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Project Cars Project Cars #16

Project Cars #16: dúvidas na escolha da cor e visual do meu Kadett GL 2.4

Olá, pessoal! Depois de contar a vocês todos os segredinhos que tenho guardados lá em casa, chegou a hora de decidir como será a reparação dos estragos na lataria do carro e as modificações que pretendo acrescentar nesse processo.

O acidente que sofri no autódromo de Brasília ocorreu em julho de 2014 e toda essa demora para iniciar o conserto do carro tem explicação: outras prioridades. Tive que canalizar meus recursos para a reforma da minha casa e quem já mexeu com isso sabe muito bem o que acontece: você planeja gastar um valor e no final acaba gastando três vezes mais! O bom de tudo é que deixei minha esposa bem feliz, pois como diz o ditado: When Mama is happy, everybody is happy!

Agora o caminho para a recuperação do carro está pavimentado e as ideias que surgiram nesse tempo começam a se encaixar.

 

Novo visual do Kadett

Uma coisa eu já tenho certeza: vou atualizar o visual do carro e fazer o facelift do modelo fabricado até 1995 para o design do esportivo Kadett GSI. Já tenho em mãos todas as peças necessárias: capô com aquelas saídas de ar, parachoques dianteiro e traseiro, grade dianteira, lente da luz de neblina traseira, spoiler lateral – tudo original.

Aproveitei que estava com tempo de sobra e comprei alguns itens exclusivos da versão europeia. Lá o nosso Kadett GSI era conhecido em alguns países como Opel Astra Mk2 GTE 16v, e noutros como Vauxhall Kadett GSI.

Tirando o fato de que lá ele foi produzido com o famoso motor C20XE, muitos deles com cabeçote Cosworth, as diferenças de visual ficam por conta de alguns detalhes como, por exemplo, os piscas na cor âmbar (os nacionais eram simplesmente transparentes) e a entrada de ar do vidro traseiro perfurada (aqui ela tinha aletas, iguais às demais versões GL e GLS).

Depois de muito garimpar no Ebay, consegui os piscas âmbar da marca germânica HELLA e a entrada de ar perfurada. Seguem as fotos dos troféus:

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E como eu precisava substituir o farol dianteiro direito avariado na batida, aproveitei e arrematei aqui mesmo no Brasil um par de faróis Cibié, um achado de estoque antigo (new old stock).

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Mesmo com todas as peças para o facelift em mãos, ainda tenho algumas dúvidas que eu gostaria de compartilhar com vocês a respeito da cor.

 

Qual cor?

Vou tentar expor as questões apresentando os prós e os contras de cada opção, fazendo um contraponto entre razão e emoção. Vamos lá.

Primeira opção: manter a cor original

Conhecendo nossos prestadores de serviço (vulgo “lanterneiro” e “pintor”) como eu conheço e antevendo todo o tipo de problema que eu poderia enfrentar numa tentativa mais ousada com o carro, já me bate uma tristeza no coração. Prazos estourados, serviço tendo de ser refeito, desgastes, tempo perdido, dinheiro jogado fora. Nessa perspectiva, pintar o carro da mesma cor e manter o “feijão com arroz” não parece ser tão ruim assim.

A cor original é chamada na paleta de cores da GM de Azul Cezanne e é muito comum de ser vista cobrindo a lata de alguns Omegas e dos primeiros Vectras.

Alguém com índole mais purista já deve estar se contorcendo na cadeira e esbravejando que a GM não fabricou o GSI nessa cor azul!

É verdade! Saíram apenas nas cores Preto Liszt, Branco Nepal, Branco Mahler, Vermelho Bach, Vermelho Shumann (bordô), Prata Argenta, Cinza Níquel e Azul Colonial – este último raríssimo de se encontrar. Por sorte eu consegui uma amostra desse Azul Colonial pra gente comparar:

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Como efetivamente não saiu Kadett GSI na cor atual do meu carro, pedi a um amigo para fazer uma simulação no computador. Eis o resultado:

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Confesso que gostei bastante do resultado, mas achei sóbrio demais e pouco inspirador para um carro de pista.

