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Polo GTS lançado por R$ 99.470
Foram 14 meses de espera desde sua apresentação no Salão do Automóvel, e pouco mais de dois meses desde que foi apresentado em sua versão de produção, mas agora, finalmente o Polo GTS foi oficialmente lançados por R$ 99.470. O Virtus GTS fica para fevereiro.
O esportivo ficou um pouco mais caro do que a expectativa inicial, mas não surpreende se você considerar que o Polo Highline chega aos R$ 87.000 em sua versão completa e que os carros com motor de até 999 cm³ pagam 7% de IPI, enquanto os modelos com motor entre 1.000 e 2.000 cm³, caso dos GTS, pagam 11%.
Como apresentado no Salão do Automóvel em 2018, o modelo equipada com o motor EA211 1.4 TSI de 150 cv a 5.000 rpm e 25,5 kgfm de torque entre 1.400 e 3.000 rpm, sempre combinado ao câmbio automático AQ250 Tiptronic de seis marchas. É o mesmo conjunto do T-Cross Highline, porém com calibragem específica para o GTS, que tem quatro modos de condução – Normal, Eco, Sport e Individual (este último pode ser personalizado) — que alteram parâmetros como trocas de marcha, peso da direção e respostas/sensibilidade do acelerador.
O bodykit é idêntico ao do modelo apresentado no Salão, com elementos do Polo GTI, como o para-choque e os faróis, a lanterna traseira, e a saia plástica contornando todo o perímetro da carroceria. Os modelos serão oferecidos em cores sólidas (Preto Ninja, Branco Cristal e Vermelho Tornado – esta última, exclusiva para o Polo GTS) e metálicas (Prata Sirius, Azul Biscay e Cinza Platinum).
Como vimos em novembro, a grande diferença em relação ao conceito do Salão está nas rodas e molas: as rodas 18×7,5 Brescia do Polo GTI europeu foram trocadas por rodas 17×7 com design inspirado nas rodas do Golf GTI e off-set semelhante ao usado pelos demais Polo. Na apresentação também pudemos confirmar que os GTS têm a mesma altura de rodagem da versão Highline, bem mais elevada que a do conceito — que usava as molas do Polo GTI para rebaixar a suspensão em 15 mm. Os freios também não foram modificados em relação do Polo Highline, e mantêm os discos dianteiros de 276 mm.
Apesar disso, as cargas de suspensão são maiores que as dos demais modelos do Polo para torná-lo mais condizente com a proposta esportiva e para lidar com o maior peso do motor quatro-cilindros turbo. Na dianteira a barra estabilizadora é mais espessa, aumentando o controle de rolagem, enquanto na traseira o eixo de torção é mais rígido, o que também aumenta sua carga e controla melhor a rolagem da carroceria. Os amortecedores e as molas também têm maior carga, porém a modificação se deve ao maior peso do conjunto de motor e câmbio.
Por dentro, a versão de produção é idêntica à apresentada no Salão, incluindo os bancos com encosto inteiriço. A única simplificação que reparamos em relação ao conceito do Salão é o revestimento em couro sintético da manopla do freio de mão, ausente na versão de produção.
O GTS é o novo modelo de topo da gama e, por isso, vem equipado com sistema de chave presencial, cruise control, aletas para troca de marchas no volante, quatro airbags, assistente de partida em rampas, bloqueio eletrônico do diferencial, saídas de ar para o banco traseiro, faróis de LED na luz alta e baixa, sistema de frenagem pós-colisão, sistema multimídia com tela de 7 polegadas, start-stop e o painel digital Active Info Display. Os únicos opcionais são o sistema de áudio Beats com subwoofer, por R$ 2.400, e pintura metálica (as três cores citadas mais acima) a um custo de R$ 1.570. Com o pacote opcional e pintura metálica o Polo GTS chega aos R$ 103.440.
Como havíamos mencionado na avaliação do Golf GTE, parece que a Volkswagen decidiu suprir o fim do Golf GTI com três modelos diferentes, em diferentes posicionamentos dentro de sua linha de produtos. Nesse sentido, embora não seja adequado para a pista nem tenha a versatilidade do Golf GTI, o Polo GTS tem tempo de aceleração próximo ao do finado Golf (0-100 na casa dos 8,5 segundos) e certamente cumprirá o papel de “esportivo de rua” para ter apelo a um público maior — algo necessário para justificar sua existência.
