Aqui começa minha história com os franceses, eu queria muito um 206, mas tinha que ter AC e por incrível que pareça, não achava um que desse para comprar, então um dia meu irmão me ligou:

“Escuta, tem que ser 206 mesmo?”
Por que?
“Tem um Clio do cunhado de um amigo de trabalho, único dono e completinho, tem até controle no volante”.
Hummmm sei não, acho meio estranho o carro..
“Amanhã ele vai estar aí, liga para ele e vai ver”
OK!

Bem, liguei e combinei com o cara, lembro como se fosse hoje ele chegando no meu trabalho para me mostrar o carro. Realmente estava zerado, completo, todas as revisões na concessionária, 80 mil KM e apesar de ser 1.0 andava bem (o fator de comparação era o Palio e os Corsas, Unos e Gol de amigos). Pechinchei e comprei.

Segue o resumo:

Clio RN 1.0 8V 00/01 – 2 anos com o carro, vendido para um amigo então sei tudo que foi feito até os 130 mil KM. Além das preventivas, troquei 1 cabo de vela e bomba d’água com uns 95 mil. Meu amigo comprou e rodou um tempão, trocou só os discos e pastilhas e o jogo de amortecedores. Recentemente achei o carro na rua. Depois dele não quis mais saber de VW, GM, Ford e muito menos Fiat.

Clio RT 1.0 16V 02/02 – 2 anos e meio com o carro, além de revisão preventivas conforme manual, só estragou a famosa válvula termostática, fora isso nada, nada mesmo de problema. Troquei ele num Ford Ka Action 1.6, fiquei 7 meses com essa coisa loca, tinha uma pira elétrica que só vendo para crer, vazava óleo no retentor do cambio (normal segundo a CCS), era diversão pura, mas perigoso que só vendo… uma vez fiz Londrina – Curitiba dando sinal de luz para Corolla, Civic e qualquer coisa na minha frente.

Clio Privilége Sedan 1.0 16V 08/08 (Kaizen) – Comprei depois de um VW Gol GIII, era o segundo carro e ficava mais com minha esposa, ficamos com ele 2 anos, só manutenção preventiva e de problema só a bobina que foi trocada (problema comum nesta motorização), realmente foi uma dó vender, era muito econômico.

Ao mesmo tempo do Clio acima, comprei um Peugeot 307 Presence 1.6 16V 07/08 (depois do Ka comprei um Honda Fit, depois vendi e comprei o 307) – fiquei 7-8 meses com ele, comprei de única dona, fiz uma revisão preventiva já que estava sempre na estrada e troquei correias e tal, nessa revisão troquei um coxim estourado. Mas o maior problema dele era a injeção, tinha dia que só pegava depois de insistir e acelerando como um carro carburado, além disso tive o famoso problema da “Defeito no sistema anti-poluição”.

Peugeot 207 1.4 08/08 – Como voltamos a precisar de dois carros, comprei este para minha esposa usar, faz quase 2 anos com ele, logo que comprei foi a bateria, pastilhas e buchas (diz a loja que comprei que trocaram a bucha, mas dúvido). Depois de um tempo trocamos os amortecedores traseiros, logo depois as bandejas e recentemente estourou a bobina, aproveitei e já fiz uma geral trocando correias, velas, filtros, etc.

Depois do 307 fui para Nissan e voltei, comprei em agosto passado um 308 Allure 1.6, aos 50 Km troquei o quebra-sol, veio rasgado, coisa pouca mas… e regulei as portas traseiras que batiam, aos 3 mil KM novamente regularam as portas e trocaram o pomo da alavanca de câmbio (soltou o guia de marchas). Aos 5 mil KM regularam novamente as portas, alinharam elas (deixaram tortas ainda no primeiro ajuste) e pediram o conjunto de trambulador e cabos do câmbio para trocar (funciona perfeitamente, mas faz um barulhinho chato que só resolve trocando. Sou o 3º caso na CCS).

Este é meu depoimento sobre os franceses, confesso que todos os carros que tive deram probleminhas, Honda, Nissan, Renault, Fiat, Ford e Peugeot, mas os mais crônicos foram Fiat e Peugeot, por isso chamo a Peugeot de Fiat Francesa, mas mesmo assim gosto dos carros, acho eles melhores que muitos nacionais em vários aspectos. Além disso vai um pouco da “sorte” de cada um, comprei o 307 baseado em dois amigos que nunca tiveram problemas com os deles, inclusive um já tinha passado do 100 mil e me dei mal, troquei num Nissan que toda revisão trocavam peças porque tinha quebrado algo (isso quando tinha, o que só aconteceu 1 vez).

Tive 3 Clios, são ótimos carros, foi um 1.0 2001 rodado até 140-150 mil, um 2002 1.0 16V ( motor usado pelo 206 também) e um 1.0 16V 2008 que era show, deu até dó de vender o carro, mas a patroa mal estava usando.

Esse motor ainda era o Renault, motorizinho bom e confiável, tive 3 Clios, todos forma ótimos carros e poucos problemas.

Eu só tive o prazer de estacionar ele. Show de bola. Só achei estranho que não consegui ajeitar o banco – o dono era gigante comparado a mim, hehehehe

Esse é o lado triste. O bom é que haverá muita oferta de usados com preços tendendo a valores convidativos para os entusiastas, =]

Meu caro, o 206 eu concordo com você: é frágil mesmo. Tive um que, apesar de antigo, 2003, não era tão rodado para a quantidade de problemas que deu (65.000km em 2011). Era tanta dor de cabeça que desisti, deixei ficar o bagaço mesmo e pronto. Escapamento todo trocado, 2 meses depois, lá estava ele roncando de novo. Dane-se, ronca a vontade que aumento o som. Enfim, vendi a tranqueira.
Hoje tenho um Clio 2011 com 67.000 km que simplesmente nunca deu problemas. Acabei de mandar revisar a suspensão inteira e só troquei o jogo de amortecedores e pneus. Te confesso que não sou muito regular na manutenção de suspensão (motor sim), por falta de tempo, mas o carro nunca me deixou na mão e é bem confiável. O problema, creio eu, é generalizar os franceses num balaio só. Isso detona com a marca e desanima qualquer um…