E por falar em carro de pista, quero abrir um parêntese para discutir se vou seguir nessa reforma uma linha conservadora ou uma tendência mais radical. Por conservador eu diria que o carro permaneceria street legal, isto é, com interior todo montado, manteria os vidros e não instalaria a gaiola de proteção (rollcage). Não adianta tentarem me convencer: como advogado, já estudei o Código de Trânsito Brasileiro e as Resoluções do Contran exaustivamente e não encontrei fundamento legal para regularizar a gaiola num carro de passeio. Regularizar como “alteração visual” com aquele despachante do tipo “Gerson” (que dá um jeitinho em tudo) não serve pra mim. Se eu for manter essa linha conservadora, não instalarei a gaiola e o carro permanece como está, indo e voltando dos trackdays rodando.

Se for ser radical, nisso incluída a adoção da rollcage, cinto de quatro ou cinco pontos, alívio dos acabamentos do interior e a troca dos vidros por lexan, aí sim o carro toma um rumo 100% racing, com as implicações de não poder mais circular legalmente na rua etc.

Por que estou tratando desse assunto nesse momento? Porque quando o carro for para a lanternagem, eu já quero ter decidido o futuro dele. Será um sleeper street legal ou será 100% racing?

Em todo o caso, se eu decidir pintá-lo com o mesmo tom de azul original, vou mudar as rodas para um modelo que eu já tenho comigo. Saem as rodas de Astra e entram as rodas da BMW 323i, aro 15″ e tala 7″, reformadas para furação 4×100 e polidas. Muito conhecidas entre os entusiastas dos Campeonatos de Arrancada, a vantagem dessas rodas é o peso baixíssimo – apenas 6kg (sem pneu), e eu gosto bastante da combinação do azul escuro com rodas de alumínio polidas.

Ainda nessa perspectiva sleeper, existem outros tons de azul que têm me atraído bastante a atenção na rua. São cores novas e que podem parecer chamativas à primeira vista, mas lembrem-se: estamos fazendo um brainstorm – não tem nada decidido ainda!

Segunda opção: Azul Grafite da Nissan

Os mais atentos já devem ter reparado nesse azul que está circulando pelas ruas nos carros da Nissan, especialmente no Sentra e no March.

Trata-se do “Azul Grafite”, nome dado pela fabricante nipônica a esse novo tom de azul, que – na minha mais modesta opinião – é simplesmente fantástico!

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Sei que a foto acima está bem alterada por software, mas já tem um tempinho que estou namorando essa cor ao vivo nos carros da Nissan que vejo na rua. Uma coisa eu já reparei: ela fica mais bonita no Sentra – que é um sedan e, portanto, um carro maior – do que no March. Não consigo achar uma explicação para isso, talvez algum amigo fotógrafo ou especialista na área consiga.

O certo é que essa é uma opção que estou cogitando e ela tem ocupado bastante meus pensamentos!

Terceira opção: Azul Netuno Metálico da Honda

Já perceberam que quando você compra algo novo (seja um carro, um relógio ou um celular), você começa a reparar esse mesmo objeto em vários lugares e ele começa a aparecer com mais frequência em momentos inesperados? Pois é! Eu estou vendo azul em todo lugar agora….

Esse tom de azul eu vi no Novo Honda Fit e a montadora o chama de Azul Netuno Metálico.

É uma cor bem viva e chamativa, quase exagerada. No Honda Fit ela contrasta com alguns elementos de preto da grade, debaixo dos retrovisores e nos parachoques traseiros, fazendo uma ótima combinação. Por ser uma cor mais “cheguei”, pode ser uma opção interessante num carro de rua, sem perder o lado ousado dos carros de corrida.

