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Robin Shute vence Pikes Peak com um TSC-Wolf
Ocorrendo mais ou menos initerruptamente desde 1916, a subida de montanha de Pikes Peak, no Colorado, é uma daquelas maravilhosas tradições anuais que parece ficar sempre mais interessante. A não ser a parte do asfalto: antes de 2011 a prova era interessante por justamente ter partes asfaltadas e em terra. Hoje, só asfalto.
De qualquer forma este fim de semana ocorreu a 101ª edição do “Race to the Clouds” em Pikes Peak. O melhor tempo este ano ficou com o veterano de Pikes Peak, Robin Shute, e seu TSC-Wolf, com um tempo de 8:40,080.
Esse é o terceiro tempo mais rápido em toda a história do evento. É quase 45 segundos atrás do recorde de 7:57,148 estabelecido pelo protótipo ID.R elétrico da Volkswagen em 2018. Shute se torna o quinto vencedor consecutivo movido a gasolina desde que o ID.R parecia indicar que a eletrificação era o futuro da corrida. Três dessas vitórias à combustão são de Shute.
Outro favorito, o Ford SuperVan EV, um esforço oficial do gigante americano, terminou sete segundos atrás de Shute, com Romain Dumas ao volante, marcando o tempo de 8:47,682. Esta última edição do Supervan é elétrico, tem tração nas quatro rodas e 1400 cv, e foi especialmente ajustado para a prova. Segundo lugar na geral, na categoria “Open”.
Em outro esforço “de fábrica”, os franceses vieram ao colorado com o piloto Raphael Astier e seu Alpine A110 GT4 Evo. A Alpine diz que o A110 GT4 Evo tem quase 500 cv e pesa apenas 950 kg. A equipe francesa correu na categoria Open, e fez a subida em 9:17,412.
O belíssimo Radford Type 62-2, um carro em fibra de carbono baseado no Lotus Exige, e usando o V6 Toyota de 3,5 litros com um supercharger, aqui com mais de 700 cv e 880 kg, fez um tempo de 9:37,326, o melhor da categoria “Exibition”. O piloto era a personalidade midiática e sócio da Radford, Tanner Foust.
Embora não tenha sido uma corrida cronometrada, apenas uma demonstração em homenagem ao pai, Lia Block, filha do falecido Ken Block, subiu a montanha com o Porsche “Hoonipigasus” de seu pai. Ken Block pretendia disputar o primeiro lugar este ano com ele, mas como sabemos, faleceu em um acidente de snowmobile em janeiro. Sua esposa Lucy competiu na prova com um buggy Sierra Echo elétrico, na categoria “Unlimited”, terminando a subida em 11:25,315. (MAO)
Este é o Nissan Versa 2024
O sedã “barato” da Nissan, o Versa, chega ao mercado brasileiro em sua versão 2024. A mudança visual era já conhecida nos mercados do exterior, mas agora chega aqui, com mudanças também em equipamentos. Como parece ser a norma, ficou mais sofisticado que a versão anterior.
A mudança é apenas cosmética: o carro continua o mesmo espaçoso sedã na categoria do VW Virtus. Recebeu melhorias para reduzir ruídos e vibrações porém: vidros mais espessos, carpete diferente, isolamento do capô, além de mudanças na suspensão, tudo para fazer um carro mais suave e silencioso.
Por dentro, uma boa novidade é que o banco agora está mais baixo na sua regulagem de altura mínima, para melhorar a ergonomia para ocupantes mais altos. Além disso, novas cores internas, novo console central com apoio de braços e porta-objetos, carregador por indução com luz indicativa de funcionamento, 4 portas USB tipo A e C, na dianteira e traseira.
Mecanicamente permanece o mesmo: 1.6 aspirado de 113 cv e 15,3 mkgf com etanol e 110 cv e 15,2 mkgf com gasolina; infelizmente há algum tempo não existe mais a opção de câmbio manual, o único câmbio disponível sendo um transeixo automático CVT. Aparentemente, a Nissan acha que se você quer manual, deve ir até a VW e comprar um Virtus, que ainda oferece este tipo de câmbio.
Equipamentos: todas as versões recebem o alerta de colisão frontal com frenagem automática (de 5 a 80 km/h) com câmera e radar. Da versão Advance em diante recebe visão 360, detector de movimento na traseira e, no Exclusive, alerta de atenção do motorista. Todos os Versa tem controles de tração e estabilidade e 6 airbags.
As três versões do carro tem rodas de liga leve, mas de tamanhos diferentes: Sense, básico, tem 15”, Advance tem 16”, e Exclusive 17”. O Exclusive recebe ainda aerofólio traseiro, acabamento em couro, ar-condicionado digital, alerta de tráfego cruzado e alerta de atenção do motorista, e um sistema multimídia com tem tela de 8″ e Apple CarPlay/ Android Auto.
