Olá pessoal! Vim aqui para contar um pouco da história da L200 daqui de casa, sua compra, problemas, aventuras e personalização. Primeiramente quero agradecer a todos os que votaram no meu projeto, vocês são incríveis!
Meu nome é Bruno, sou de São João del-Rei, MG, sou estudante de Arquitetura (depois de dar uma passada na engenharia e inclusive fazer parte da Equipe Komiketo Baja UFSJ) e minha história com carros vem desde criança, quando gostava muito de brincar com carrinhos, ver carros, desenhar carros e tudo mais que estivesse relacionado…
Com o passar dos anos, a paixão só aumentava, e fui começando a desenhar mais (daí a Arquitetura) e a customizar minhas miniaturas, me atentando à todos os detalhes possíveis.
Algumas miniaturas customizadas por mim
Um dos meus desenhos, ainda em andamento
A compra da L200
Após seis anos com um Fiat Tempra Ouro na cor azul, em 2014 meu pai decidiu que era hora de trocar o carro da família. Sugestão é o que não faltava, ia desde Spin até alguns Volvo. Depois de algum tempo, decidimos focar nas caminhonetes e posteriormente na L200, devido à sua capacidade Off-Road. Descartamos Amarok (por problemas na correia dentada, quem teve Tempra vai entender), Ranger (após a ideia de pegar uma XLS 0km), Triton (por rumores de quebra de chassis na época), S10 (pela sua altura em relação ao solo) e Hilux.
Ao focar no modelo Outdoor/Sport da L200, vimos que o modelo Sport possuía um problema crônico de temperatura, sendo assim a busca se focou na Outdoor. Depois de alguns meses encontramos um modelo 2007, na versão HPE, com a lataria lisa e muito nova em uma revendedora em Belo Horizonte. Não deu outra, não demorou muito para irmos buscá-la no fim de Maio. Ao ver o carro foi amor à primeira vista, mal podia esperar para ir embora pra casa nela. O resto do dia correu bem e estávamos muito satisfeitos com a compra.
Não podia faltar uma foto do Temprão
A bruta já descansando em casa
As primeiras impressões
Era o primeiro carro automático que meu pai dirigia, no centro de BH. Saímos da loja e fomos comprar um novo conjunto de correias (nunca é demais ter cuidado né?). Chegando à loja, o primeiro deslize, confundir o pedal do freio com a (inexistente) embreagem. Por sorte não foi nada grave, não vinha ninguém atrás. Ao sair, notamos uma luz verde piscando no painel, então voltamos à revendedora para saber o que era. Roda Livre acionada, não era nenhum problema.
Logo depois trocamos o óleo e pegamos os 200 km de estrada até São João, e o carro se mostrou muito bom, potente e confortável. Chegando perto do condomínio residencial onde moramos tive a primeira oportunidade de pegar no volante da “bruta”. Foi uma sensação incrível, ainda mais sabendo que era nosso. O único porém era a despedida do saudoso Tempra, carro que nos serviu muito bem durante o tempo em que esteve conosco e que me marcou muito. Alguns dias depois foi feita uma revisão e a troca das correias da L200, sem problemas.
Interior da L200
A primeira viagem
É loucura, mas em Junho, na Copa do Mundo, menos de um mês após comprar o carro viajamos até Porto Seguro nela. Correu tudo bem durante a ida, passeamos bastante nas cidades vizinhas a Porto durante nossa permanência (pegamos um pouco de chuva, mas acontece, deu pra aproveitar). Em estradas de terra/areia a diferença para os carros de passeio era grande, mal se sentia as ondulações da pista. Já na volta pra casa, próximo a Rio Casca a pouco mais de 300 km de casa veio o primeiro defeito. O carro perdeu a força e soltava muita fumaça, mal andava. Não havia sinal de celular no local para acionar o seguro e estávamos lá parados.
Olhamos o motor, mas sem muita prática era difícil detectar algo. Entramos no carro e andamos por alguns quilômetros a uma velocidade de menos de 10 km/h (na subida piorava…) soltando muita fumaça até chegar na cidade, onde procuramos um mecânico. Perdemos boa parte do dia nisso e não teve solução, o jeito era chamar o guincho e um táxi para finalizar a viagem. Já em São João, o defeito se revelou ser o sensor de rotação (pecinha que nos rendeu bons problemas mesmo depois disso). Foi efetuada a troca e o carro voltou a funcionar normalmente, mas não por muito tempo…
Foto tirada na Estrada do boi, norte de Minas
A dor de cabeça e o sensor
Depois de não muito tempo o carro perdia um pouco da força e a luz de injeção acendia de forma intermitente, e por isso o rastreador não conseguia achar qual era o defeito, era quase um chevrovírus japonês. Após meses levando o carro na oficina na segunda feira e buscando na sexta, o defeito foi finalmente descoberto e era o sensor de rotação, de novo. O que foi trocado veio com problema, e ora funcionava, ora não.
O famoso sensor de rotação
A primeira modificação
Depois da viagem e com seus problemas já resolvidos, sentimos a necessidade de fazer a sua primeira modificação: um tampão marítimo. Malas ocupavam muito espaço na caçamba e por poucos centímetros elas não poderiam ficar em outra posição que economizaria muito espaço. Há também o fator segurança (convenhamos que chapas de metal são mais resistentes do que lona…). Os modelos de tampão disponíveis no mercado não agradavam muito no visual e eram bem caros, sendo assim, partimos pro “do it yourself”.
Depois de alguns dias de trabalho com ferro chato, chapas galvanizadas, fibra de vidro e rebites, muitos rebites o tampão ficou pronto. Optamos por instalar amortecedores da Cofap, os mesmos da tampa do porta-malas do Gol quadrado por seu bom custo benefício. Na questão visual, preferimos o envelopamento com adesivo imitando fita de carbono principalmente pela baixa aderência de tinta à chapa galvanizada. Também desenvolvemos um sistema de fechadura com dois pontos de travamento, porém com uma única maçaneta (interna ao tampão. Posteriormente desenvolvemos um sistema de destravamento interno ao carro). Também foi instalado um sistema de iluminação, bem simples que ao se abrir o tampão acendia uma lâmpada.
Foto com o tampão aberto (nota-se o sistema de fechamento mencionado acima)
E assim me despeço de vocês, mais uma vez agradecendo a todos que votaram no projeto. Em breve trarei mais detalhes, assim como as modificações mais pesadas feitas na “bruta”. Um grande abraço a todos!
Por Bruno Sousa, Project Cars #377