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Project Cars Project Cars #163

Project Cars #163: a história do meu Citroën Xsara VTS 2.0 16v

E aí, galera!? Meu nome é Patrick Fares, tenho 25 anos e sou empresário. Moro na cidade de Diadema, no ABCD Paulista. Participo de alguns clubes automotivos, como Spanko, Overtake e PSA Maníacos e frequento este meio desde muito novo. Sempre fui viciado em carros, e hoje alimento essa paixão com os brinquedos da garagem. Um deles é meu Citroën Xsara VTS sobre o qual irei falar aqui no Project Cars.

Quando eu tinha 13 anos, em 2003, meu pai comprou um Peugeot 306 1999, e foi neste carro que aprendi a dirigir. Pra ajudar, no ano seguinte trocou o 306 por um ZX Coupé. Ao mesmo tempo, dentro de casa, minha mãe já estava em seu segundo 206. O vírus dos PSA corroía a minha mente.

Até os 18 anos, naquele longo tempo que se passa até receber a CNH, mil projetos borbulhavam na cabeça. Logo que recebi a habilitação, o que eu tinha para dirigir era um Classic VHC. Quando fui comprar o primeiro carro que seria meu, já tinha decidido que seria um Xsara, porém ainda não podia ir direto à vontade principal que era um VTS legítimo, aquele com o motor 2.0 de 167 cv.

Fui a uma concessionária da Citroën e vi um VTS 2003, prata, completo e com um broxante motor TU5…. aquele mesmo 1.6 que equipa os Peugeot 206. Na hora de fechar negócio, tive problemas com a concessionária, e acabei voltando à busca. Durante esta busca, encontrei em uma loja, algo bem diferente do que eu queria: uma Xsara Break 1.8 16v 99/00. Completa, em ótimo estado e com motor 1.8 16v, foi negócio fechado na barca.

Foram três anos de união, com algumas modificações como rodas, suspensão, som e escape e filtro, só pra não passar em branco. Estava tudo bem entre nós, tinha um kit turbo completo na garagem, pronto pra ser instalado, e por isso, eu andava pesquisando muito em fóruns especializados sobre a instalação e acerto, algo que seria feito em breve. Em uma dessas pesquisas, resolvi visitar os classificados de um fórum e topei com o anúncio de um Xsara VTS 2.0 16v. Sempre tive paixão pelo carro, e o deste anúncio tinha preço baixo e aparentava estar muito bom de mecânica. Liguei para o Renato, antigo dono do carro – e bom amigo até hoje – e fui até a casa dele olhar o carro.

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Muitos amassados por fora, diferenças de cor, faltando alguns acabamentos externos, capô novo sem pintura…. Interior perfeito, diversas peças novas no porta-malas e um dono muito cuidadoso, que já havia feito todas as manutenções necessárias no carro, deixando-o com a mecânica impecável. Motor feito por completo com tudas as peças originais, cofre organizado e limpo. Eu estava olhando o carro, já ligado, e o Renato falou pra mim: “Pode ver que não fuma nada” e acelerou até a linha de corte pra lá dos 7.000 rpm. Quando eu ouvi o ronco do carro, já estava decidido: era meu. Dei um jeito de vender a Break em cerca de 15 dias (o que é um recorde, tratando-se de um francês).

Enfim, lá estava, na garagem de casa o sonhado VTS 2.0 16v de 168cv. Inicialmente, um trato de um final de semana, com retirada de película dos vidros, instalação de xenon nos faróis, hidratação do couro e algumas fotos. Na sequência, envelopei o capô que não tinha pintura, pintei a grade de preto e comecei a rodar com o carro sempre. Já olhava pra ele e sonhava com o dia em que estaria do jeito que eu queria… Eu só sabia que queria pintar ele inteiro e deixar o mais zerado possível. Fui pra uma arrancada com ele, em Saltinho e apesar de não ter me dado bem por lá, foi muito bom curtir o carro.

