No último post terminei falando que o carro passava por mudanças severas como instalação do motor na traseira, modificação da suspensão traseira etc. Após a fabricação da nova suspensão traseira, suportes de motor e caixas de roda, tudo foi devidamente posicionado e soldado.

O motor foi retirado do carro e finalmente o carro poderia ser encaminhado para o segundo funileiro para finalizar a funilaria e pintura. A suspensão permaneceu montada para o carro poder pelo menos ir de guincho até lá.

Entregando o carro para o segundo funileiro, lembrei quantos problemas ele tinha e tudo o que deveria ser feito para ficar como eu gostaria. O carro não foi comprado em boas condições e tinha muito trabalho a ser feito.

Em um primeiro momento o funileiro se mostrou bem decidido e achei que o serviço seria feito rapidamente. Os itens alinhados pelo funileiro anterior foram recolocados para conferência e por sorte foram aprovados dando sequência no trabalho. O prazo para a conclusão do serviço seria de três meses. Seria…

Por vezes seguidas passei na funilaria e via que pouca coisa havia sido feita. Às vezes o funileiro se dava ao trabalho de apenas abrir ou fechar o capô do carro só para parecer que estava fazendo alguma coisa.

Vendo que o serviço seria demorado, resolvi me dedicar em outros assuntos como o chicote do carro. Decidi ter dois chicotes distintos, um para a parte elétrica do carro como faróis, lanternas, limpador do parabrisas, buzina, etc e outro somente para o motor e instrumentos. Desta maneira fica muito simples identificar e corrigir possíveis problemas elétricos.

O teste dos chicotes não poderia ser em outro lugar que nada mais, nada menos que… o meio da sala de estar, é claro!

Como o chicote do meu 1.5R 1987 já tinha uma idade bem avançada, comprei o chicote de um uno 2012. Junto com o chicote, em um pacotão ainda comprei o painel e chave de seta e tudo o que eu precisava para testar e validar o que eu precisava deste novo chicote. Pude enxugar o máximo possível e deixar apenas os itens que me interessava. O chicote ficou bem simples e leve.

Depois de muita discussão, brigas e quase desistência, o funileiro deu sequência ao trabalho. Finalmente eu conseguia enxergar o carro que eu queria.

O carro teve a pintura finalizada depois de mais de um ano na funilaria (lembram do prazo de três meses?)
 Poderia agora retornar com o carro para casa do meu amigo. A partir deste momento, só dependia de mim montar tudo para finalizá-lo.

No próximo post falarei sobre o começo da montagem do motor. Abraço, pessoal.

Por Edson Terra, Project Cars #38