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Project Cars Project Cars #217

Project Cars #217: a segunda parte da transformação de um Fiat Palio em um carro de rali

Olá pessoal do Flatout, tudo bom? Aqui estamos, para mais um capítulo da nov….. da história do Blacksun. Bem, com essa brincadeira já se imagina a bagunça e as brigas que será neste post, tanto com ele (um carro extremamente sentimental e não aceita levar desaforo para a garagem!) quanto eu, um pai extremamente protetor. Aliás, quem aqui não é som seu filhote automotivo? Bem, então senta que lá vem história….

 

Início das modificações.

O evento citado no post anterior meu carro ficou exposto três dias, sim fiquei três longos dias sem poder dirigi-lo (mas não longe, só saia pra dormir e almoçar!), mas como deve ter gasolina ou óleo no lugar do sangue acabei fazendo “modificações” no evento mesmo.

Lá no evento a RX Motorsports estava com um stand vendendo peças de desempenho, então eu na minha humilde mania de ficar imaginando projetos acabei passando por lá e adquirindo filtro de ar cônico mono fluxo e um filtro para respiro do óleo. Evento rolando e eu com o capô aberto instando no lugar. Digo “modificação”, pois é algo que em menos de 5 minutos você faz, mas fica cheio de orgulho (ainda não entendo como, mas…). Infelizmente acabei não tirando fotos no dia, mas a foto a seguir foi alguns dias depois.

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Filtro instalado, ainda tendo a caixa original no cofre (ela sumiu em seguida). Mas o que é aquela garrafinha?

Com certeza aquela coisinha polida ali no motor acabou chamando sua atenção, mas o que é aquilo? É um reservatório para o suspiro do óleo. O suspiro serve para expelir o vapor do óleo de dentro do motor e ajuda a não ter sobre pressão no cárter e no sistema de lubrificação como um todo.
 Originalmente esse vapor do óleo é jogado para Tbi e com isso ele acaba queimado junto com o combustível. Alguns dizem que ajuda na partida de dias frios (mas cá entre nós, na primeira partida do dia está muito frio e não existe vapor de óleo no sistema, logo isso é “coisa de mexânico”). Outro fato é que acelera e muito o acúmulo de sujeira no corpo da Tbi e isso para um carro que será usado em condições variadas (diga-se de passagem, muita variação!), assim optei por deixar a mangueira de saída em uma garrafinha e de tempo em tempo olho o acúmulo nela, retiro e limpo para voltar ao carro.

Como ela foi feita? Usando alta tecnologia aeroespacial…. Brincadeira, na verdade peguei um squeeze de alumínio que ganhei do meu cartão de crédito, o qual uso para as peças, e fiz um furo na lateral com uma serra-copo de 1” (essa medida varia da mangueira que você usa e do carro). Em cima dela coloquei o filtro próprio para o respiro, assim não entra sujeira e sai à sobre pressão que o sistema possa ter, onde seria a tampa para tomar água ou outra bebida que venha a por.

 

Problemas em usar a captação de ar original do Fiat Palio

Um, a meu ver, erro de projeto da Fiat é a captação de ar para o filtro, que é no pára-lama direito. Por um lado pega ar frio, mas em conseqüência pega muita sujeira que a roda joga no uso do carro (ainda é virada para trás, imagina a beleza que é se fosse usar em um rali!).

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Esse tubo na parte inferior da foto é a captação de ar que fica por dentro do pára-lama

Assim comecei a bolar um sistema novo de como fazer para captar o ar frio, mas com menos sujeira (bem menos). Acabei invertendo o lado e jogando para dentro do cofre, apontada para a grade, usei por um tempo, mas pegava muito ar quente. Ai vem à pergunta como resolver isso? A resposta era mais simples que pensava.

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Como ficou quando fiz a captação do ar por dentro do cofre

A esta altura, já tinha adquirido um filtro cônico duplo fluxo, porém ele estava exposto como o outro para o ar quente do motor, então borá gambi… projetar uma peça, usando a caixa original do filtro de ar e o tubo de captação de ar, a a fim de baratear o custo.

Primeiramente fechei os buracos que não seriam usados com plástico estireno (é uma folha plástica muito usada em placas de propaganda, de corridas no ciclismo e motos além do modelismo em geral).

