Galera, somos uma grande comunidade com centenas de 8 milhões de gearheads, petroheads, graxeiros, fuçanicos, mecânicos e duas mulheres. Vamos juntar nossos conhecimentos neste post e fazer um projeto melhorar?
Maria Fumaça
Que cargas d’água isso tem a ver com o seu motor? Muita coisa. O Maxion S4T+ da Engesa não tem injeção eletrônica, então sua relação ar/combustível foi feita para trabalhar no nível da minha cidade. Subir pelo menos até 4.000 m de altitude vai transformar o jipe numa Maria-Fumaça pois a densidade do ar será menor, bem menor. Depois na hora de descer até o nível do mar, o excesso de ar vai deixar meu motor super quente. Então eu tenho duas coisas a fazer: abrir mais a turbina e diminuir a vazão da bomba e depois inverter tudo o que fiz. Ok de fazer, são dois parafusos de fácil acesso. Porém, como saber que a mistura está certa?
A priori iria só analisar pela fumaça. Mas depois me veio a seguinte ideia:
Pensei em comprar num desmanche uma sonda lambda de algum carro diesel. Para minha alegria descobri que só a Ram e as Range Rover usaram isso no Brasil. Essas sondas para diesel não são as mesmas da gasolina não sei a razão, mas são diferentes. Então pensei em parafusar uma dessas no escape e ligar a um hallmeter dentro do carro, afinal eu vou resolver a mistura lá na frente, essa info no painel não me ajuda. O que acham desta solução?
O problema do radiador
Um amigo do FlatOut postou algo sobre os chilenos trocarem os giclês quando fossem ficar longo tempo em altitude elevada… como esses carros funcionavam nos anos 70? Com todos os radiadores ainda abertos?
Lá fui eu estudar. E consegui um esquema tão simples que fiquei bravo comigo mesmo. O sistema do Opala é aberto, mas diferente do meu. No caso do Engesa simplesmente há uma mangueira que sai do radiador e de lá pro chão. No Opala tem uma garrafa simples onde essa mangueira entra até o fundo. Variações de pressão atmosférica não afetam o líquido, o que sair do meu radiador por pressão ou qualquer coisa vai para essa garrafa, na hora que esfriar esse excesso de pressão se torna vácuo que puxa o líquido de volta. Simples e eficiente. Aqui na Autozone tem o líquido de radiador para altitude e -63ºC, e vou trocar logo antes de viajar. Alguém tem alguma outra sugestão?
Silêncio, por favor
Já instalei um abafador, silenciador, manta asfáltica aluminizada por fora, elastomérica por dentro, refiz todo o esquema de coxins, estou refazendo novamente os suportes do motor para ter menos harmônico no chassis, e ainda assim há barulho.
Pensei em envolver o escape desde a saída do coletor com alguma manta de lâ de rocha ou similar. Minha questão não é térmica, é sonora. Alguém tem alguma receita infalível que não seja subir o volume do rádio?
Fora isso, pequenos updates:
Novo porta copo com porta objetos feito em impressora 3D. Detalhe: imprimir essa peça no BR pelo site Imprima3D.com.br: R$ 2.817,00. Imprimir essa peça no texas em ABS preto com Nylon de alta resistência: U$ 45,50. Mais U$41.34 de frete.
Novo suporte para coxim de motor
Parece mais, mas tem 9cm de altura, encaixa o coxim no centro sem problemas. Ainda estou pensando se faço em SAE1010 ou Ferro Fundido Cinzento de alto carbono. A vantagem do 1010 é que a solda no chassis é eterna, o ferro fundido cinzento tem o ponto de têmpera baixo, ou seja, a solda tem de pontear antes e não dá pra fazer algo muito grosso, por isso do buraco para parafuso em baixo. Mas o cinzento tem grafite, para reduzir vibração… dúvidas. Pendo ao 1010 porque estou com um coxim mais novo que tem o dobro da altura do meu modelo atual, então só isso já vai reduzir minhas vibrações o bastante. Alguém indica um bom CNC em SP?
Novo par de zóio
Comprei um par de faróis de Harley-Davidson que servem na medida exata do meu original. E são projetores! Só que não têm parafusos para suporte, pois vão encaixados naquele copo cromado que a moto tem na frente… então tive de projetar em ABS de alta temperatura um par de encaixe.
Peço desculpas pelo post teórico, mas o fim de ano anda puxado de trampo e terei férias de 23/12 a 05/01, ou seja, terei tempo para passar embaixo do capô. Além disso, segue uma foto da traseira, que já deu adeus ao banco e vai começar a virar “casa”. Isso é pro próximo post. Até lá!
Por Guilherme Netto, Project Cars #140