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Pesquisando imagens na internet com esse argumento, encontrei a mesma denominação de cor  sendo usada pela FIAT para colorir o Novo Uno. Particularmente, achei o azul da FIAT mais metalizado. Vejam a amostra abaixo:

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Uma coisa é certa: independentemente se o carro for pintado com o azul original ou com esses outros tons apresentados, ele terá um elemento de exclusividade e não deixará de mostrar um apelo esportivo, por causa do visual do Kadett GSI e – quem sabe – de uma cor azul mais provocativa.

Outra certeza: mantendo o azul, não haverá necessidade de alteração no documento, uma vez que a cor predominante será a mesma, não importando – pelo menos para o fiscal de trânsito – se aquele é um Azul Cezanne, ou Azul Grafite, ou Azul Netuno, ou Azul Darth Vader…..whatever!

 

COM SCOOP OU SEM SCOOP?

Para alguns a resposta é fácil: sem scoop, lógico! Como a gente diria aqui em Goiás: “Trem feio, sô!”

Concordo, é feio mesmo. Mas me deixem contar como a ideia surgiu.

Esse scoop – para quem não reparou – era usado no modelo anterior da Chevrolet S10. Nela o scoop cumpria apenas função estética, pois não havia nenhuma abertura no capô direcionando o ar externo para o interior do cofre. Sendo curto e grosso: era só um enfeite mesmo!

Mas a minha inspiração original para scoop veio do passado. Talvez nem todos se lembrem, mas nos idos de 2002-2004 havia no Campeonato Brasileiro de Arrancada um Kadett aspirado na categoria Super Street Tração Dianteira que era o terror dos competidores que usavam motores VW AP. Era o Kadett vermelho (e depois branco) do piloto catarinense Vicente Orige, bicampeão brasileiro naquela categoria. Esse era o seu carro vencedor:

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Na época em que usava um motor aspirado – primeiro com cabeçote 16v e depois com 8v – o Kadett do Vicente ostentava um scoop funcional, cuja objetivo era direcionar o ar captado pela frente do carro para o interior do cofre, mais especificamente para a entrada das borboletas individuais.

O princípio é simples: o ar no exterior do veículo é mais frio que o ar circulante dentro do cofre, sendo por isso mais denso (com mais moléculas de oxigênio necessário à queima do combustível). Mais oxigênio na equação – aliado a uma mistura correta – resulta em mais potência.

Finalizando o flashback, minha ideia então foi instalar um scoop no meu carro seguindo o mesmo raciocínio. O modelo adotado pelo Vicente era da fibra de vidro; como a S10 já tinha o scoop pronto, resolvi adotá-lo e lá ele está até hoje cumprindo seu papel.

É feio? Sim, mas funciona. Além disso, chama muita atenção para o carro e quebra um pouco aquele look característico dos sleeper que é justamente ser um lobo em pele de cordeiro. O scoop denuncia logo de cara que ali debaixo do capô tem algo a mais.

Só que com toda essa ideia de reforma e mudança de visual, estou colocando essa questão estética novamente em discussão para não dar mancada e estragar o “quadro geral”, se é que me entendem.

E para ajudar a decidir, seguem abaixo duas imagens. Uma do meu carro SEM scoop e outra COM scoop:

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Só lembrando que o capô do GSI que será instalado tem saídas de ar e precisará ser cortado para receber a entrada de ar e os furos de fixação do scoop. Dá dó só de pensar, mas, se for por uma boa causa, será feito!

 

BRANCO DTM OU BRANCO MARTINI?

Até agora só falamos do azul. Mas alguém pode estar perguntando: “Por que você não pinta de outra cor, tipo vermelho, amarelo ou mesmo branco?”

A primeira restrição que eu tenho para mudar a cor é justamente o processo de legalização perante o órgão de trânsito. Além da vistoria final, é necessário um requerimento administrativo prévio informando a alteração de cor pretendida e exige-se que a oficina de pintura apresente nota fiscal das peças e serviços empregados. Burocracia pura, mas é a lei!

