Fala, galera! Estou de volta com meu segundo post e agora é a hora de entrar em detalhes. Vou organizar minhas postagens como uma linha do tempo, citando cronologicamente todas as modificações que fiz, problemas que tive e eventos que participei desde o dia que peguei o carro até hoje. Espero que gostem.
A primeira vez que que vi meu carro foi quando ele estava sendo lavado e preparado para ser entregue. Não pensei duas vezes e já arranquei fora todos os badges, deixando a traseira mais limpa e me livrando imediatamente do “Titanium” gigantesco que veio no porta-malas.
Ali olhando para o carro já comecei a matutar o que deveria vir primeiro. Escape? Molas? Intake? Reprogramação? A ansiedade era grande! Ainda nem tinha nem andado com o carro e já estava pensando em maldades. Tirei o carro no dia seguinte. Após duas semanas com o carro minha mente já estava explodindo de ideias e vontades.. Dei início às modificações.
Troquei o silencioso traseiro por um abafador menos conservador e coloquei um filtro de ar da Race Chrome que estava guardado aqui em casa e era usado em um Astra levemente preparado que meu pai tinha. Nada para ganhar potência, mas algo para deixar o carrinho mais gostoso.
E foi assim que fui ao meu primeiro trackday com o Fiestinha!
O evento foi no autódromo Ayrton Senna, que fica na cidade de Caruaru em Pernambuco, a 190km da minha casa. Eu não ia andar esse dia, tinha ido somente com meu pai encontrar dois amigos dele que estavam correndo e acertando um porsche GT3RS mas, chegando lá eu não pude deixar a oportunidade passar! Me inscrevi, colei o adesivo do número no carro, capacete na cabeca (que tinha levado com esperancas de andar de Porsche – e andei!) e fui acelerar! Recebi dicas de meu pai e seu amigo Joca Ferraz (eles andaram juntos grande parte da vida nessa pista) e virei o tempo de 2:02,700 com o carro “original” e pouco mais de 2.000 km rodados. Como comparação, o melhor tempo desse Porsche ficou na casa dos 1:36.
Depois de alguns dias da minha primeira experiência com o carro — vale ressaltar, foi melhor do que eu esperava — fiz mais um upgrade: comprei um jogo de molas RedCoil. Alguns carros daqui de casa já haviam usado molas da marca e sempre trouxeram bons resultados — são molas mais duras e baixas. Um ponto negativo sobre elas no caso do meu carro foi a altura das molas traseiras, que deixaram a bundinha do fiesta empinada. Mas tudo bem! Consegui o que eu queria: mais baixo e mais rígido!
Como todo carro zero, o New Fiesta não escapou de alguns probleminhas que vieram de fabrica. Tive problemas comuns que aparecem nesses carros (como relatado por vários outros proprietários em fóruns). A borracha de vedação da porta traseira que fica na coluna B entre a porta dianteira e traseira dobrava quando fechava a porta e problema de alinhamento. Outro problema foi a caixa de direção estalando (esse problema é comum em vários carros da linha Ford), que foi trocada na garantia. Achei até pouco esses problemas e os mesmos foram resolvidos com facilidade.
Continuando com as modificações, comprei nos EUA um Intake da FSwerks e pedi para um amigo que estava lá trazer para mim. O problema é que eu esqueci um detalhe… os Fiestas americanos tem o sensor MAF enquanto que os brasileiros usam MAP. Pois, como vocês já devem ter percebido no vídeo, o tal “buraco” veio desse intake. Tive que fazer uma plaqueta de alumínio em formato do encaixe da entrada do sensor para poder isolá-lo. Não gostei nada dessa historia e não durou muito até eu passar essa admissão para um proprietário de um New Fiesta mexicano – os primeiros que chegaram ao Brasil e que vêm de fábrica com o MAF.
Também não consegui fugir dos mimos. Consegui desenrolar uma troca dos meus faróis dianteiros pelos modelos de máscara-negra que vem na versão mais básica do Fiesta e que fez uma grande diferença esteticamente. Também instalei umas pedaleiras que meu pai fez com suas iniciais (LPL), e aproximei o pedal do freio e acelerador para facilitar o punta-tacco.
Outro mimo que trouxe grande diferença para o visual do carro foram as rodas de 16 polegadas originais do carro, que pintei de Preto Bristol (a mesma cor do carro, um tom de preto perolizado).
Por último, vou falar brevemente do trambulador Steeda que encomendei dos EUA, com engate curto e mais duro que o original. Mas, da mesma forma que o intake deu trabalho, esse câmbio não foi diferente! Os encaixes dos cabos do trambulador do Fiesta americano são diferentes do brasileiro. Lá o cabo de posicionamento é mais curto, sendo assim, o encaixe do apoio do cabo fica mais para frente que o do Fiesta brasileiro (que tem o mesmo comprimento nos dois cabos).
Mas não desisti do câmbio! Era algo que eu realmente queria para meu carro e meti a cara no DIY. Com ajuda de um amigo, consegui fazer um apoio de alumínio para o cabo que foi rebitado no lugar correto para que o funcionamento do cabo de posicionamento fosse perfeito. Resultado: o câmbio foi instalado sem problemas. Engates mais curtos e duros, e o trambulador em si é mais justo (o original e meio molenga).
Até a próxima! E fiquem com um teaser do que vem por aí!
Por Luiz Leão, Project Cars #31