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Tubo desmontado e furo tampado. Lá no fundo, uma Kombi e um Gol GTi

Mas aí vem a pergunta: e o filtro? Oras, irá ficar dentro da caixa. O tubo que era de captação do ar frio virou suporte do filtro de ar, assim eu consigo deixar ele dentro da caixa isolado sem problemas em pegar o ar quente.

A tomada de ar? Agora vem direto da grade frontal do carro. Como ela é no fundo da caixa, não corre perigo de molhar o filtro de ar e ter problemas em conseqüência disso.

 

Porque rodas brancas?

Algumas pessoas acabam achando que as rodas coloridas no rali (normalmente cores claras) são somente estética e para combinar com cores do carro ou de patrocinadores, mas sim existe um porque técnico!

As rodas em tons claros (branco, amarelo, cinza claro…) fica mais fácil ver algum tipo de dando que ela tenha sofrido, seja um amassado ou mesmo um trincado ou quebra. Mas por quê? Simplesmente pelo fato de formar um contraste com a caixa da roda e com o pneu. Se a roda fosse preta, por exemplo, a avaliação dela seria mais difícil e muitas vezes poderiam passar danos sem ninguém perceber. Como o pneu é escuro e a caixa de roda idem, acaba camuflando para o olho humano em um primeiro momento, porém com clores claras o contraste ocorre e fica mais visível. Outro fato é que como a maioria das provas é em terra, a poeira que fica na roda deixa mais visível o dano (trincado, por exemplo) em uma roda clara. Então neste momento, a função supera a estética sem nem fazer força!

No meu caso, porque não fazer elas de branca? Vamos então pintar e colocar a namorada para ajudar a lixar as rodas (sim, ela se ofereceu para ajudar a lixar as rodas!) e pintar de branco.

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Roda pintada, ainda mascarada

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Pronta para ser montada!

Para preparação das rodas, primeiro foi lixado com uma lixa de gramatura 200 para retirar alguns riscos que tinha no verniz dela e depois gramatura 600 para dar o acabamento. A tinta usada foi spray Colorgin Branco, mas do tipo Epóxi, pois este tipo de tinta agüenta uma temperatura maior e é mais resistente à força mecânica. Curiosidade: Esta tinta é a mesma usada em eletrodomésticos, então no spray (infelizmente não tenho foto) vem descrito isso!

Para dar um ar mais personalizado, as pinças foram pintadas de vermelho, porém usando o mesmo processo de preparação e com adendo a uma boa limpeza com detergente de cozinha neutro e uma escova (não se usa solventes em questão das borrachas). O fundo foi branco (o mesmo das rodas) e spray comum vermelho como acabamento. Sempre que for pintar as pinças, isolar muito bem o disco de freio!

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Cubo pintado. A função da pintura é a mesma que nas rodas

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Roda montada

Mas nem tudo é um mar de rosas (ou de rodas!). Fiquei seis meses usando esse setup, rodas Binno e pneu Fate 195/60 R15.
 Quem tem Fiat sabe que o grande problema é casar offset na roda traseira, principalmente Palio e Mille.

 

Mas antes de entrar mais a fundo, o que é Offset?

Offset é a diferença entre a metade da largura da roda e a superfície de apoio da roda no veículo. As rodas podem ter offset positivo, quando a diferença é maior do que zero e a superfície de apoio é mais interna à roda — a prática significa que quanto maior for o offset, mais para dentro ficará a roda —, ou offset negativo, quando a diferença é menor do que zero e a superfície de apoio da roda é mais externa — significa que quanto menor for o offset, mais para fora ficará roda As medições de offset estão convencionadas em milímetros.

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Exemplo do offset de uma roda

Voltando ao início do problema, o offset do Palio é 38, então este seria o ideal de uma roda, porém o offset desta roda em questão é 43! Ai começamos a ter um problema. A princípio pegaria por dentro certo? Sim, se for seguir a risca sim, porém no meu caso pegava por fora. Mas por quê?
Na caixa de roda traseira do Palio existe uma saliência na borá que é a solda da chapa e é exatamente neste ponto que raspava o pneu. A combinação da roda maior, perfil alto e pneu largo foi perfeita para este problema. Passava-se em um solavanco maior pegava, se estive com gente no banco traseiro então….

