Fala, pessoal! Vamos continuar a história do Fiat Uno com motor de R1? Depois de sofrer bastante na mão dos funileiros, meu carro estava finalmente de volta à garagem e eu poderia finalmente começar a montagem final.
Muitas peças foram compradas nesse tempo em que o carro ficou parado e portanto tinha caixas e caixas de itens para serem instalados. Como eu já estava ansioso para ouvir o motor ligado, parti para a instalação dele no carro.
Chamei alguns amigos para ajudar e em poucos minutos o motor já estava no lugar. Depois disso o resto do dia foi só aproveitar e ficar conversando sobre o carro. Não fiz mais nada depois disso.
Como precisava colocar o tanque na posição definitiva (na dianteira), comecei então a montar as peças na frente do carro. E nessa etapa coloquei inclusive a namorada para ajudar. Valeu, amor!
Foram instalados:
– Servo-freio, cilindro mestre (do Uno Turbo) e flexíveis
– Suporte de bateria e bateria
– Caixa de direção (original)
– Suspensão dianteira (Coil Over Fênix)
– Pinça de freio (original)
– Discos de freio (Power Brakes)
– Barra estabilizadora (original do Uno 1.5R e 1.6R)
– Parachoque
Como falado anteriormente, eu só conseguia mexer no carro aos sábados. Durante a semana eu corria atrás das peças. Nesse momento da montagem, já estava preocupado com o conjunto pneu e roda que iria usar no carro.
Consegui um jogo de rodas com peso baixo (em torno de 5 kg cada) e pneus slicks PZero de fórmula. Conjunto que eu pensava usar quando fosse fazer track days.
Na semana seguinte ainda na dianteira foram instalados:
– Radiador (original do uno)
– Grade dianteira
– Haste do Capô
– Suporte do Estepe
– Suporte do Tanque
Foi fabricado e instalado também toda tubulação de água do motor. Tubulação do radiador até o motor que agora passa debaixo do carro exatamente onde passava antes o escapamento original. A tubulação foi feita de maneira a evitar ao máximo a perda de carga no sistema, mantendo diâmetro e evitando aumentar o número curvas ou manobras.
Com a montagem da parte dianteira já bem avançada, comecei a montar toda parte traseira como suspensão, freios, diferencial com coroa, semi-eixos e tudo mais. Estou utilizando agora discos na traseira com pinças com acionamento de freio de mão à cabo. Pude até usar os cabos originais do Uno que pareciam ser feitos também para o novo sistema. A coroa foi fabricada de acordo com a relação de marchas pretendida. Mesmo antes de começar o projeto já tinha todas as informações. Abaixo pode se acompanhar inclusive o Diagrama “Dente de Serra”.
Somente nos novos pinhão e corôa utilizados, a relação de marchas foi encurtada em 20%. Outros 10% restantes da redução ficou por conta do conjunto pneu e roda utilizados no carro que tem diâmetro menor que os originais da moto.
Dados de redução suficientes para tocar o carro com facilidade foram coletados com fabricantes de carros com motor de moto na Europa e Estados Unidos. E também seguiram minha experiência por já ter montado uma réplica de Porsche Spyder com motor de GSXR 1100 já comentado anteriormente.
Após os itens montados, finalmente chegava a hora de instalar o chicote do motor. Chicote no lugar, chamei um grande amigo para me dar uma força e ligá-lo. É lógico que eu registrei o momento:
Como agora o motor estava em condições de ser ligado sem surpresas, a partir deste dia, todas as vezes que eu ia mexer no carro, quando eu chegava e um pouco antes de eu ir embora eu ligava para ouvir aquele som maravilhoso…
Por enquanto fico por aqui. No próximo post contarei mais sobre a montagem do carro. Abraço, pessoal!
Por Edson Terra, Project Cars #38