De certa forma, o GTS também repete a receita do Gol GTS: ele usa o motor do sedã imediatamente superior com uma decoração esportiva e um acerto dinâmico mais refinado. Certamente esta receita esportiva simplificada foi a razão da Volkswagen ao optar pelo nome GTS em vez de GTI. (Leo Contesini/Juliano Barata)
Terceiro SUV da Alfa Romeo deverá ser o menor da família
Além do Stelvio e do futuro Tonale, a Alfa Romeo está trabalhando em um terceiro SUV. Quem diz são os britânicos da Auto Express, citando “documentos oficiais” obtidos com uma fonte ligada à marca.
De acordo com a publicação, o utilitário – que ainda não tem nome – será o menor da família, e terá como rivais o Nissan Juke e o Audi Q2. Eles dizem também que, muito provavelmente, o modelo se valerá da recém-confirmada fusão entre a Fiat Chrysler Automobiles e o Grupo PSA, utilizando a plataforma CMP (Compact Modular Plataform) que já serve como base para os novos Peugeot 208 e Opel/Vauxhall Corsa.
Com isto, deduz-se que ele poderá utilizar o motor 1.2 de três cilindros visto nestes modelos, sua tecnologia híbrida e até mesmo seus motores elétricos, fornecendo assim uma opção de emissão zero. O fato de a plataforma e o conjunto mecânico já estarem “prontos” permitirá que a Alfa concentre-se no design e na redução de custos, além de acelerar o processo de desenvolvimento do SUV compacto. (Dalmo Hernandes)
Chevrolet Corvette com V8 de virabrequim plano é flagrado – é novo Z06?
Posted by Jim Lill on Monday, January 20, 2020
Agora que o Chevrolet Corvette de motor central-traseiro já foi (parcialmente) digerido pelos entusiastas, os americanos preparam a próxima evolução: a adoção de um V8 de virabrequim plano no modelo de rua – algo que já ocorre no C8.R de competição. A mais recente evidência disto é um vídeo que mostra um protótipo sendo testado nos EUA.
São apenas 13 segundos, mas podemos identificar o ronco mais agudo de um V8 girando mais alto – além do som característico de uma redução de marcha em um câmbio de dupla embreagem. O barulho do motor é definitivamente diferente do que se vê no Stingray, que mantém o V8 LS de virabrequim cruzado.
Acredita-se que este protótipo é uma versão de testes do novo Corvette Z06, que deverá herdar uma versão modificada do motor de 5,5 litros do Corvette C8.R – que, para ser homologado na categoria FIA GT, deve dar origem a pelo menos 300 exemplares de uma versão de rua com construção e mecânica semelhantes aos de corrida. Entretanto, a FIA não exige que se mantenha o deslocamento, o que pode significar um motor maior para o carro produzido em série – fala-se em até 6,2 litros. O que o motor vai precisar ter, de todo modo: virabrequim plano e comando duplo no cabeçote. Soa promissor.
Vale lembrar que é improvável que a Chevrolet adote um câmbio manual no suposto novo Z06 – não por questões técnicas, mas econômicas. Ao menos ele ficará ainda mais próximo dos supercarros europeus, e nós sempre vamos defender: isto é maravilhoso. Um Corvette com desempenho de Ferrari custando uma fração do preço não pode ser uma má notícia. (Dalmo Hernandes)
Harley-Davidson pode lançar uma nova moto elétrica retrô
A Harley-Davidson LiveWire nasceu controversa – alguns dizem que ela é cara demais, outros a chamam de uma tentativa desesperada de atrair novos clientes (pessoas mais jovens que não assistiram Easy Rider, aparentemente)… mas, pelo que vêm falando as avaliações, ela é uma boa moto. E a H-D parece disposta a seguir com a estratégia.
A fabricante apresentou um esboço conceitual para um novo modelo de moto elétrica, desta vez inspirado pela icônica H-D XR-750, moto de corrida que estreou em 1970 nas competições em ovais de terra – também conhecidos como flat-track racing.
Definitivamente retrô, o conceito brinca com a ideia de uma moto com inspiração nas corridas, porém com uma pegada urbana – tamanho compacto e agilidade para encarar o trânsito seriam seus pontos fortes. E, mais importante ainda: ela custaria consideravelmente menos que a LiveWire (que, apesar de cara, tornou-se uma boa forma de publicidade para a Harley.
Nada foi confirmado ainda, mas o estilo nos parece próximo demais de algo factível de ser produzido em série para não levarmos a sério. Vamos ficar atentos. (Dalmo Hernandes)
Carlos Ghosn prevê que Nissan irá falir em dois ou três anos
O ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn, foragido da justiça japonesa e abrigado no Líbano, prevê que o fabricante irá a falência dentro de dois ou três anos. Essa informação foi revelada durante as 10 horas de entrevistas que o executivo deu para seus advogados de defesa antes de fugir do Japão. Quem revelou ao público foi o ex-promotor Nobuo Gohara, que é um critico do sistema de justiça do Japão.