A gota d’água foi quando fiz uma viagem para Cruzeiro/SP em 9 de julho de 2014 para visitar o túnel onde ocorreu uma das batalhas mais sangrentas da Revolução Constitucionalista de 1932 (neste túnel foi à batalha do Exército Paulista contra o exército Mineiro que defendia o Governo Federal, ainda existem os túmulos com os corpos dos soldados!). Essa viagem fiz com meus pais, minha namorada e lá encontramos o professor Carlos (um dos melhores historiadores deste assunto e amigo da família). Lá nesta cidade, parecia que eu estava andando com carro rebaixado, a roda pegava a cada metro andando e o pneu terminou o dia assim:

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Nem preciso explicar muito com estas fotos!

Isso pra mim foi à cartada final. Então iria trocar conjunto roda e pneu e por as medidas originais do modelo, mas putz Geraldo aro 13 de novo? Não, aro 14! Lembram da Christine e das rodas no primeiro texto? Então aquelas rodas estavam guardadas em casa e sem pneus e isso facilitou muito!
 Os pneus escolhidos foram na medida 175/65 R14 da marca (Marca de baixo custo da Firestone, porém já tinha usado outro dela e tinha gostado muito). Alguns garanto que irão torcer o nariz ao lerem a marca utilizada, mas precisava de um pneu bom, barato e que tivesse boa aderência (acreditem, ele tem!).

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Tchau, rodas 15!


Oi, rodas Mangels 14!

Por um tempo acabei usando as calotinhas centrais, mas depois deixei sem (achava que as deixavam mais agressivas).
A roda em questão é Mangels Vettore – 14×6” e offset 38. Sim casamento perfeito com o carro (e sem querer!). Então o problema foi resolvido. O que aconteceu com as Binnos? O Heitor as comprou.

 

Essa parte foi resolvida, mas em agosto…

Lembra que disse no começo do texto que seria uma novela? Então começa aqui.

O carro neste momento já estava com seus saudáveis 17.000 km rodados em agosto de 2014, e então hora de agendar uma revisão na CSS. Sabendo do valor que era tabelado da Fiat (no caso o valor era R$ 172 para a revisão de 15.000 km) fui agendar e no momento falaram que ia ser somente no dia 31 de agosto (telefonei no primeiro dia do mês) e o valor de R$ 490. Sim a concessionária (não irei citar o nome, mas é a rede campeã em reclamações) disse que esse era o valor correto, acabei questionando e o valor caiu para R$300. Deixei agendado, mas não iria pagar este valor. Telefonei uma semana depois e sem me identificar passaram o valor de R$ 250; neste momento meu sangue ferveu e me identifiquei e questionei o valor novamente.

A atendente então falou que era isso e acabei indo lá na concessionária com a tabela de valores impressa (inclusive a do site deles) e acabei mostrando também a que o Clube Palio tinha (as duas eram R$ 172). Ela saiu e depois voltou com este valor e que minha revisão iria ser a tabela. Mas no dia 18 de Agosto saí para trabalhar normalmente e logo em seguida minha mãe me telefona dizendo que tinha uma mancha de óleo clara onde meu carro ficava. Quando ela falou clara meu coração parou, pois isso é do câmbio.

Encostei o carro rapidamente e vi que a tampa lateral do câmbio estava toda úmida de óleo. Segui para meu trabalho com extremo cuidado e de lá acionei o CONFIAT (nota, atendimento do CONFIAT foi excepcional, somente elogios até o fim desta novela). Eles em questão de 15 minutos enviaram um guincho para o meu serviço e rebocaram o Blacksun (junto comigo) para a concessionária

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Primeiro passeio de guincho nunca esquecemos (droga!)

Chegando à concessionária, o carro deu entrada e expliquei que não sabia o quanto tinha vazado mas que estava pingando o óleo da transmissão. Deixei o carro lá e me avisaram que no final do dia me passaria o relatório e se o carro precisaria ficar lá para reparos, acabei dando um voto de confiança e voltei para trabalhar.

