Na semana passada o Ministro da Fazenda, Guido Mantega sinalizou a possibilidade de haver um reajuste do preço da gasolina ainda neste ano. Agora, no último domingo quem tocou no assunto novamente foi a presidente Dilma Rousseff.
Durante uma entrevista coletiva realizada em Brasília no último domingo, , mas salientou que não está confirmando que haverá um aumento, e reforçou que “não tem competência para tomar essa decisão”, por isso também pediu para que o tema não fosse misturado com as eleições de outubro.
Tanto Mantega quanto Dilma afirmaram que, se houver aumento, ele será sistemático, como observado em 2012 e 2013, e não há risco do chamado “tarifaço”, que é quando os reajustes são constantes ou elevados. De acordo com o ministro Guido Mantega, em todos os anos houve reajuste pois “essa é a regra”, citou sem confirmar por questões de especulação do mercado financeiro.
O reajuste da gasolina vem sendo pleiteado pela própria presidente da Petrobras, Graça Foster, como forma de reduzir a defasagem dos valores praticados no Brasil em relação os valores do mercado internacional, o que afeta negativamente as finanças da companhia. A Petrobras atualmente tem uma dívida estimada em US$ 130 bilhões e no primeiro semestre deste ano teve lucro líquido de R$ 10,3 bilhões — uma contração de 25% em relação ao aos primeiros seis meses de 2013.
Essa retração no lucro deve-se principalmente ao fato de o preço da gasolina ser mantido em defasagem média de 14% em relação ao mercado internacional como forma de controle da inflação, uma vez que o insumo tem peso importante no índice. Com o arrefecimento da inflação neste segundo semestre, o aumento voltou à pauta do governo.
O último reajuste nos preços da gasolina foi em novembro de 2013, quando a Petrobras anunciou aumento de 4% nas refinarias, que representou uma alta de 3% ao consumidor final. A questão agora, é apenas saber de quanto será o reajuste e quando ele será feito.
Uma fonte anônima ligada ao governo disse à agência Reuters que o reajuste será e 5,5 a 6 %, e será feito após as eleições de outubro, o que poderia resultar em um aumento de 4 a 5% nas bombas. Contudo, o cálculo ainda é preliminar, e foi feito apenas para dar algum alívio à defasagem da Petrobras. Como a Petrobras , esse índice de reajuste pode chegar a 15% no próximo ano, representando um aumento de até 10% para o consumidor final.
[ Fotos: Agência Brasil, Petrobras ]