Olá, assíduos leitores deste incrível canal de cultura automotiva! Este já é meu terceiro post e meu projeto vai de vento em popa! Nos últimos dois meses algumas coisas importantes aconteceram com relação ao futuro do projeto, como: definições de ideias, mudanças no cronograma e novas peças que chegaram. Percebi também que este ano será um ano de botar a mão na massa e fazer acontecer, pois até agora muitas peças foram adquiridas e muito estudo foi realizado em cima do projeto. Com certeza este ano será muito mais divertido, começando pela oportunidade que tive em janeiro de fazer o curso pela Fueltech Education, que com certeza será muito importante lá na frente na hora da afinação do motor. Outra coisa bacana que também aconteceu, foi que meu carro enfim está nas mãos do restaurador. Agora só volta pra casa novo em folha!
Chega de enrolação e vamos ao que interessa!
Novas aquisições
No post anterior, pude apresentar um pouco sobre a proposta de preparação, componentes adquiridos até então e também sobre o sistema de admissão no qual estava sendo desenvolvido. Após realizar a fundição dos coletores de admissão, foi a hora de pensar no coletor de escape, já que seria necessário confeccionar o mesmo com base nos coletores de admissão, pois possuem as flanges dos corpos de borboleta bem grandes, e possivelmente eu teria problemas com o encaixe deles se utilizasse um coletor feito de forma já conhecida. Quem ficou responsável pelo desenvolvimento foi o Otávio da Soffiatto Escapamentos, muito conhecido pelos seus coletores desenvolvidos para a Stock Car. O revestimento de cerâmica foi feito pelo Giba Escapamentos, e permitirá que a dissipação da calor para cofre seja amenizada, trazendo como benefício além do ar de aspiração menos quente, a concentração de calor dentro dos dutos, e, como consequência, um aumento da velocidade de saída dos gases.
Em janeiro chegou também minha última encomenda de peças importadas. Digo última não por que comprei tudo e agora não preciso de mais nada, mas porque com o cerco cada vez mais fechado pela Receita Federal, pagar todas as taxas e tributações está deixando os produtos mais caros do que comprar nas lojas brasileiras. Mas confesso que tive muita sorte nesta última compra. Encontrei um lote de bobinas de Marea – original Bosch – com o valor do jogo extremamente atraente de um vendedor Ucraniano. Mas o que eu não esperava era que o vendedor me enviasse uma sétima bobina de brinde. Isso mesmo, você não leu errado, uma peça vendida no Brasil com valor por volta de R$ 300,00, de brinde! Na encomenda também vieram a bomba de óleo Melling com volume e pressão originais, e o jogo de balanceiros roletados em aço com razão de 1.75 da Crower.
No fim do ano passado eu já havia adquirido o módulo de ignição SparkPRO-6 da Fueltech, e, até o envio deste post, minha injeção programável FT400 também da mesma marca, estava a caminho.
E para fechar, os reparos do câmbio, para enfim começar a por a mão na massa!
Definições de projeto
Desenvolver um carro em que muitas das suas características originais serão modificadas exige que se tenha uma visão macro de todos os seus “departamentos” interagindo-se uns com os outros, a fim de se planejar uma ordem de execução do trabalho. Com isso em mente, e sabendo que no começo deste ano meu carro entraria para a restauração e que todas as possíveis modificações na carroceria deveriam ocorrer neste momento, comecei logo pensando nas rodas, já que dali, outros detalhes como suspensão e freios também deveriam ser pensados.
Como meu objetivo desde o começo era desenvolver um carro com um estilo mais pro-touring, logo pensei nas famosas Binno 18” da Stock Car Light. Após algumas pesquisas, acabei coincidentemente encontrando um jogo dessas rodas com um cara bastante conhecido pela galera gearhead, o Zumbi (Ricardo Gouveia) que apresenta o programa Turbinados que passa no Discovery Turbo.
Ver a roda ao vivo superou minhas expectativas. Ela não é uma simples roda 18” com baixo offset e 8” de largura. Ela enche os olhos de quem não tem contato diário com carros de circuito de verdade. Seu grande offset (140 mm) devido aos profundos raios com inclinação para dentro, em combinação com a enorme tala de 10,5” e aqueles pneus slick 285/35, fez-me ter certeza de que aquela seria a roda para fechar definitivamente a personalidade do meu carro.
Com as rodas em mãos, agora posso pensar definitivamente em todas as modificações necessárias na carroceria: a suspensão traseira opcionalmente pode ser substituída por um Ladder Bar com suspensão de rosca e serem feitas as devidas adaptações de suportes e encurtamento dos semieixos do diferencial, ou até então, readaptar a suspensão original, entrando com amortecedores e molas retrabalhados para a nova geometria. Em ambas as formas o alargamento da caixa de roda será necessário. Mas estes são detalhes que ainda irei estudar e que serão apresentados aqui em um próximo post.
Para fechar a ideia do projeto com chave de ouro, nada melhor do que ter um modelo 3D do carro e permitir que tudo seja construído exatamente da forma como se imagina. A modelagem foi feita de forma extremamente caprichada e realística pelo designer Santêr Di Olívêra da PROPÊLLÊR Comunicações, que também é responsável por algumas artes feitas para a nova categoria de circuito com Opalas, a Old Stock Race. Talvez até o fim do projeto mude um detalhe ou outro, mas basicamente será como seguem as fotos:
Até o próximo post com as novidades que virão por aí!
Por Rafael Orágio, Project Cars #105