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Project Cars Project Cars #290

Project Cars #290: as primeiras modificações da minha Ford Ranger V6

Olá, FlatOuters. Antes de começar preciso justificar a demora e eu deveria culpar a Dilma realmente não contava com essa crise financeira para atrapalhar o investimento no meu Project Car. No primeiro post contei um pouquinho da minha história com os carros e também fiz uma breve introdução sobre o meu PC#290, uma Ford Ranger V6 ano 1997 “americana”. Hoje vou fazer um resumão do que aconteceu de melhor até agora. Virem a chave de ignição e não esqueçam de apertar a embreagem, caso contrário, a Rangerzinha não pega!

Unindo o útil ao agradável, precisava de uma camionete para o dia-a-dia e porque não escolher então algo com menos de 1,5 tonelada, tração traseira e 30 kgfm de torque? Achei o meu exemplar em Guarulhos e paguei um pouco mais do que estavam anunciados a maioria dos carros idênticos ao meu. Para mim importavam duas coisas: a picape nunca bateu e jamais recebeu kit GNV. O estado geral do volante e pedais também condiziam com a quilometragem do hodômetro, pouco mais de 120.000 km!

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Comprei o carro perto de abril de 2015, bem na época do primeiro aumento abusivo do valor da gasolina. Refiz mentalmente todas as piadas sobre a alta do combustível enquanto a frentista enchia o tanque. Demorou tanto para isso acontecer que até chequei se o carro estava mesmo desligado. Dizem que uma Ranger V6 precisa de abastecimento infinito caso o motor esteja ligado, e quando o conta-giros ultrapassa 3.000 rpm é possível ouvir um redemoinho dentro do tanque de gasolina. Mas nada disso tirava a minha felicidade e orgulho de guiar uma picape 1997 que custa em média R$ 15.000,00. Talvez vocês saibam o que quero dizer, essa sensação não está ligada ao valor agregado ou aspectos como conforto, tecnologia, blá, blá, bla.. é simplesmente uma ligação mágica que apenas os gearheads compreendem.

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Não preciso nem dizer que os primeiros tanques de combustível se foram rapidamente. Eu não abria mão de uma voltinha e algumas aceleradas por nada. Embora não esteja entre as minhas principais preocupações, a título de curiosidade, geralmente esse carro faz 7,5 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada. Eu nunca alcancei nada perto disso!

As primeiras impressões foram boas. Cheguei a conclusão que essa picape tinha tudo para superar a minha S-10 no quesito custo/diversão. Na tradicional pista rotatória do Hotel Transamérica, em São Paulo, fiquei feliz em constatar que mesmo com o diferencial aberto, a traseira escapava com o piso molhado (vídeo no instagram @rpaschoalin).

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Ainda na fase em que usamos o carro recém comprado para qualquer deslocamento (padaria, esquina, voltas no quarteirão) levei a Ranger para a Impacto Suspensões em Interlagos/SP. Confiei no meu amigo Serginho dizendo apenas: “lembra da S-10?! Vamos fazer o mesmo e deixar essa camionete firme para fazer curvas”. Dois dias depois eu já estava pulando pelas ruas esburacadas da cidade e os benefícios apareciam em rotatórias onde eu imaginava um possível skidpad (aqueles círculos asfaltados feitos para medir o G lateral dos carros). Os amortecedores ganharam movimentos mais lentos de compressão e retorno na dianteira enquanto na traseira optamos por deixar apenas a compressão mais lenta e o retorno mais rápido na medida do possível, melhorando assim a capacidade de tração do diferencial aberto.

Nesses meses que se passaram o estado geral do carro piorou muito. Apenas manutenção básica e troca de óleo. Um pneu dianteiro estourou na serra que tenho perto de casa (agora moro em Cunha/SP) e outro dia o portão fechou sozinho enquanto eu dava marcha a ré. Soma-se aos novos amassados o estado dos pneus originais nas rodas aro 14, algo que me forçou a cometer o primeiro erro do projeto: rodas Daytona 15×8 de ferro com pneus Hankook RA03 medidas 265/60-15.

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Explico. Não foi um erro tremendo, e esse conjunto de rodas e pneus serve muito bem para quem não pretende desafiar as leis da física e brigar por décimos de segundo em um circuito. Porém isso é exatamente o que eu preciso e descobri na prática que as rodas extremamente pesadas e os pneus com lateral mole boicotavam e muito a capacidade que a Ranger tinha para contornar curvas. O consumo de combustível aumentou (F%¨DA$%) e o rendimento de aceleração piorou (com isso não se brinca). Não pensei duas vezes e coloquei tudo a venda na internet.

O tempo, sempre implacável, passou e depois de intermináveis buscas encontrei algo que serviria para o propósito do meu carro: Rodas JNC aro 18 com tala 9 e 8” respectivamente na traseira e dianteira. Perfeitas para montar os slicks 285 e 265 da Stock Car que são encontrados razoavelmente baratos na internet. O melhor de tudo isso, segundo o fabricante, cada uma delas pesa pouco mais de 10 kg!

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Esse novo conjunto de rodas recebeu espaçadores de alumínio da AVM com 4,5 cm de largura, tornando o visual do carro bacana, com os pneus ultrapassando ligeiramente a linha dos paralamas. Dinamicamente é incrível a diferença que uma bitola mais larga agrega. Meu carro nunca foi de rolar muito, mas agora, com as rodas espaçadas, melhorou substancialmente, inclusive no que diz respeito a tração com diferencial aberto.

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Dias atrás eu postei que a Ranger estava a venda, e depois disso, num desses dias de chuva que me forçam a pegar o carro e sair para passear, voltei atrás. A verdade é que o projeto está temporariamente congelado por falta de grana. Confesso que também bateu um medinho de rodar com um carro “diferente” por ai, ainda mais em época de mega-operações com pátios cheios. Como vocês sabem o escopo desse Project Car é bem radical e como ele ainda é o único carro da família, não dá para correr riscos e ficar a pé.

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Sinto muito pelo andar da carruagem mas espero voltar em breve com novidades. Por enquanto estou focado em preparar uma Yamaha MT-07 para Pikes Peak. Às vezes eu me pergunto de onde vem tanta vontade para fazer coisas assim.. espero que isso nunca acabe!

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Por Rafael Paschoalin, Project Cars #290

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