Hora do terceiro Post, já aviso que vai ser longo! Hora de ir até a cozinha, pegar um biscoito, copo de coca, selecionar umas músicas e se preparar para dar umas boas risadas! Nesse post eu vou cobrir mais uma parte do que foi feito no carro de, começar a dar uns insights sobre importação de peças e tentar explicar como é conviver com uma E36 na garagem.
As origens da Val
Euro Look
Sou muito fã do “maldito” euro look e uma das primeiras coisas que fiz no carro foi colocar os faróis no estilo “Euro”. Sempre achei o visual irado e é uma alteração simples e barata de se fazer. Comprei vinil “cristal” em uma loja de material para programação visual, desmontei o farol e voilá! Novo look por menos de R$ 10!
Depois de um tempo, mais de um ano, eu cansei do visual e voltei com o padrão. Atualmente eu estou com saudade, pensando seriamente em voltar com o “amarelinho”.
Retrovisores Motorsport
Como eu gosto de acreditar: quando a vida nos dá limões a gente faz uma caipirinha. Poucos meses depois de ter adquirido o carro, eu estava indo ensaiar com a minha banda. Estava dirigindo calmamente pela Tijuca, quando surge do nada um catador de papel com um carrinho “burro sem rabo”. Obviamente todo castigo pra corno é pouco, estava escuro e uma tora de metal estava para fora do carrinho. Logicamente a tora estava posicionada bem na altura do retrovisor. Bacana, né? Só ouvi o barulho e vi o retrovisor sendo teletransportado para o limbo. Eu nem tive coragem de parar pra reclamar, coitado do tiozinho catador.
Enfim, quando a vida dá limões ao São Macgyver ele faz um acerador de partículas. Nesse caso: quando os limões aparecem é hora de upgrades! Dito e feito, um par de retrovisores Motorsport pra ela!
Nesse momento vocês já começam a imaginar o quanto que eu queria um para-choque Motorsport. Adianto que demorou um bom tempo até eu conseguir. Com calma tudo acontece! Com os espelhos mais esportivos o visual da garota já começava a melhorar, deixando para trás um passo de cada vez o visual “tiozão” da perua.
Adeus, toca-fitas!
Quando eu comprei a Val a minha vida ainda era dividida entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre. Minha patroa é gaúcha e eu vivia nessa “ponte aérea” entre os “Rios” (de Janeiro e Grande do Sul). Apesar de eu ser carioca, eu juro que sou educado (risos) e já vou aproveitando o espaço para o momento Maguila e deixar um abraço pros amigos do Sul!
Enfim, durante uma visita à Dona Maria resolvemos ir até o Uruguai fazer compras. Destino: Jaguarão/Rio Branco. Foi uma viagem relativamente tranquila, voltei carregado de Jack Daniels, Jim Beam e uns “presentinhos” pra Val: um sistema de som novo!
Vou pedir licença aqui pra explicar como eu gosto de som no meu carro. Já mencionei que toco guitarra, que sou apaixonado por música e que considero que “menos é mais” um estilo de vida. Então não há espaço pra cornetas, neons e som de trio elétrico na minha vida, muito menos no carro. Tem gosto pra tudo, mas esse não é o meu.
Gosto do som “pra dentro”, com uma qualidade razoavelmente legal e obviamente um volume que me faça sorrir com aquele sorriso bobo de criança quando está fazendo m****. Esse ai foi o resultado do bate e volta na muambalândia uruguaia em setembro de 2012:
Na época não consegui comprar uns amplificadores coerentes com os falantes Fosgate e Alpine. Quando resolvi instalar eu precisava de amplificadores — algo rápido e barato! Eu estava razoavelmente feliz com os resultados do Taramps que eu tinha em outro carro. São módulos bem baratos, pequenos e que não produzem muito calor. Eu pensei “ok, compro, monto e quando a grana sobrar eu vou atrás de módulos top”. Comprei dois TA-400 e “soquei a bucha”. O resultado foi tão bom que eles estão lá até hoje. Um dia, em uma oportunidade eu compro uns módulos bem top.
