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Project Cars Project Cars #395

Project Bikes #395: a velha Turuna começa a ganhar formas de Café Racer

Fala, galera do Flatou! No último post do PB #395 eu contei a história e aventura na compra da minha Honda Turuna 1982. A partir de agora irei falar sobre confecção das novas peças, como foi transformada em uma Cafe Racer, muita coisa teve de ser projetada e feita propriamente para ela.

Como falei no outro post, no mesmo dia que a peguei, numa sexta-feira, já comecei a desmontar tudo, aproveitei que tinha uma folga da faculdade naquela noite e me diverti tirando tudo nela: banco, carenagens, paralamas, farol, enfim, tudo, no mesmo dia ela estava só o chassis, rodas, tanque e o motor. Com isso deu para ter muitas ideias de onde cortar, o que fazer e como fazer. Assim ficou depois do primeiro dia de trabalho:

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Com ela assim, a ansiedade tomou conta de vez! Na outra semana desmontei literalmente tudo, e começou o trabalho no chassis! Para quem tem duvida sobre o que pode e o que não pode fazer perante a lei, o Detran permitiu o corte apenas dos suportes e “orelhas” dos chassis, tais como suporte para banco, carenagens etc. porém cortar a estrutura do chassis já não foi permitido. Com isso cortei tudo o que não era necessário nela, ficou apenas o esqueleto do chassis, com isso deu para começar a projetar o banco dela, que falarei mais adiante. Depois dos cortes aqui e ali, é aqui que começa o primeiro pesadelo! Vocês devem lembrar que eu fui até a cidade vizinha achar o antigo dono para pegar a assinatura dele né? Foi naquele dia que esse senhor me falou que antigamente, uma outra pessoa tinha se acidentado com a moto. Aí que o medo bateu!

Fiquei com o pensamento na cabeça de que o chassis não estaria em perfeitas condições. Depois de tudo desmontado que deu para perceber que esse pensamento realmente veio a se tornar realidade: O chassis estava empenado. Foram algumas horas para consertar, corte aqui, maçarico ali, e no final o chassis estava reto novamente, um alivio! Feito isso, mais tranquilizado, o tanque foi encaminhado para a chapeação, em breve vou falar as surpresas do tanque também. Com o chassis pronto, foi hora de começar a comprar as peças novas. Rodas, pneus, retrovisores, velocímetro, lanterna traseira, piscas.. enfim, todas peças novas para completar o projeto. Aqui uma foto dela com as rodas e a balança traseira da CG antiga, que é 5 centimetros maior e deu um visual um pouco mais agressivo.

As rodas já montadas:

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“Pré-montagem” para sonhar um pouquinho:

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Aqui em terras tupiniquins ainda é difícil achar peças customizadas, e muitas vezes quando achamos o preço não é nada convidativo. O jeito então é fabricar as próprias peças. No projeto eu optei por um ar mais “racer”, para isso produzi os semiguidões de acordo com as medidas das bengalas originais da Turuna.  Quem tem uma Cafe Racer bem sabe que a posição e o conforto acabam ficando de lado e as costas acabam saindo prejudicadas, uma solução para isso é recuar os comandos de marchas e freio, então, projetei e produzi as pedaleiras, nada muito sofisticado, porém funcional. Como a projetei exatamente para o meu tamanho, a posição de pilotagem ficou muito bacana e confortável.

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Como muita gente sabe, as Cafe Racers foram originadas na decada de 60 na Inglaterra, onde os Rockers arrancavam tudo o que não era necessário de suas motos a favor de performance e alivio de peso, com isso, as motocas ficavam com visual bem “clean”. Para isso, em certas motos é uma dor de cabeça, principalmente sobre onde alocar a bateria e ficar com aquele “vazio” do chassis da moto. Em Cafe Racers mesmo, pode-se alocar a bateria debaixo da rabeta, que geralmente é feito de fibra e com isso acaba resolvendo os problemas, porém como eu optei pelos bancos caracteristicos das Bratstyles, aloquei a bateria um pouco abaixo do seu local original, próximo a balança. Ainda fica aparecendo, mas o visual final ficou bem agradável e limpo.

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Outra parte importante para um projeto bacana e agradável aos olhos é o farol. Os faróis originais acabam sendo grandes ou até mal posicionados. Uma sugestão, que é a qual eu usei, é utizar farol de tratores e maquinas pesadas, os de Jeep também são uma boa pedida. Para um visual agradável, foi necessário fazer um novo suporte para que o farol ficasse na mesma linha do tanque, mantendo todo o conjunto alinhado. No mesmo suporte foi alocado as setas indicadoras também.

Aqui uma foto com os semiguidões, velocímetro, retrovisores  e farol para se ter uma ideia de como irá ficar.

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E por último deixo essa foto checando os ajustes e posição de pilotagem. Pra quem tem dúvida em relação ao tamanho dela, podem ver que é praticamente uma bicicletinha, mas como eu tenho 1,70m, o tamanho casou perfeito.

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Então é isso, nesse capitulo mostrei as partes digamos “estruturais” da motoca, no próximo capitulo detalharei a confecção do banco, escapamento, motor, pintura e muito mais. Fiquem ligado e até mais!

Por Leonardo Spagnol, Project Cars #395

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