Tudo certo, pessoal do FlatOut? Agora que vocês já conheceram a história de como me tornei um gearhead já quase adulto e como virei um Hondeiro, chegou a hora de contar mais sobre meu atual Civic VTi 1997 que é o tema deste projeto. Vamos nessa?
Assim que peguei o VTi parti para uma revisão completa. Uma boa troca de juntas resolveu alguns dos vazamentinhos de óleo que me incomodaram assim que tirei o carro da garagem pela primeira vez. Os freios também não estavam muito bons e a suspensão estava instável, o que me levou a trocar discos, amortecedores e buchas. Esta é uma das grandes vantagens dos carros da Honda feitos a partir de 1996. Como a maior parte dos componentes é intercambiável (com exceção da mecânica, já que os motores B16 nunca ocuparam outros carros da montadora por aqui além dos VTi), é relativamente fácil encontrar estes itens, tanto originais na concessionária, quanto no mercado paralelo (de boa qualidade). A título de curiosidade, os amortecedores traseiros originais saíram por R$ 130 cada, em concessionária autorizada!
O motor do carro estava bom. A parte de cima havia sido feita a não mais do que 5 mil quilômetros. Tive tranquilidade quanto a isso por conhecer o carro e a sua história já havia alguns anos. Em minha opinião, esta é uma grande vantagem das comunidades de carros. Os donos dos carros se conhecem, em muitos dos casos são amigos de longa data e compartilham as informações sobre os seus carros. Conheço praticamente todos os donos que o carro teve antes de mim e o seu histórico desde que foi trazido pra Brasília.
Sempre no mesmo lugar…
Já tranquilo quanto à mecânica, parti para o que mais me chama a atenção num carro: o apelo estético. Sei que muitos discordam, preferindo partir logo para a performance e preparação. Mas eu particularmente não aguento chegar na garagem e ver um carro que me desagrada os olhos. Se a mecânica estiver redondinha, sem choro nem vela, começo pela estética com a maior tranquilidade do mundo.
A pintura do carro, se não estava perfeita, até que estava boa pra idade. Mas algumas coisas me incomodavam, como o polimento mal feito que havia sido realizado e deixou o carro todo cheio de marcas e de hologramas. Pronto: Vou começar por aqui mesmo, pensei. Depois de uma semana com meu parça Rodrigo Veloso a criança voltou com este brilho aí embaixo.
Cadê meus óculos escuros?
É impressionante como um detailing bem feito pode mudar por um todo o aspecto do carro. Satisfeito com o resultado, fiquei pensando no que fazer quanto às rodas. Gosto de rodas brancas no carro (como dá pra perceber no post anterior), mas pensei em mudar um pouco e usar uma cor mais escura. Não gostei muito do resultado no final das contas, mas serviu pra embasar o up que fiz um pouco depois (já já vocês vão entender), então não me arrependo muito.
Yakuza Style
Em seguida, me lembrei do up que mais gostava em meu antigo VTi vermelho: O volante do Honda S2000. Ao vender o vermelhinho, me lembrei que o dono havia dito pretendia colocar este volante em um novo projeto. Na hora veio um “vai que ainda tá dando sopa” na cabeça… Dito e feito! Após um contato, no dia seguinte o volante já estava comigo novamente! Este volante é sensacional. Se só o volante já tem essa pegada, não consigo nem imaginar o quanto deve ser divertido dirigir este um S2000.
Escritório
Isso é o que eu chamo de OEM+…
E daí degringolou tudo e não consegui mais parar. Os repetidores de seta OEM apareceram por um ótimo preço. O aero Spoon Style também apareceu em uma ótima condição. O mesmo com o front lip do SiR. E por último, mas não menos importante, recebi a “liberação patronal” pra comprar um jogo de rodas 17. Em um primeiro momento, optei pelas Zetta TE37, que casam muito bem com este carro. Mas a tala dela é tão absurda (8″) que eu já estava me sentindo bastante incomodado. Consegui em uma troca pegar o jogo abaixo de Infinity Nitro que, além de parecidas o suficiente com as TE37 para me agradar ainda tem uma tala muito mais razoável. A cor branca foi de proposito também. Completa o estilo JDM que pretendo alcançar com o carrinho, ainda que sem muitos exageros.
JDM, but maybe not enough…
Bora pro chão!
Mas a brincadeira não para por aí. Sei que a altura está bastante “criticável”, e eu decidi também manter a manutenção em dia. A seguir, cenas dos próximos capítulos:
Assim que concluir esta etapa, vou estar tranquilo o suficiente com a parte estética pra seguir com a parte de preparação do carro. No próximo post vou falar mais sobre a manutenção e sobre como é bastante fácil cuidar de um carro como este aqui no Brasil (ao contrário do que todo mundo pensa), desde que você foque em manutenção preventiva e tenha um cartão de crédito internacional. Vou falar também sobre o que estou pensando em termos de preparação (não tenham grandes expectativas: será algo bastante leve)! Até lá!
Por Flávio “Zaca” Diniz, Project Cars #42