Sei que a turma que curte o carro original deve estar se contorcendo de raiva porque tirei o som original do carro. Desculpem-me, mas nem na década de 80 eu curtia toca-fitas. Aliás, eu sempre odiei toca fitas com toda a força! Guardei os originais com carinho, fiz uma fiação toda redundante pra não cortar os chicotes do carro e a turma do “original a todo custo” pode começar a me odiar menos agora.
Um fato curioso, os falantes traseiros das Touring são instalados no teto, próximos a tampa da mala, e não havia como eu enfiar um 6×9 no teto do carro. A solução foi remover os painéis laterais do porta-malas, guarda-los com carinho junto de tudo que eu tiro do carro (carinhosamente entulhado em armários na minha casa e na casa dos meus pais) e fazer os painéis novos. Em tese era medir com papelão, cortar os painéis em madeira, forrar com carpete e torcer pra dar certo. Não achei um carpete 100% igual, mas arrisco dizer que o resultado foi 80% do que eu gostaria. Não foi perfeito, mas eu fiquei muito feliz com o resultado:
Junto da instalação do som, rolou uma inspiração pichadora e pintei as grades de preto. A coisa literalmente começava a ficar preta.
Antes que critiquem, a grade estava num estado deprimente. Eu havia colado os caquinhos dela e pintei de preto. Ao mesmo tempo “disfarçava” a grade ferrada e eu começava a criar o look evil da Val, enquanto as grades novas não chegavam.
Supensão, alfândega e muita paciência
Agora vamos falar de mecânica. Relembrando o primeiro post (clique aqui para vê-lo), eu comentei que a suspensão dela estava a 60% quando comprei. Estava pior… bem pior do que vocês podem imaginar.
Em paralelo a tudo isso que vocês leram sobre o som, eu havia encomendando tudo quanto é bucha, bieleta, pivô, discos de freio, pastilhas, axiais e “borrachas” da suspensão fora do país.
Junto disso surgiu a oportunidade de mandar trazer um set de coilovers pra ela. Eu sabia que os amortecedores estavam mal – três originais estavam estourados. Eu sabia desde o início que esse carro teria uma suspensão mais racing, porém este kit não era exatamente um KW ou Bilstein.
Por outro lado, o custo que desses coilovers seriam metade do valor dos amortecedores Monroe aqui no Brasil. No auge da minha racionalidade e ousadia eu pensei “pior cenário o carro deixa de ser uma charrete até que eu compre coilovers top de linha”.
Enfim, conjunto Jom Blueline encomendado. Estes são coilovers bem “populares”, no sentido de “baratinho” na Europa. Eu tinha expectativas baixas, e no fim descobri que são bem honestos e compraria tranquilamente para outro carro.
Naquela época eu aproveitava o máximo do fato de estar namorando a distância. Quando chegou a hora respirei fundo embarquei num final de semana dedicado a Val. Levantei o carro, apoiei nos cavaletes e mãos a obra. Montei os coilovers, nunca havia feito isso antes na minha vida. Sempre fui de desmontar e montar tudo. Se alguém parafusou, eu desparafuso e remonto! Essa é minha filosofia!
Montei os coilovers na regulagem mínima para ter um feeling de quanto necessitaria levantar o carro para ele ser funcional.
Terminada a montagem, comecei a remover os cavaletes do carro e ao colocar a pretona no chão o choque: A Val estava dando tapa em cabeça de formiga! Não tive coragem de movimentar o carro pra fora da garagem porque sabia que se eu a tirasse de lá, não conseguiria entar de novo!
Visualmente eu achei perfeita, porém não dava para fazer nada com o carro. Zero utilidade.
Tentei dar um jeito e regulei para a altura máxima possível. Isso fez com que as molas ficassem muito comprimidas e o carro duro… bem duro! Acabei me acostumando a sentir até quando passava em cima de moeda de 10 centavos na rua, mas o comportamento nas curvas e indescritível!!! Absurdamente colada no chão.
Depois de regular a altura, ficou assim:
Coisas curiosas aconteceram com a entrada desse setup de suspensão mais duro. Obviamente que o carro sentiu o impacto, literal e figuradamente, na pele. O para-brisa começou a descolar por causa da corroceria torcendo. A solução foi simples: strutbars! Instalei a dianteira e traseira e realmente o carro mudou com elas. Nunca imaginei que duas barras de ferro poderiam mudar tanto o comportamento do carro. Falta ainda um X-brace por baixo, em algum oportunidade ele virá – é fundamental.
