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Porsche Cayman GT4 RS com 500 cv pode estar a caminho
O Porsche Cayman é visto há tempos como o garoto prodígio da fabricante alemã, e já é senso comum que os alemães não exploram todo o seu potencial para não tirar os holofotes do 911. Mas a Porsche sabe que o Cayman é um esportivo fantástico, e sempre dá um jeito de afrouxar suas amarras. Tanto que, de acordo com a revista Car and Driver, a próxima variante do Cayman será o GT4 RS, com um flat-six de quatro litros e 500 cv ou mais.
De acordo com a publicação, o Cayman GT4 RS será uma versão mais leve, mais potente e melhor acertada do atual GT4, que usa uma versão de 420 cv do motor boxer de quatro litros. Em termos de chassi não haverá muito o que mudar: o Cayman GT4 já utiliza diversos componentes do 911 GT3, e não dá para ficar muito melhor que isso – então, espera-se alguns acertos finos na suspensão, que deverá ficar mais firme e mais baixa e adotar mais componentes de alumínio.
O Cayman GT4 RS também deverá ter um visual mais agressivo que o GT4 normal, seguindo a linha dos 911 GT2/GT3 RS. E ele deverá ser o auge do Cayman atual – ao menos até a chegada das variantes mais extremas do Porsche 911 992 para elevar a barra novamente. (Dalmo Hernandes)
Aston Martin quer ser a “Ferrari britânica”
A Aston Martin é uma das poucas fabricantes britânicas que resistiram à passagem do tempo, à British Leyland, aos sindicatos e aos investidores estrangeiros e permanece razoavelmente estável a ponto de atrair novos investidores, como o consórcio liderado pelo empresário canadense Lawrence Stroll. Agora, com os novos acionistas, a Aston pretende mudar seus planos para se tornar a “Ferrari britânica”.
Segundo a revista Autocar, que conversou com o CEO da Aston, Andy Palmer, a empresa irá adotar um novo modelo de negócios semelhante ao dos italianos para melhorar suas margens de lucro. Palmer disse que em 2019 foram feitas 5.800 unidades, mas planeja construir menos em 2020 para tornar a marca mais exclusiva.
“Está na hora de fazermos uma aposta para nos tornarmos a Ferrari britânica, permitindo aos clientes que personalizem seu carros e aguardem a construção. O DBX já está mostrando o quanto podemos avançar. Estamos construindo estes carros apenas para o varejo e nossa lista de encomendas já está cheia para 2020”, disse Palmer à revista.
Com isso, a Aston agora irá esgotar o estoque atual e então iniciar a construção de carros após o pedido/personalização do cliente, o mesmo modelo adotado pela Ferrari. Além disso, eles também terão uma linha semelhante, com modelos de motor central-traseiro (como a F8 e a SF90), que chegarão nos próximos anos, os atuais grã-turismo DB11 e Vantage (como a Roma a Superfast e a GTC4), um speedster (como a Ferrari SP Monza), um crossover (Purosangue) e um hipercarro (sucessora da LaFerrari), no caso o Valkyrie, que chegará às ruas ainda neste ano.
O plano é ambicioso e faz muito sentido — especialmente porque está sendo comandado por um cara com experiência em venda de Ferrari, Lawrence Stroll, que representa a marca italiana no Canadá há décadas. Resta saber se o mundo tem lugar para mais uma Ferrari, porque esse modelo de negócios não é adotado por nenhuma fabricante além da própria Ferrari. Por outro lado, a Aston tem um histórico relevante nas pistas e poderia se posicionar como um antagonista britânico para a Ferrari. (Leo Contesini)
Mazda terá modelo com motor rotativo… mas será um crossover
Lembra do modelo com motor rotativo que a Mazda estava, supostamente, preparando no final de 2019? Pois bem, ele não será o aguardado RX-9 — ao menos não agora. Ao que tudo indica, ele será mesmo o crossover MX-30, apresentado no ano passado somente com motor elétrico, sem nenhum motor a combustão como extensor de autonomia.
Isso, porque a Mazda anunciou nesta semana que um sistema similar ao de seu conceito Mazda2 EV, que usa um motor de rotor simples como extensor de autonomia, pode ser utilizado no Mazda MX-30. Os indícios de que isso aconteceria já estavam sugeridos quando a Mazda anunciou que o modelo terá um motor elétrico de 145 cv e uma bateria relativamente pequena, de 35,5 kWh, com autonomia de apenas 210 km — daí a possibilidade de haver um extensor de autonomia. (Leo Contesini)
BMW vai manter sua grade duplo-rim em modelos futuros
Não imaginávamos que a BMW fosse abandonar uma de suas características de design mais emblemáticas tão cedo mas, em todo caso, a fabricante alemã decidiu nos assegurar: sua grade “duplo-rim” continuará sendo utilizada em modelos futuros, sejam eles movidos a combustão ou elétricos.
Domagoj Dukec, chefe do departamento de design da BMW, disse em entrevista ao Autoblog que a grade da BMW é, de fato, mais uma assinatura de estilo que uma necessidade – mesmo que carros elétricos não tenham um radiador atrás da grade, ela precisa estar lá para preservar a identidade visual dos BMW. Para ele, é importante que a grade da BMW seja o elemento que une as três vertentes atuais da marca – os modelos normais, os esportivos da divisão M e os elétricos da linha i. “Não queremos criar três universos paralelos com três marcas de personalidades distintas. Queremos reforçar a BMW como marca com a ajuda de duas submarcas que têm diferentes papéis”, comentou Dukec.
E ele também aproveitou para defender a atual tendência da BMW em colocar grades cada vez maiores em seus carros. “No passado, algumas pessoas reclamavam dizendo que a BMW não tinha tanta autoconfiança quanto as outras marcas, mas ninguém reclama quando outras marcas fazem grades que tomam toda a dianteira, de um lado a outro. Quem realmente gosta da BMW vai se acostumar, e quem reclama geralmente não é um de nossos clientes.”
Sim, ele foi bem direto – e temos certeza de que ele tem em mente o futuro Série 4 quando fala em “se acostumar”. De fato, a enorme grade do conceito deverá aparecer também na versão de produção – e, com aquele tamanho todo, fica mesmo difícil acreditar que a BMW vá desistir da grade duplo-rim em algum momento. (Dalmo Hernandes)
Ford investiga protótipo misterioso de Mustang com motor central-traseiro
A Ford divulgou nesta semana imagens de um misterioso protótipo do Mustang com motor central-traseiro. As imagens em preto e branco mostram um carro incompleto, sem parte da carroceria, mas fica claro que se trata de um Mustang ao olhar os painéis traseiros. Também é possível observar o motor V8 alojado no compartimento atrás dos bancos.
A Ford sabe que as fotos datam de 1966… e só. A fabricante já consultou funcionários que trabalhavam em suas fábricas na época para procurar pistas, mas até agora não encontrou nada. Um dos membros da equipe da Ford Performance, John Clor, levantou a hipótese de que se tratava do Mustang Mach 2, que era de fato um protótipo do Mustang com motor central-traseiro. Mas aquele carro era baseado em um chassi de 1967, o que descarta a possibilidade.
O que a Ford quer saber por que o carro foi feito e onde ele está agora. Para isto, a empresa pede a colaboração de seus fãs – qualquer um que tenha informações que possam ajudar a esclarecer este mistério pode entrar em contato com o departamento de clássicos da Ford pelo email [email protected]. (Dalmo Hernandes)