Salve, leitores do FlatOut! Meu nome é Bruno de Pádua e a partir de hoje vou contar a história da preparação do meu Citroën C4 VTR, o Project Cars #221.
Ainda pequeno, a primeira lembrança que tenho relacionada a automóveis é de estar sentado no colo do meu pai, segurando o volante de seu Tempra 16v. A partir daí, o gosto por carros veio de forma natural. Por volta dos 17 anos ja andava de carro pra cima e pra baixo; tive uma enorme facilidade para aprender a dirigir, com a ajuda de muitas horas de pilotagem no Gran Turismo foi fácil. Anos depois, já trabalhava e ganhava meu próprio dinheiro. Já sonhava em ter o primeiro carro.
A história do meu Project Car começou com meu primeiro emprego. Para chegar no trabalho, fazia o mesmo percurso de ônibus todos os dias, e um carro em particular estacionado sempre no mesmo local me chamava a atenção. Era um tal de VTR – preto, duas portas, com visual esportivo e as lanternas traseiras que davam ar de “espaçonave”. O nome já instigava esportividade. C4 VTR!
Algum tempo depois, comecei a pesquisar qual carro compraria. Buscava conforto e itens de segurança indispensáveis, como ABS, airbags e controle de estabilidade. Decidi que iria de Citroën, e estava inclinado a comprar um C3 XTR 1.6, motor esperto, bom pro dia-a-dia, carro pequeno e com vários opcionais de fábrica. Cheguei a dirigir o carro e gostei. Mas não fechei negócio pois senti que aquele não era o carro ideal.
Na mesma semana, um colega de trabalho me mostrou um anúncio de um C4 VTR. Na hora me lembrei da nave que havia desejado por tantas vezes, mas já descrente sabendo que não teria como pagar o valor de um carro desse porte, que imaginava estar na casa de uns R$ 50.000, mas por sorte (ou não), a desvalorização do modelo é tanta que hoje em dia um VTR usado é mais barato que um carro de entrada. Marquei uma visita e no mesmo dia fui olhar. Dirigi o carro, motor 2.0 potente, respondia bem, suspensão firme e desenho esportivo. Estava decidido. Precisava apenas de uns retoques, alguns arranhados, um retrovisor quebrado, mas nada que me fizesse voltar atrás. Fechei negócio no mesmo dia.
Assim que comprei, na mesma semana levei pra fazer uma revisão geral. De cara coloquei quaatro pneus novos Michelin Energy XM2 205/55/R15.
Desde sempre gostei de carros modificados. Não seria diferente com o meu, ainda que fosse o primeiro. Comecei a fazer uma lista de tudo que eu iria modificar nele, começando pela parte estética chegando até o assunto principal que seria a preparação. Abaixo vou listar resumidamente com fotos as modificações estéticas feitas:
- Substituição das Lâmpadas originais do farol dianteiro por lâmpadas OSRAM COOL BLUE (H1 e H7)
- Instalação de Xenon nas milhas (HID 8000k H11)
- Troca da lâmpada do farolete por uma Super Branca
- Aplicação de Película de fibra de carbono nas colunas das janelas
- Instalação de Kit 2 vias na frente, pra dar um Up no som.
- Instalação de DVD Pioneer 1 DIN.
- Substituição dos pedais de borracha e soleiras por pedais de alumínio com logo VTR.
Pois bem. Até aqui foram modificações simples e que não envolviam muito da minha participação. Abaixo vou falar das modificações estéticas no interior que eu mesmo realizei, no melhor estilo DIY, botando a cara. A ideia começou pelo forro do teto que teve que ser trocado pois estava descolando, pensei em fazer um interior diferente, todo preto, e a partir daí, coloquei a mão na massa:
Comecei a retirada das peças do teto, parasol, suporte de lâmpada central e as alças de apoio.
Com tudo retirado já comecei a limpeza e preparei para a pintura.
Esse trabalho todo durou cerca de dois dias. Mas valeu a pena. E o melhor, eu mesmo fiz, o que dá mais orgulho ainda.
Agora chega de falar da parte estética. Como todo bom petrolhead, eu também estava atrás de performance. Primeiramente resolvi trabalhar a suspensão para dar mais estabilidade ao carro. Comprei um kit de suspensão de rosca, amortecedores, com molas e amortecedores preparados para o C4 VTR, além de buchas da bandeja dianteira da suspensão em poliuretano.
Depois veio a troca do filtro de ar, velas e o trabalho no escapamento para obter uma melhor vazão dos gases. O filtro original foi substituído por outro também inbox, da marca InFlow, nacional. As velas originais foram substituídas por velas Iridium IKH-20, para carros preparados. Por último mas não menos importante, o escapamento, que foi todo retrabalhado em duas polegadas e meia, com a retirada do catalisador e a substituição do silencioso final por um da marca SilenPro, garantindo um ronco maravilhoso ao potente motor 2.0.
No dia seguinte à instalação da suspensão faltava apenas levar o carro a um dinamômetro para aferir a potência atual, realizar um remap de injeção e voilá. Infelizmente tive um pequeno contratempo que mudou os rumos do projeto. Resolvi misturar duas coisas que não combinam: bebida e direção. Deu no que deu:
No próximo post vou contar sobre os danos causados e os reparos que foram feitos, e o novo rumo que o projeto tomou.
Agradeço a atenção de todos e “If in doubt, FLATOUT!”
Por Bruno de Pádua, Project Cars #221