Nem sempre o cofre do motor está sujo assim… Mas é um carro que anda, então ele suja. Carro só se mantem limpo se não usar.
Enfim a parte mecânica para por aqui. Não sei se para alegria ou tristeza ainda tem um monte de outras coisas para o quarto post. Enquanto isso vamos falar sobre importação de peças.
Importando peças automotivas
Galera, esse post não tem a menor intenção de incentivar descaminho, quem curtir esse tipo de coisa faça por conta e risco próprios.
Manter um carro importado no Brasil é difícil, e é difícil porque as concessionárias costumam aplicar preços ridiculamente altos em peças. Até aí zero novidade pra gente. E retirando o termo “concessionária” da equação, a dificuldade cai muito. Como contornar essa situação? Importando suas tralhas.
Antes de tudo, preciso deixar claro alguns conceitos.
- Descaminho, ou contrabando, é crime e eu não estou aqui pra incentivar ninguém a fazer isso.
- Todo cidadão tem direito de importar suas coisas e pagar os impostos pra isso.
- Importações até US$ 500 podem ser feitas de maneira simples, através dos Correios.
- Acima de US$ 500 e até US$ 3.000 é através do .
Facilite sua vida: importe até US$ 500 de peças + frete. Acima disso vai ter uma burocracia maior.
O regime de tributação aqui no Rio de Janeiro é de 60% de imposto de importação sobre mercadorias e frete. Outros estados podem cobrar IPI e ICMS. Fique atento a isso, visite o site da Secretaria de Fazenda do seu estado e se informe.
Ao importar peças assuma que você será tributado com certeza e considere apenas um lance de sorte caso as bugigangas não entrem na fiscalização amostral. É melhor ter a grana pra pagar o imposto do que se rasgar todo na hora da retirada na agência dos Correios.
Em média as encomendas demoram 30 dias para chegar ao Brasil via Correios, grande parte desse tempo é gasto na alfandega e não é incomum ter que esperar até dois meses. Programe-se!
Planejamento é a palavra de ordem. Planeje cuidadosamente suas manutenções preventivas. Se o carro quebrou e você tem emergência de tê-lo pronto: recorra a auto-peças especializadas em importados, ao Mercado Livre e até mesmo a concessionária (às vezes ela tem preços bons).
Fica o alerta aos amigos que resolverem importar peças via Courier (DHL, UPS, Fedex, TNT etc) que além dos 60% de imposto de importação, você pagará ICMS (até mesmo aqui no Rio) e as taxas de desembaraço e da Infraero (em torno de R$60-70 quando somadas).
Quando comprei as peças da suspensão, a loja percebeu o volume era bem grande para somente um pacote. Em seguida, teve a brilhante idéia de dividir a compra em duas caixas. Isso é compreensível, mas eles cometeram um erro fatal: repetiram a mesma invoice (nota fiscal) nas duas caixas. Resumo cada caixa continha metade das compras, mas com uma nota fiscal de toda a compra. Quando a primeira caixa chegou, eu não sabia dessa divisão, paguei a guia de recolhimento de imposto, integral, abri um sorriso imbecil achando que tudo estava ali e fui pra casa. Quando cheguei em casa descobri que metade das coisas estava faltando.
Maneiro né? Dai ligo pra loja, na Alemanha, e descubro que os gênios cometeram essa gafe. Some isso ao fato deles terem perdido o rastreamento da segunda caixa. Eu estava revoltado e não podia fazer nada. Quinze dias depois chega um aviso na minha casa, informando de uma encomenda nos correios pra pagar impostos. Obviamente era a outra caixa, e a quantia de impostos cobrada era exatamente a mesma da primeira caixa. Achei super sensacional a ideia de pagar o imposto dobrado . Já dó no bolso pagar uma vez, duas é algo terrível.
Segui pro Correio com toda a documentação paga na primeira leva: foto dos itens que recebi, e-mails que troquei com a loja, fatura do cartão de crédito, invoice e fiz a requisição de revisão de imposto de importação.
