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Project Cars Project Cars #375

Project Cars #375: o Citroën C4 estreia nos track days

Depois da longa viagem pra buscar o carro e a instalação das molas chegava a hora de pensar em ganho de potência no francês. Já havia descartado a possibilidade de montar um projeto turbo devido à fragilidade das internals do motor e a dificuldade e preço de peças forjadas compatíveis com ele.

A alternativa era tentar uma preparação aspirada simples. Minha maior esperança na preparação foi o coletor de escapamento que originalmente possui um pré-catalisador e geometria bastante restritiva. Então decidi por montar um kit intake com filtro duplo fluxo da HRE e um coletor de ar frio homemade puxando o ar frio da grade dianteira diretamente no filtro, um coletor de escapamento 4×1 custom made e o escapamento com diâmetro maior para então reprogramar a injeção e contabilizar os ganhos de potência.

Já havia alguns projetos nacionais que utilizaram o coletor de escapamento do C4 VTS que não conta com o pré-catalisador encontrado nos VTR, mas a dificuldade em encontrar a peça a venda me fez buscar oficinas que fabricam coletores e escapamentos. Através da indicação de alguns amigos descobri uma oficina de Cascavel, no Paraná, que trabalhava com fabricação de escapamentos especiais e então entrei em contato para agendar o trabalho. Desloquei-me de Pato Branco até Cascavel onde deixaria o carro por três dias para fabricação do coletor e escapamento.

No fim das contas o serviço se mostrou muito mais complexo do que o esperado, o acesso ao coletor de escapamento no C4 é muito complicado, foi necessário baixar os agregados do carro para abrir espaço e então iniciar o processo. O que era pra tomar três dias tomou três semanas e enfim o carro estava pronto para encarar a reprogramação da injeção.

Coletor de escape

O escapamento foi dimensionado sem (quase) nenhuma restrição, reto desde o coletor com um abafador inox no final. O diâmetro do escapamento era para ser em 2 ¼ “ porém por equívoco da oficina que realizou o serviço o fizeram em 2 ½ “ e como podem imaginar o carro perdeu muito em baixa. Com a parte de escapamento concluído era hora de realizar o acerto da injeção na Prado Powerchips, também na cidade de Cascavel.

Escapamento 2.5''

O acerto foi feito na rua e não em um dinamômetro, que seria o ideal. Reparei que a nova configuração corrigiu um pouco do gap de torque em baixas rotações além de subir o limite de giro do motor para 7000 rpm. Logo que saí da oficina o que mais encantou foi o ronco gerado pelo coletor 4×1 e escape direto, mas confesso que esperava o carro mais esperto com as alterações feitas. Não passamos no dinamômetro antes ou depois das alterações, porém foram feitas algumas comparações com outro VTR original e constatou-se torque inferior em baixa, mas o carro bem esperto em altas rotações quando preenche o escape. Como minha ideia era um carro um pouco mais esperto para os track days fiquei satisfeito com o resultado.

Com as alterações feitas, chegava a tão esperada hora do primeiro Track Day que seria no Autódromo de Cascavel. A expectativa era gigante, terminei de revisar o carro colocando pneus novos (Michelin Primacy 3 225/45 R17) e fluido de freio da Pentosin (Racing Brake Fluid) para garantir que não teria problemas na pista e nem na viagem de volta para casa. Para quem se interessa por Track Days e tem várias dúvidas, tenho um vídeo comentando todas as experiências do meu primeiro Track Day

Trackday Foto 1

Chegando em Cascavel para o Track Day foi difícil conter a emoção, ansiava muito por aquele momento. Acompanhado de muitos amigos que compartilhavam o sonho comigo e me ajudaram muito durante todos os processos entramos no autódromo e rodamos por pouco mais de 30 voltas contando as rápidas e voltas de aquecimento e resfriamento do carro. Esse dia foi muito especial, afinal foram meses de preparação e planejamento pra que tudo corresse bem. Surpreendi-me com o poder de contorno de curva do VTR com as molas H&R Sport e foi visível que não é preciso um carro muito potente para se divertir muito no autódromo, afinal a briga contra o relógio é a mais desafiadora e legal. Fiquei muito contente com minha evolução na pista durante o dia. Com muita cautela e zelo com o carro fui melhorando aos poucos e ao final do dia meu melhor tempo foi de 1m29s100.

Tinha plena consciência de que aquele tempo poderia baixar muito mais e que tanto o carro quanto a pilotagem tinham uma margem de segurança que poderia ser ultrapassada aos poucos, mas isso aconteceria somente no meu segundo track day com o VTR, onde baixamos 4 segundos do tempo para cravar uma volta respeitável no autódromo de Cascavel. Mas esse é assunto para o próximo post que será o desfecho dessa história!

Por Guilherme Cavalli, Project Cars #375

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