Final do dia e cadê o relatório? Telefonei lá e disseram que o carro precisaria ficar e que poderia acionar o carro reserva da CONFIAT. No outro dia de manhã telefonei pra eles e me disseram para ter o direito, a concessionária precisaria me mandar o relatório do problema e prazo de entrega. E nisso passa o segundo dia, terceiro dia e cadê? Nisso eu telefonando a cada duas horas e ficando enfurecido com o problema. Até que acionei a ouvidoria da montadora e a do CONFIAT.

Eles tentaram entrar em contato com a oficina da loja e quem disse que conseguiam, do mesmo modo que acontecia comigo, ficavam na espera e eram derrubados para a telefonista em um loop infinito! Nisso o fiscal da ouvidoria também ficou fulo da vida e entrou em contato com o gerente da loja e nisso o negócio foi embaixo. Entramos no quarto dia com prazo indefinido e nada do relatório. A loja dizia que não tinha a peça em estoque e nem na montadora. Quando o fiscal falou que iria à concessionária resolver, cinco minutos depois meu carro estava pronto e poderia pegar no final da tarde. Sim: cinco minutos.

Fui pegar o carro e pedi para ver a peça; era um o-ring e uma abraçadeira, sim só isso! Só que nisso tinha pedido para ver um barulho no banco traseiro. Eles disseram que tinham regulado.

Quando entrei no carro, cheiro forte de lubrificante e no primeiro metro rodado aparece o barulho! Na primeira curva o conta-giros sai rolando pelo painel (sim eles mexeram nisso). Enfurecido fui embora. A revisão foi adiantada e me cobraram R$128 (estranho não?).

Só nessa do banco voltei cinco vezes à concessionária, até que na sexta vez, a ouvidoria da CONFIAT mandou um fiscal da fábrica para acompanhar. Só que nesta sexta vez, estava babando óleo da junta da tampa (sim, com menos de um ano de uso). Qual foi o procedimento? Claro, dar torque a mais nos parafusos e não ver a junta! O fiscal pegou o processo e deu um NC (não-conformidade) na oficina. Na última vez que meu carro voltou, escutei que meu carro era modificado e que não seria mais aceito no grupo nem que fosse serviço pago (lembram da NC? Então receberam sanções da fabricante).

 

Acabando com o barulho do banco traseiro

Não tenho fotos do processo, mas é simples. Sabe o pino de trava do encosto do banco? Então ele que faz barulho em contato com a trava. A solução? Um tira de câmara de ar de bicicleta e com isso o problema foi resolvido (dica para todos que tem o mesmo modelo!).

 

Faróis de milha. O momento esperado!

Alguns me perguntaram no post anterior e em comentários perdidos pelo Flatout! a respeito da instalação dos milhas e neblinas no meu carro. Então aqui vou explicar um pouco de como instalar.

Eu sou apaixonado pelos carros de rali da década de 80 e 90 e acho os milhas (4 ou 6 faróis) algo a mais e muito bonitos. Então porque não fazer?
 Mas como estamos no Brasil, isso não seria nada fácil porque não tem os específicos para tal e importar no momento estava fora de cogitação para o meu bolso!! Então o jeito foi pesquisar e acabei caindo nos utilizados em jipes em geral no Brasil.

Nisso defini o tamanho que seria. 5 polegadas de diâmetro (e por incrível que pareça, o Escort MK1 que é outro PC também são maiores, chuto ser 8”, confere, Daniel Pita?).

Pesquisei na internet e me desanimei um pouco com os valores, que juntando com o frete ficariam bem elevados e fora o risco dos Correios quebrarem (fato!). Então lembrei da loja Operama daqui de São José dos Campos (são especializados em 4×4, literalmente você monta um jipe lá) e fui conferir se eles tinham. Chegando lá e dou de cara com um farol de milha todo preto na vitrine (minha namorada dá risada até hoje da cara de criança na hora que vi). Perguntei ao vendedor se eles ainda tinha daquele e ele disse que tinha dois pares em estoque. Tinham que serem meus, perguntei como ele era e ele me diz que era de metal e vidro o farol todo e que custava apenas R$115,00 o par com as lâmpadas! Não pensei duas vezes e arrematei.
 Mas e ai como instalar, já que em jipe é no Santo Antônio ou mesmo no quebra mato? Neste momento converso comum grande amigo, o Thales da Thalespark garagem. Ele na hora topou em projetar e fazer um suporte, alguns dias depois ele me mandou essas fotos:


Suporte feito e mostrando como fica os faróis nele!