Essa requisição é um formulário bem simples dos correios, anexando toda essa documentação que citei. Passaram mais 20 dias e eu recebo o aviso para retirada da segunda caixa. Para minha surpresa, o bom senso imperou e não tive que pagar duas vezes o mesmo imposto.
Fiquei feliz de saber que a Receita Federal funcionava de maneira correta. Se você tem tempo e paciência para esperar peça a revisão! Funciona (veja como fazer a revisão de impostos neste post do FlatOut!).
Nesse período em que o resto da suspensão não chegava eu já estava quase surtando. Eu havia pedido as peças no início de setembro, e já estávamos quase em dezembro e eu havia combinado com a patroa que iriamos fazer uma viagem no final do ano aqui pelo Rio.
Suspensão e freios em dia eram itens fundamentais pra nossa segurança na estrada. Nas primeiras semanas de dezembro eu reuni tempo, coragem e metade peças e fiz a montagem. Tive que comprar alguns detalhes aqui pelo Brasil para pelo menos viajar com amortecedores, molas, bieletas e algumas buchas trocadas. Quando peguei a segunda caixa minhas férias já tinham acabado, e eu precisava do carro andando para a última quinzena de dezembro.
No fim tudo deu certo e eu fiz a viagem já com o carro “baixo”. Na ida pra Búzios deixei dois para-barros na estrada. Num quebra-molas a roda entrou com tanta força dentro da caixa de rodas que soltou os dois na hora. Quando eles caíram do carro eu estacionei no acostamento e sai correndo atrás das peças. A patroa ria lá dentro do carro enquanto eu recolhia pedaços do que sobrou na estrada. Na hora eu não achei nem um pouco engraçado, mas pouco tempo depois eu já estava rindo. Carro velho é sempre uma aventura.
O principal ponto negativo do conjunto de rodas 16, calçando pneus 225/55 R16 é que o carro ficava muito baixo. O E36 é um carro naturalmente baixo e quando instalei os coilovers ele ficou mais baixo ainda. Quebra molas, rampas de acesso e no futuro a rampa de acesso da garagem de onde eu moro se tornaram uma tortura. Aquele som de metal raspando em alguma coisa doía até em meu útero imaginário. Depois de muitas contas, simulações e conversas de boteco eu cheguei a conclusão que se eu usasse rodas de 18” com um pneu que fosse pelo menos 225/45 o carro ganharia 2 cm em relação ao solo e eu poderia ter uma vida “normal”.
Mais de um ano e meio se passou até que eu comprasse as rodas. Perdi algumas oportunidades, mas no final valeu a pena. Quando li o anúncio e questionei sobre a largura da bendita roda, achando que eu havia lido errado, o vendedor confirmou: “Sim, 18×9”. Sim, 9 polegadas de tala, praticamente 23 cm, é coisa pra caramba! Eu queria muito rodas com um lip bem grandão, não foi dessa vez. Uma outra hora, quem sabe? Mas o que importa é que eu curti demais o resultado. Quando montei as rodas eu fiquei chocado porque elas couberam sem nenhuma adaptação, mas se eu utilizasse amortecedores comuns iria raspar em tudo na frente. Os pneus 225/45 R18 ficaram um tiquinho de nada, bem de nada mesmo, esticados.
Eu não era muito fã do visual machined com preto, porém quando montei o carro eu fiquei muito feliz com o resultado e assim o deixei até cansar. Quando cansei, bem… vocês viram o post passado: plastidip preto! Qualquer outra hora quero mandar um cinza chumbo. O que gostei do procedimento com Dip é que cansou, pinta de novo!
Mantendo uma E36 no Brasil
Agora que vocês entenderam um pouco como funciona o processo de importação, vamos falar sobre como manter o carro.
Carro importado tem uma regra de ouro: não deixe quebrar. Se deixar algo quebrar, outras coisas vão quebrar junto e a conta fica mais cara. definitivamente , Prevenir é melhor do que remediar. Eu aprendi isso na base da porrada lá atrás com um Xsara, meu primeiro carro “de adulto”. Com esse francês eu também aprendi outra coisa importante: aprendi que peças originais podem ser mais caras, mas duram muito mais. Quando falo originais, podem colocar as OEM no mesmo barco. Não vale a pena usar paralelas, não duram a mesma coisa e você tem trabalho – ou custo – dobrado no final das contas.