Os preços são: R$ 105.190 para o Sense 1.6 CVT, R$ 114.290 para o Advance 1.6 CVT, e finalmente R$ 126.590 para o Exclusive 1.6 CVT. (MAO)
Yamaha R15 ABS lançada no Brasil
A Yamaha anunciou que lançará no mercado brasileiro uma interessante esportiva: a R15, a menor moto esportiva da marca. Até agora, era um modelo exclusivo para mercados asiáticos. Trata-se de uma esportiva realmente focada, mas uma que tem apenas um monocilíndrico de 155 cm³. Não, não será uma Factor 125 com carenagens: é uma moto realmente esportiva.
Começa pelo motor: é arrefecido a líquido, e comando de válvulas variável na admissão (VVA), e dá nada menos que 18,8cv a 10.000 rpm e torque máximo de 1,5 mkgf a 8.500 rpm. É um motor apenas a gasolina. O câmbio é de 6 marchas com embreagem deslizante e assistida, que evita o travamento da roda traseira em frenagens bruscas e permite que as trocas de marcha sejam feitas de forma controlada e suave. Comum em esportivas maiores, é novidade aqui.
A moto pesa apenas 141 kg, tem um entre-eixos de 1.325 mm e altura do assento de 815 mm. O chassi é do tipo Deltabox, e usa rodas de liga leve com 17”, com pneus 100/80-17 na dianteira, 140/70-17 na traseira. A suspensão dianteira usa tubos de 41 mm diâmetro, os mesmos da FZ25, com curso de 130 mm, e a suspensão traseira é por meio de balança monoamortecida de alumínio e 97 mm de curso. Os freios são a disco, com disco de 282 mm e pinça de duplo pistão na frente, e na traseira disco de 220 mm com um pistão. ABS é de série.
O tanque acomoda até 11 litros de combustível. Faróis de LED e painel de instrumentos digital são de série na nova R15.
A moto chegará às lojas brasileiras em novembro, mas a marca já está aceitando encomendas, conhecidas hoje em dia pelo nome “pré-venda”. Estas encomendas podem ser feitas no site da marca, mediante à pagamento de uma entrada de R$ 2.000. O preço anunciado é de R$ 18.999 sem frete.
Juntamente com o lançamento da nova moto, a Yamaha Racing está lançando também sua mais nova categoria de corrida no Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, o Yamaha R15 BLU CRU Latin America 2024, para jovens pilotos de 8 a 15 anos de idade.
O campeonato antecede a faixa etária dos pilotos da categoria Talent do já existente e consagrado Yamalube R3 BLU CRU Latin America, e oferece os mesmos benefícios aos seus participantes. Motos iguais para todos e sorteadas, mecânicos formados pela Yamaha Riding Academy, macacão, capacete, pneus Pirelli SuperCorsa e combustível.
As inscrições para as pré-seletivas já estão abertas no site yamaha-racing.com.br e o currículo esportivo está sujeito à aprovação da comissão técnica Yamaha Racing. A seletiva final ocorrerá em dezembro de 2023, quando conheceremos os 15 pilotos que farão parte do Yamaha R15 BLU CRU Latin America 2024. (MAO)
Suzuki Tour H1 é carro popular na Índia
OK, essa aqui é para quem gosta de carro novo, como meio de transporte confiável mesmo, mas não liga para o que ele diz ao mundo sobre você, nem em itens “indispensáveis” de conforto que, vamos falar a verdade, só são indispensáveis realmente se você acha que o mundo deve algo para você. A palavra “conforto” já por si só indica algo a mais, que é bom, mas se for possível ter. O indispensável, gente, na realidade está bem abaixo disso.
Na Índia, se entende melhor isso de dispensável e indispensável. O automóvel básico é para te tirar de ônibus superlotados ou de sua Bajaj 100 cm³ antes usada para transportar uma família de cinco. O que faz desse carro aqui um luxo inimaginável. Tudo é relativo, né?
Trata-se da versão mais barata do Suzuki Alto K10 que estreou no ano passado, um carro por si só já mega-básico. É o Suzuki Tour H1.
As diferenças entre o Tour H1 e o Alto estão limitadas aos para-choques dianteiro e traseiro sem pintura, as minúsculas rodas de aço sem calotas, e a defenestração de itens de conforto como uma antena de rádio. Mede apenas 3.530 mm de comprimento e tem apenas três opções de cores: branco, cinza e prata.
Não há uma tela de infotainment enorme no painel, mas o carro é até muito bem equipado, contando inclusive com ar-condicionado! Tem velocímetro digital, airbags duplos e porta-garrafas de 1 litro nas portas.
O motor é o tricilíndrico 1,0 litro da série K da Suzuki, que oferece 67 cv e 9,1 mkgf de torque. O motor também está disponível em uma variante movida a GNV (um combustível mais barato e popular, lá), produzindo 57cv e 8,4 mkgf. A transmissão é sempre manual de cinco marchas com tração dianteira.
Já está disponível para encomenda na Índia, e o preço é bem interessante: o equivalente em rúpias indianas de aproximadamente R$ 23.500, ou coisa de R$ 5.000 a menos que o Alto K10 normal. (MAO)