Peço desculpas, mas não lembro da espessura da chapa, porém elas suportam o peso do conjunto sem nem esforçar, mas e como prender no carro?

A ideia inicial era prender o suporte com um parafuso na mini frente do carro, mas poderia ocorrer o risco de soltar, então porque não soldar? Então sim, soldei o suporte na frente do carro.

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Hora do almoço no serviço (de novo!) desmonto a frente do carro e marco onde ficará

Levei em uma oficina para fazer a solda, para choque deixei na expedição do meu serviço (estranho não?). Voltei com o suporte soldado, não agüentei e fiz isso.

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Projeção de como ficariam os faróis antes de por o suporte (sim sou magro para alívio de peso!)

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Suportes e um par de faróis colocados

Estava tão feliz quanto uma criança que ganhou o que queria no Natal! Mas para ir embora tirei os faróis e comecei a instalar a parte elétrica.

 

Parte elétrica dos faróis

Aqui não se tem muito segredo, apenas paciência e capricho na hora de fazer, pois o que aprendi em minha profissão, algo feito correndo ou desleixado é certeza de dar curto e causar até incêndio!

Então vamos lá. Utilizei seis metros de fio 2 mm, dois relés universais para faróis e três chaves on/off de duas posições e um fusível de 30 A e um disjuntor de 30 A. Uma das chaves acionam os faróis de neblina e as outras duas, cada par de faróis de milha. O esquema abaixo ilustra como é a instalação deles:

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Imagem: 4X4 Brasil

Conforme no esquema, acabei usando um relé por par de faróis instalado, assim não sobrecarrega o componente e não tem riscos de dano ao mesmo.
Para fazer a instalação é simples.

No pino 85 você liga ou no negativo da bateria ou na carroceria do carro (onde for ais cômodo para você).
No pino 30 você ligará o fusível e o mesmo ligado no Vcc da bateria (pólo positivo).
No pino 87 você irá ligar nos pólos positivos dos faróis.
 No pino 86 você ligar a chave on/off, porém na chave tem dois modos de ligar, você pode ligar nela o positivo da lanterna do carro ou o pós-chave. Dos modos estão certos, mas ai é do seu gosto. Eu optei por ligar no pós-chave.

Provavelmente estão com a pergunta: E o disjuntor? Então, eu o utilizei para substituir o par de fusíveis que iria usar nos faróis de milha. Além de facilitar as manutenção (podendo desligar a energia neles para desmontar ou retirar em algum momento), ele acaba sendo mais sensível a algum pico de energia e como a carga é maior fiquei com receio de que depois de certo tempo ligado os 4 faróis de milha, o fusível queimar. Assim acabei optando pelo disjuntor (aliás é o residencial!).

Para fazer a ligação dos fios na chave, sempre você irá ligar o pino central e uma das extremidades, assim por exemplo:

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Notem que são três terminais, irá utilizar apenas dois deles, sendo o central e qualquer uma das extremidades!

Na instalação acaba ficando assim:

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A bagunça de fios foi só na hora mesmo, mas o relé é este.

As chaves optei por deixar no console central, discreto e de fácil acesso, pois no palio Fire o console tem uma tampinha que seria onde fica o comando do retrovisor elétrico (algo que é opcional desde 1996).

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Chaves fixas na tampa, a quarta chave (diferente) por enquanto é segredo.

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Tudo no lugar… mas cadê o console e o carpete?

Os fios para os faróis passaram por dentro da alma, para protegê-los e também para organizar a fiação. Então feito tudo isso, hora de testar, mas testar em um evento! Putz, mas de novo? Sim, terminei em cima da hora de levar o carro para outro evento, mais precisamente na madrugada.

O evento em questão foi o Dispemec Integra 2014, também no Vale Sul shopping, mas seria apenas o sábado desde manhã até a noite. Então que hora melhor de testar os faróis? A noite é claro!