A manutenção de uma E36 é bem simples. Esse não é um carro com muita eletrônica embarcada (como as E39). Basicamente tem um módulo central que controla tudo. A suspensão é simples, não tem mistérios. O motor é um baita motor, muito confiável. Mas algumas coisas têm que ser levadas em consideração quando se convive com uma dessas:
- Em hipótese alguma deixe o carro ferver. O cabeçote é de alumínio. Se ferver, trinca, entorta. Se acontecer isso, pode pegar um lenço e começar a chorar – vai precisar de outro cabeçote. Mantenha o arrefecimento sempre em dia.
- Uma polia viscosa travada, ou velha, é uma bomba relógio prestes a explodir no seu cofre do motor. Não é incomum essas peças falharem e a ventoinha explodir igual uma granada dentro do cofre do motor. Polia viscosa não é barato, se ver barato é chinesa e corra disso!
- O radiador costuma rachar na câmara de expansão, fique sempre atento. Troque o quanto antes.
- Troque o óleo com carinho, não economize e faça isso para todos os fluidos do carro. Geralmente o brasileiro não tem hábito de trocar óleo de diferencial e caixa.
- E36 é conhecida por apresentar falhas estruturais em torres de amortecedor, suporte de motor etc. se ouvir um barulho esquisito leve ao mecânico, suspenda o carro e resolva. Existe uma série de reforços para comprar e instalar. Não importa se o seu carro ainda não está rachado, compre e instale. E melhor assim.
- Rolamentos da roda traseira sempre estão zicados ao comprar uma E36. São bem baratinhos e dá até pra comprar aqui no Brasil sem nenhum esforço.
- Os sliders da máquina do vidro elétrico também acabam quebrando. Não quebram muito, mas o dono antigo nunca muda isso e sempre explode na sua mão. A peça é ridícula de barata de US$ 2 a US$ 4 nos EUA. Cheguei a achar por R$ 30 aqui no Rio.
- Os forros das portas muitas vezes estão com os pinos de fixação quebrados. Problema comum e tem um monte de tutoriais na internet ensinando como resolver.
- A junta da tampa de válvula resseca com a idade, e igualmente aos sliders, acaba explodindo na sua mão. Não compre juntas paralelas, compre Victor Reinz. É caro, mas dura mais.
- No caso das Coupés, a borracha da porta também vai pro saco com o passar dos tempos. E já adianto, é caro… bem caro! US$ 400 por cada lado.
Essa e uma listinha resumida do que se deve trocar logo de cara ao pegar uma E36. Além disso o óbvio: velas, correias etc.
Não é uma tarefa simples manter esses carros, mas também não é super complicado. Requer tempo, paciência e dinheiro. Não vou falar aqui “ah! É molezinha!!! É só comprar peça chinesa no Mercado Livre”. Galera, isso é um carro alemão, que no momento do seu lançamento era top. Não dá para comparar a complexidade e construção de um carro destes com um carro que era “popular” no Brasil no mesmo período. O custo de aquisição deles hoje é barato porque a manutenção não é trivial. Pode não ser um bicho de sete cabeças, mas está longe de ser trivial.
Eu costumo fazer grande parte dos serviços no meu carro, então não sofro muito com o “Imposto BMW” das oficinas. Se levo um Ford/VW/GM/FIAT pra trocar uma bieleta o valor do serviço é R$ X, quando levo uma BMW é R$ 2X. Isso quase sempre vale pra “flanelinha” também, dá um ódio mortal.
Se vocês tem vontade de ir atrás de uma E36 eu só posso dizer uma coisa: façam o dever de casa! Carro barato quase sempre está com a manutenção negligenciada e esse barato sai bem caro. Escolham bem o carro, óbvio que existem oportunidades por ai, mas não escolham o carro pelo preço: escolham pelo estado geral. Um grande abraço a todos e até o próximo post!
Filipe Soares, Project Cars #08