antes dela e tudo o que veio depois. Se tudo mudar agora que a Ferrari é independente, ao menos teremos eu legado para admirar para sempre.