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Tirado ainda de dia. A placa é oficial americana (tem as tarjetas e hologramas oficiais)

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A noite, ainda estava com as luzes que vieram, bem fracas

Curiosidade: os faróis de neblina do meu carro na verdade não são do Palio, mas sim do Marea. A Fiat a fim de diminuir os custos acabou usando os mesmo faróis de neblina no Palio, Marea, Strada, Idea. As luzes xenom vieram praticamente de brinde, pois como comprei usado em um desmanche específico de Fiats acabei tendo sorte. O par saiu R$70,00 original Fiat.

Mas como queria iluminar de verdade e fazer valer os faróis de milha, então precisa por lâmpadas de qualidade! Então hora de trocar essas que vieram com eles (bem fracas e nem marca tinham) e colocar as Osram.

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Cool Blue para os milhas inferiores e Night Breaker para os superiores

Fazendo essa troca, digamos que melhorou em muito a iluminação deles, tendo até mesmo um foco de verdade, porque as que vieram derreteram, sim literalmente. O Bulbo de vidro de duas lâmpadas derreteram e deformaram, uma delas tive que quebrar dentro do farol para tirar, olha como saiu:

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Só saiu assim e com o uso foram ficando escuras por causa do derretimento do vidro

Então depois dessa briga para tirar e montar as novas, vamos ver como ficou?

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Somente os inferiores com as Cool Blue

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Somente os superiores com as Night Breaker

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Agora tudo aceso. Como o Marvin disse “O sol da meia-noite”

Muito mais forte não? Agora faz jus ao seu nome.

 

Começo das modificações do motor

Quando se fala em preparar um motor vem à primeira dúvida: aspirado ou turbinado? Bem, turbinar o motor é mais simples e com menos investimento e tempo ($$$) consegue mais pôneis (pôneis malditos, pôneis malditos lalalala…. Desculpem pela piada!). Mas como tenho um cabeçote a menos (parafuso a menos é pouco) quero partir para uma preparação aspirada e deixar o motor pronto para o estágio 2 da preparação (ainda irei explicar o que será).

Então, antes até mesmo de mexer em algum parafuso tem que pesquisar muito e ver qual o melhor caminho seguir.

Ai entra a minha profissão e da minha namorada! Eu sou eletrônico e ela cientista da computação, então porque não usar isso num carro?

Primeiramente vamos definir o projeto. Eu sou apaixonado pelos Abarth clássicos, com seus motores aspirados, roncos estridentes que até dói o ouvido em alguns momentos e sim aquela admissão motor, com aquelas cornetas. Mas me perguntam “pô Geraldo, em um 1.0 é sacanagem não?” É ai que começa a brincadeira! Antes de tudo, temos que analisar como fazer a admissão do carro e como fazer conversar no mesmo idioma do acelerador eletrônico!

Alguns devem saber, mas se um carro equipado com acelerador eletrônico entender que está entrando muito ar na admissão, o mesmo envia um sinal para a injeção de emergência e faz a TBi quase fechar para assegurar que o motor não terá quebras ou explosões. Mas imagine você a quase 6 mil RPM e isso acontece? Além de ser extremamente desanimador, em uma competição é algo que iria acontecer a cada segundo e acelerada. Nota: esse estado de emergência vi acontecer já e digo que parece o carro morreu ou coisa do tipo!

Então a primeira coisa é usar um Clamper no sinal da TBi, assim ela não vê o pressão maior de ar e não entra em modo de emergência.
 Feito isso, hora de pesquisar qual será o tipo de admissão, independente ou dimensionada. Lógico que a minha escolha foi essa:

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Motor do Uno SCR

Me digam, não é lindo? E pensar que esse é um Uno que poderíamos ter no Brasil (2 ou 4 portas 1.6). Mas aí começa o problema: como fazer o acelerador conversar? Se fosse um do tipo mecânico, era só colocar o varão no terminal do cabo e ajustar, mas quando se é eletrônico o problema aumenta — e muito. Ainda está em fase de pesquisa (esse será o segundo estágio). Porém, vem a pergunta: vale mais colocar independente ou refazer somente para uma TBi maior? Essa pergunta deixo até vocês responderem e fazerem um debate aqui nos comentários, algo que muitos do site podem responder.

Mas voltando ao motor, vamos entender seu funcionamento.

Você sabe o que significa o nome Fire?