Durante cerca de um ano e meio, fiz as manutenções preventivas, filtro esportivo inbox, regulagem da altura do eixo traseiro que estava mais alto que o original e algumas perfumarias. Enquanto isso, me preparava financeiramente para o processo de recuperação e restauração da lataria do carro. Nesta época, sai de um encontro com amigos num sábado a tarde, e um Nissan Tiida vermelho bateu no para-lama do VTS. Rasgou um pneu, amassou o para-lama e quebrou o retrovisor… Enfim, precisava arrumar o carro, e se eu pintasse só aquela peça, seria mais uma diferença de cor pra coleção. Resolvi fazer tudo.

Parei o carro na oficina que eu tinha preferência, perto da minha casa, e conversei com o proprietário de lá. Mostrei a ele algumas fotos do VTS de um colega de fórum, da Bahia, e disse que eu queria um trabalho daquela qualidade. Tendo a resposta positiva, deixei o carro lá, com um prazo de 40 dias para execução. O nosso combinado: Retirar toda a massa de serviços antigos, refazer as caixas de ar, tirar os amassados de batidas de porta e realizar uma pintura boa. Como este VTS é da primeira leva que veio ao Brasil, (chassis final 000106) a cor é o Rouge Denfer Pérola, e não o conhecido Rouge Lucifer. Enquanto começava a desmontagem, comprei na Citroën um para-lama novo, um retrovisor, pára-barro, polaina do para-choque, piscas laterais e mais algumas peças de acabamento.

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O carro foi inteiro desmontado para realização do serviço: vidros, teto-solar, lanternas, capô, pára-choques, portas…. tudo foi desmontado. As soldas de suportes, como dos para-choques, foram refeitas.

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Já que…

Sabe a história do “Já que”? Pois é, já que o carro estava lá parado, e eu ficaria uns dias sem ele, comecei a pensar finalmente no projeto visual que queria seguir. Eu sempre quis as rodas OZ Superturismo, porém os valores nunca me empolgaram muito, então fui buscar alguma alternativa que me permitisse usar rodas maiores, com visual condizente com a idade do carro e sem o uso de adaptadores ou gambiarras.

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Após fritar uns dias na busca, encontrei o jogo de LF Works 17”, com offset 25. Ainda não sendo o offset perfeito, comprei. Pesavam menos de 8kg cada uma, e apostei que usando pneus 195/40, elas não raspariam, então adquiri um jogo de Maxxis Victra. Estava pronto o conjunto de rodas e pneus, montados na garagem de casa. Já que eu já tinha comprado as rodas, resolvi modernizar o visual do carro, mas sem dar um visual muito tunado, e fui atrás de um novo conjunto ótico: sairiam de cena os faróis máscara negra e as lanternas originais. Comprei faróis com projetor na cor cromo, e lanternas traseiras de led, vermelhas e brancas. Junto com isso, kit de xenon novos, lâmpadas Philips para os piscas e led para ré.

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Enquanto eu comprava essas coisas e pensava como fazer, visitava a oficina todos os dias e tirava algumas fotos, como podem ver a seguir. Muitas partes do carro foram deixadas “na lata” para retirar materiais antigos. As portas foram trabalhadas fora do carro, para evitar ondulações. As caixas de ar foram desamassadas, corrigidas e emborrachadas. Ai, já que estava modernizando o visual do carro, pedi que os borrachões fossem pintados na cor da carroceria. É uma característica adotada como original apenas nos VTS 2001, mas achei que ficaria legal. Então, já que ia mexer nos borrachões, pedi pra fazer as furações necessárias e deixei lá na oficina um conjunto de sensor e câmera de ré.

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Já que estava entrando na parte eletrônica e de multimídia, eu não tinha mais nada pra fazer em casa no tempo livre, então resolvi dar uma melhorada no sistema de áudio. Com o auxílio da RF Som, escolhi alguns componentes para fazer conjunto com o DVD Pioneer. Ai, junto com a mobília do meu quarto, tínhamos lanternas, faróis e agora um subwoofer Bravox de 700w rms, um módulo Audiobank, um módulo DAT, um kit duas vias Bravox para a traseira e um kit duas vias Morel para a dianteira, além de novos cabos.

Passados os mais de 40 dias, e nem pronto para a pintura o carro estava. A ansiedade maior a cada dia, e o prazo prolongado… e no próximo envio para o PC, poderão ver como ficou o carro com os novos componentes e o que veio a seguir para poder andar melhor por aí!

Por Patrick Fares, Project Cars #163

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