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Petrobrás irá discutir aumento da gasolina na próxima sexta-feira

Em agosto tanto o ministro da fazenda Guido Mantega quanto a presidente Dilma Rousseff sinalizaram que haveria um aumento da gasolina ainda neste ano. Passada o pleito que reelegeu a presidente, as ações da Petrobras tiveram uma queda de mais de 12%.

Para acalmar o mercado e finalmente começar a tentar colocar o caixa da estatal em ordem, o Conselho de Administração da Petrobras anunciou que irá se reunir nesta sexta-feira para tratar do reajuste nos preços da gasolina e do diesel.

O governo federal vinha segurando os preços dos combustíveis artificialmente baixos para manter a inflação dentro do limite da meta, uma vez que o preço da gasolina e do diesel impacta diretamente o índice. O problema é que o combustível vendido no Brasil é importado pelo preço do mercado internacional, e por isso ele vinha sendo vendido abaixo do preço de compra — o que obviamente desequilibrou o caixa da estatal.

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O reajuste era um pedido da própria presidente da Petrobras, Graça Foster, para reduzir a defasagem dos valores praticados internamente em relação aos preços internacionais, algo que afeta negativamente as finanças da estatal, que já somam mais de US$ 130 bilhões em dívidas, além de uma retração de 25% no lucro líquido do primeiro semestre. A defasagem média é de 14% em relação ao mercado internacional.

Contudo, o preço dos combustíveis recuou mais de 10% em outubro, e deu à Petrobras uma redução na defasagem atual e permitirá um ajuste menos impactante no preço na bomba para o consumidor final — algo entre 4 e 5%.

A decisão, contudo, dificilmente será tomada nesta sexta-feira 31, segundo Sílvio Sinedino, um dos conselheiros da Petrobras, pois “a inflação não está dando muita brecha para um aumento na gasolina e o preço do petróleo no momento está mais equilibrado”e que acha que o governo não correrá o risco de estourar a meta de inflação (que já passou dos 4,5%) para abater a defasagem da estatal.

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O último reajuste nos preços da gasolina aconteceu em novembro de 2013, quando a Petrobras anunciou um aumento de 4% nas refinarias que representou uma alta de 3% nas bombas.