Enfim, se eu for encarar esse desafio, minha opção de cor será o branco. Não vejo meu carro vermelho, amarelo, verde ou noutra cor. É questão de gosto; cada um tem o seu!

Se for branco, tenho algumas opções bem legais em mente. Pelo título acima vocês já devem ter imaginado.

Primeira opção: Branco DTM

Além da cor branca, que cai muito bem no Kadett, essa opção envolve utilizar um layout de faixas coloridas para compor o visual adotado pelos carros da Opel que corriam no campeonato alemão de turismo, mais conhecido como DTM (Deutsche Tourenwagen Meisterschaft).

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Toda vez que eu olho para essa imagem, meus amigos, eu tenho pensamentos obscuros. Me dá vontade de chutar o balde e mandar o Kadett para o lado negro da Força mesmo!

Visualmente dá para replicar praticamente tudo, exceto as rodas, que são dificílimas de encontrar, além de caras e com o aro 18″ – e estão fora dos meus planos. Mas de resto – cor, adesivos, gaiola, bancos – tudo é possível de fazer exatamente igual aqui no Brasil.

Falei em adesivos porque caso eu opte por esse esquema de cores, não pretendo fazer com pintura em máscaras. Os motivos são simples: além do custo e da dificuldade em arrumar um pintor animado a fazer isso, usar adesivos é mais barato, fácil de aplicar e também de retirar caso o resultado não fique do meu agrado.

 

Segunda opção: Branco “Rallye”

Tem ainda um outro esquema de cores que eu considero mais discreto e que também pode ser uma opção. Lógico que quanto mais discreto, menos racing será o design.

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Este é um carro misterioso. Eu o achei no Google sob a insígnia de “Kadett Rallye”. Deve ter sido uma tentativa da Opel de ingressar no mundo dos 4×4, mas certamente sem sucesso, pois não temos muitas informações sobre essa investida.

O que nos restou foi apenas esse esquema de cores que abrange o capô e parte dos paralamas, quase atingindo as portas. Achei bem discreto e até consigo imaginar um carro de rua assim. Quem sabe…

 

Terceira opção: Branco Martini Racing

Essa dispensa apresentações.

Não existe nenhum Kadett pintado ou adesivado com as cores da Martini Racing, mas minha inspiração para cogitar em pintar meu carro assim veio dessa imagem:

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Sei que os carros não se comparam, então por favor abstraiam o ódio e tentem focar apenas no esquema de cores.

Kadett branco com faixas na soleira das portas e no centro do capô e do teto. Ficaria lindo!

Mas há um risco sério a considerar: aqui no Brasil eu já vi Golf Martini, Porsche Martini, Xsara VTS Martini, só aqui na minha região.

Daqui alguns dias, com o Kadett Martini, certamente vão aparecer os Corsa Martini, Celta Martini, Gol Bola Martini e até Honda Biz Martini.

Deu até coceira!

 

ROADMAP PARA 2015

Enquanto as ideias vão amadurecendo, o carro encontra-se parado aqui em casa. Meus planos são desmontá-lo eu mesmo, com bastante cuidado e paciência, deixando no lugar apenas o motor, parabrisas e vidro traseiro. Todo o resto (vidros das portas e laterais, acabamentos internos, bancos, painel, forração, lanternas etc) será retirado e o carro deixado na lata apenas.

Depois disso, o carro segue para a oficina mecânica para retirada do motor, onde começará o processo de substituição dos componentes atuais pelas peças de upgrade que relatei aqui no post anterior.

Já sem motor e sem câmbio, levarei o carro para a oficina de lanternagem de onde só Deus sabe quando ele vai sair.

Então é isso, pessoal! Conto com o apoio de vocês e prometo relatar no nosso próximo encontro o progresso com o Kadett.

Abraços e até mais!

Por Weiler Júnior, Project Cars #16

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