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Zero a 300

Peugeot 208 Turbo a caminho, o possível Nivus GTS, McLaren cromada e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

McLaren volta a usar pintura prateada – mas não por nostalgia

Depois de um início de temporada pouco empolgante, a McLaren finalmente atualizou seu carro e parece pronta para beliscar mais alguns pontos na F1. As novidades no carro, contudo, não são apenas mecânicas/aerodinâmicas. A equipe britânica ainda anunciou que irá trocar a pintura laranja por um novo arranjo que combina sua cor oficial com elementos prateados. Ou melhor: “cromados”, como diz a equipe.

O termo não foi usado por acaso: a equipe fechou um acordo comercial com a Alphabet/Google para promover seu navegador de internet, o Chrome. É uma ação comercial bem-sacada, afinal, relaciona o nome do navegador à pintura já clássica dos McLaren dos anos 90 e 2000, quando o prata era combinado ao vermelho da Vodafone, uma das principais patrocinadoras da equipe no período.

Agora, sem Vodafone (eu preciso me segurar para não trocar o F e o V, admito), o prata… digo, “cromo”, será combinado ao laranja Papaya da McLaren. Além do carro, o capacete e a sapatilha dos pilotos também terá algo do tema “Chrome”.

 

Nivus terá facelift e versão GTS na linha 2025

Nada como uma boa concorrência para tirar alguns projetos do papel, não? Agora que a Fiat tem um Pulse Abarth e um Fastback by Abarth, a Volkswagen finalmente parece decidida a colocar nas ruas algo que ela já deveria ter feito anos atrás: o Nivus GTS.

Desde que foi lançado, o Nivus sempre nos pareceu “amarrado” pela Volkswagen para não canibalizar o T-Cross. A ausência do motor 1.4 TSI, da versão Sense e do teto solar/panorâmico são dois indícios disso. O posicionamento do Nivus abaixo do T-Cross também inverte a lógica dos SUV fastback, geralmente posicionados acima dos SUV dos quais derivam, caso do Cayenne e Cayenne GT na Porsche, do Audi Q7 e Q8, BMW X5 e X6 ou X3 e X4, ou mesmo do Fiat Pulse e Fastback.

É claro que, ao inverter essa lógica da indústria, a Volkswagen transformou o Nivus em um sucesso instantâneo, e é exatamente por isso que o fato de ele não ter uma versão de vendas diretas e versões com o motor 1.4 TSI reforça essa impressão de “medida anti-canibalização”.

Só que agora a Fiat conseguiu emplacar um bom volume de Fastback por aí, e ainda aproveitou que a Volkswagen não quis fazer um Nivus GTS juntamente do Virtus e do Polo GTS, e colocou nas ruas o Fastback by Abarth — que não é um Fastback Abarth, que ainda pode ser feito, se a Fiat quiser. O T-Cross anda circulando pela região da fábrica de Taubaté/SP com camuflagem na dianteira e na traseira, típica dos facelifts. A atualização já era aguardada desde o ano passado, mas com a chegada da linha 2024 sem alterações, a novidade ficou para a linha 2025.

Será uma mudança combinada: tanto o T-Cross quanto o Nivus terão o visual e o pacote de versões e motorizações revisado. No T-Cross as mudanças devem ser baseadas nas novidades do Nivus, algo que não leve o cliente a escolher apenas o formato da carroceria, mas também algumas combinações de equipamentos e acessórios.

Já o Nivus deverá ficar mais abrangente, com uma versão de entrada 170 TSI (que já existe na Argentina), uma possível versão Exclusive acima da Highline, como no Virtus, e a desejável GTS, com o motor 1.4 TSI. O visual do Nivus GTS deverá ser inspirado no Taigo R-Line vendido na Europa e África do Sul, segundo apuração do pessoal da revista Auto Esporte.

 

O único Koenigsegg de corrida está a venda

Quando falei sobre a Ferrari F50 GT e a maior chance perdida pela Scuderia em Le Mans, muitos leitores lembraram que essa chance também poderia ter sido aproveitada pela então novata Koenigsegg. Em 2003 a fabricante sueca de supercarros começou a trabalhar no desenvolvimento do CCGT — antes mesmo de criar seu supercarro de rua. A intenção de Christian von Koenigsegg era colocar o carro para disputar a categoria GT1 da FIA.

Contudo, durante o shakedown do carro a FIA e o Automobile Club de l’Ouest mudaram as regras da Classe GT1, exigindo 350 unidades para homologação dos carros, em vez de apenas 20. Considerando que a Koenigsegg fez uma média de 35 carros por ano ao longo de 15 anos, o programa do CCGT GT1 foi cancelado com uma única unidade produzida e desenvolvida.

O carro usa uma versão de cinco litros do motor V8 Koenigsegg (que foi baseado no Ford V8 Modular), com 32 válvulas e 600 cv, combinado a uma caixa sequencial de seis marchas, e foi tão pouco usado que ainda tem seus pneus slick originais. Ele agora está a venda; será leiloado pela Bonhams em 10 dias.

O carro já foi liberado pela Masters Endurance Legends Series para disputar suas corridas, caso o proprietário assim deseje, mas desde que saiu da Koenigsegg vem sido mantido em uma sala escura e seca, com temperatura controlada, além de ter seu motor ligado e revisado duas vezes por ano para manter os componentes de desgaste natural em bom estado.

A Bonhams estima que o carro será arrematado por cerca de (sente-se) £ 3.000.000/US$ 3.820.000. Caso o valor se concretize, ele se tornará o segundo carro mais caro fabricado no século 21 a ser arrematado em um leilão — em 2018 um Bugatti Chiron 2017, um dos primeiros 20 a sair da fábrica, foi leiloado por mais de US$ 4.000.000.

 

Peugeot 208 1.0 Turbo chega em agosto

Uma das grandes decepções dos últimos anos foi a chegada do Peugeot 208 com o antigo motor 1.6 16v retrabalhado mais uma vez para dar conta de competir no mercado brasileiro. Não que ele seja um motor inadequado para o porte do carro, pelo contrário: sua potência é mais que suficiente para uso geral. O problema foi ver um carro com design tão moderno, tão importante para o futuro da marca no Brasil, chegar ao mercado sem um motor que confirmasse essa importância.

Com a formação da Stellantis pela fusão da FCA com a PSA, a Peugeot já havia adotado o motor 1.0 Firefly no 208 para fazer a versão de entrada do modelo — a mesma vendida pelo preço do Fiat Mobi e do Citroën C3, que usam o mesmo motor e também são de marcas do grupo, caso você não tenha notado. Agora, o próximo passo é usar o motor 1.0 GSE Turbo no Peugeot para “resolver” o problema do 1.6 de quase 20 anos.

Segundo a apuração da Auto Esporte, o motor 1.0 Turbo será exatamente o mesmo usado pela Fiat no Pulse e no Fastback, com 130 cv e 20,4 kgfm, e será combinado ao câmbio CVT com simulação de 7 marchas também oriundo dos modelos Fiat, em vez do câmbio automático de seis marchas usado no 208 1.6 16v. A chegada do modelo está prevista para o final de agosto e ele só não irá aposentar o 1.6 16v definitivamente, pois a Peugeot deverá manter este motor em uma versão voltada às vendas diretas.