Gohara disse para a imprensa japonesa em uma coletiva de imprensa que Ghosn revelou sobre essa previsão de falência da Nissan, porém o executivo não revelou detalhes de como isso ocorreria. A Nissan sofre com vendas em declínio na China, um dos principais mercados do mundo. No Japão, terra natal do fabricante, a linha da Nissan está defasada e as vendas também está em baixa. Durante a primeira metade do ano fiscal de 2019 os lucros da Nissan caíram em 73% em relação ao mesmo período de 2018.
Nobuo Gohara entrevistou Carlos Ghosn em cinco vezes em um período de de dois meses antes da fuga do executivo, sendo a última dois dias antes da fuga. Carlos Ghosn autorizou a divulgação dessas conversas com o ex-promotor. Gohara está escrevendo um livro sobre o caso, ele é um ativista pela melhoria do sistema de justiça japonesa e fez diversas aparições na televisão criticando o que ele chama de “sistema de justiça refém”. Gohara disse na coletiva que “A Nissan e os promotores de justiça trabalharam em conjunto para instaurar um processo criminal contra Ghosn”.
Carlos Ghosn ficou preso no Japão por 130 dias e aguardava julgamento, ele fugiu com a alegação de que o julgamento no Japão é injusto e lá a promotoria sempre vence. Ghosn diz que foi vitima de conspiração por querer fazer uma fusão entre a Nissan e a Renault, isso feriu o orgulho regionalista dos executivos japoneses. (Eduardo Rodrigues)
Startup de tecnologia autônoma parceira da General Motors apresenta seu primeiro veículo
A Cruise, startup de tecnologia autônoma que tem a General Motors e a Honda como principais acionistas, apresentou seu primeiro veículo. Esse ônibus em miniatura se chama Origin e não possui um assento para o motorista ou algum tipo comando de direção como pedais e volante, ele é completamente autônomo.
O desenho retangular da carroceria foi feito para maximizar o espaço interno, onde há dois bancos que ficam frente a frente e uma tela acima de cada banco para o entretenimento dos passageiros. A plataforma usada é a do Chevrolet Bolt, que possui as baterias no assoalho e um motor elétrico movendo as rodas dianteiras. As portas são corrediças, segundo os projetistas essa escolha foi feita para proteger os ciclistas.
A proposta da Cruise é criar uma nova modalidade de transporte compartilhado, onde o veículo busca os passageiros com destinos similares ou próximos. Uma versão automatizada do Uber Pool ou do Waze Carpool. A empresa diz que o veículo rodou 1,5 milhão de quilômetros pelas ruas de San Francisco, na Califórnia, em testes e está pronto para o mundo real. A Cruise não dá prazos de quando inicia a produção em massa do veículo, mas diz que quando ela começar ele será mais barato que um carro tradicional por não ter muitos dos componentes necessários para a direção.
Alguns itens dessa apresentação nos deixaram com algumas dúvidas: a empresa diz que testou apenas na Califórnia, um lugar conhecido por ter clima ensolarado na maior parte do ano e ter poucas chuvas. Isso deixa dúvidas sobre o sistema autônomo poder lidar com condições adversas encontradas em outros lugares como chuva e neve. E por ser completamente autônomo deixa algumas dúvidas sobre como o sistema reagiria em situações adversas que podem ser causadas por pedestres, ciclistas e veículos não-autônomos.
Essa proposta de veículo autônomos como serviço parece ainda longe da realidade de lugares fora dos EUA, lá o transporte coletivo é pouco explorado e o carro particular é o principal meio de locomoção. Esse veículo da Cruise vem para fazer um serviço similar ao dos ônibus, bondes e metrô, porém em escala menor. No release de divulgação a Cruise diz que “O que inventamos não é um carro que você compra. É uma experiência que você compartilha”, conseguem ver a semelhança com o velho ônibus? No release diz que com o tempo haverá menos carros na rua graças a esse sistema, melhorando o trânsito, o que é outro objetivo do transporte coletivo.
Mas não podemos esquecer que essas startups trabalham com o que chama de pensamento disruptivo, que busca competir com produtos já estabelecidos trazendo uma inovação. Na maioria das vezes essa inovação é uma variação de algo que já existe, como a Uber que criou um sistema muito parecido com os tradicionais táxis. (Eduardo Rodrigues)