Se você pensou em fogo acertou a tradução da palavra, mas não é o caso aqui. Fire nos motores Fiat na verdade é um jogo das iniciais do sistema, porque isso significa Fully Integrated Robotized Engine (Motor Robotizado Totalmente Integrado). Questão de fogo, ai é aquela outra marca que todos nós sabemos qual é (olha o cavalo de fogo!)

A primeira coisa que eu e minha namorada começamos a fazer foi analisar o funcionamento do motor, a fim de descobrir em que momentos ele tinha alguma queda de rendimento ou mesmo falha. Com isso poderíamos traçar reparos, ajustes ou mesmo preparação.

O programa que usamos inicialmente foi o app para android Torque Pro com a extensão Advanced Fiat (utilizando o OBDII em conjunto). Esta extensão tem os motores da Fiat já com todos os dados ajustados, assim além de economizar um bom tempo, a margem para erros diminuem drasticamente.

Então logo de cara reparamos as falha na troca de marcha entre a 3ª e 4ª e mais forte ainda entre a 4ª e a 5ª. Então a partir deste ponto começamos a analisar os dados.

Foi notado que com etanol tinha este problema agravado nas duas trocas e também a 2.000 rpm o motor começava a ficar “embaralhado”, dando excesso de combustível. A solução? Testar com gasolina. Bingo! Resolveu praticamente tudo, porém o fantasma da troca entre a 4ª e a 5ª continuava, muito mais fraco, mas continuava. Outro ponto foi monitorar a bomba de combustível, pra ver se ela estava ok ou se tinha algum problema na linha. Fizemos a monitoração tanto na linha quanto pelo app.

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Tem dinheiro derramado ali no chão!

Feito isso, descartamos algum problema dela, pois tanto pelo app quanto na linha ficou em 3,2 bar de pressão de funcionamento.
 Parece que foi bobeira, mas a bomba teve alguns momentos de comportamento estranho e algumas vezes um barulho alto, até por isso o monitoramento pra ver se está tudo ok. Outro ponto é definir o melhor ponto da faixa de giros do motor para trocar as marchas. Então aí começamos os testes.

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Testamos alguns valores e ficamos de olho em temperatura e nos sensores, porém neste corte o motor suportou sem nem forçar (modo de dizer claro), mas o consumo de combustível foi para o espaço. Então depois disso retornamos o corte e deixamos em 6.500 rpm (o original é 6.200 rpm).
Ainda não fizemos melhoramento mecânicos no powertrain, porém estamos focando na elétrica primeiro do carro (pelo fato deste motor ser chato nisso). O que leva ao projeto que nós estamos desenvolvendo para ajudar em competições e também que muitos vão achar algo necessário.
 E quem conhece a elétrica de um carro italiano sabe o que estou falando, se não estudar direito antes de uma preparação, com certeza terá dores de cabeça (a menor delas seria em acerto do motor) e até mesmo o bendito acelerador eletrônico.

 

Quando um projeto cria outro projeto

Lembram do abarth 695 Biposto que saiu aqui no Flatout? Então vão lembrar disso dele:

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Repararam naquela tela no meio do painel? Então é com base nisso que irei fazer o meu projeto. Ela funciona assim:

É um sistema de telemetria. Aqui começa o meu projeto também para o carro. O sistema contará com shift-light progressivo, indicador de marcha, temperatura da admissão do motor e porcentagem de aceleração do carro (no caso, o curso do pedal).

Mas isso será para o próximo post! Irei dar mais ênfase em acessórios para rali e também neste computador que estou projetando (sua programação e sistema físico).

Sobre a suspensão? Ela começou a ser modificada, mas essa merece muita atenção, pois além de detalhes técnicos, tem muitas curiosidades da Fiat em que maioria nem imagina que teve ou tem como opcional o Palio (como, por exemplo, uma suspensão inteira como opcional ou mesmo um porta guarda-chuva no carro! Sim isso existiu). A sim não poderia esquecer: o estágio 1 da suspensão parece que nada mudou, mas foi apenas na aparência!

Então pessoal, fica assim por enquanto. Não foi tão falando da preparação em si, mas no próximo irão entender!

Até mais!

Por Geraldo Câmara, Project Cars #217

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