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Project Cars Project Cars #51

Project Cars #51: os 5.000 km do primeiro ano do meu Civic Supercharger

Por William Klaumann, Project Cars #51

Na fase atual do projeto, as prioridades são as de deixar o carro em perfeito estado de funcionamento, que já está com 5.000 km. No mês de junho comemoramos um ano da primeira partida do Hondinha. 

Alguns problemas foram sendo solucionados e outros foram surgindo entre a matéria anterior e esta atual. O primeiro deles a ser resolvido foi o vazamento no cárter, causado pelo aperto excessivo nos parafusos na primeira montagem. Aproveitei a próxima troca de óleo e fiz o reparo com a substituição da junta, dessa vez com menos aperto, porém dias depois o vazamento apareceu novamente, mas desta fez pela falta de aperto. Deu pra dar uma conferida ainda na parte debaixo do motor, sem limalhas, sem sinais de qualquer problema, ainda sendo possível ver o Molykote D321R aplicado em algumas peças. 

O cilindro escravo de embreagem começou a apresentar um vazamento e logo foi substituído por uma peça nova. Agora a linha de embreagem é 100% nova, além de utilizar um reservatório diferente do original que fica mais escondido. Este também apresentou vazamento, corrigido com a adição de pequenas arruelas e cola de junta. 

O problema que mais incomodava era a trepidação das rodas na hora da frenagem, onde discos de freio e cubos estavam empenados, mais especificamente do lado do motorista. Como quase tudo foi praticamente feito por mim nesse carro, realizei a substituição dos rolamentos juntamente com os cubos em uma prensa hidráulica emprestada por um torneiro da cidade. Melhorou 50%, porém ainda precisava substituir os discos dianteiros.

Passadas mais algumas semanas, busquei por novos discos de freio, adquiridos na Powerbrakes. Utilizo um upgrade composto por discos frisados de 300mm e pinças de pistão duplo da CRV. Foi necessária uma adaptação nos discos de 5 para 4 furos. O serviço foi feito pela própria Powerbrakes sem acréscimo final no valor. 

Visando melhor custo/benefício, acabei encontrando as pastilhas de cerâmica da Ferodo, onde foram pagos R$ 145,00. Mesmo com menos área de contato que a anterior que estava usando, a pegada no freio ficou muito melhor, além de praticamente não travar as rodas na frenagem o que possibilitou sentir uma grande diferença. Anteriormente passei por algumas situações em que precisei abusar dos freios, porém os pneus arrastavam muito. 

Muita gente veio me perguntar a respeito desse upgrade, então resolvi preparar mais um vídeo para o canal falando sobre o assunto, mostrando como é feita essa adaptação…

Com a substituição do conjunto de rolamentos, cubos e discos de freio foi a hora de partir para a geometria e balanceamento. Busquei por uma empresa em uma cidade próxima, que trabalha com o serviço 3D. Mas uma surpresa veio quando levantamos o carro: três rodas estavam tortas e precisaram ser reparadas, além do terminal de direção do lado do motorista estar com folga. Tive que retornar em outro dia pra terminar o serviço, já com os terminais novos. Com a substituição dos discos a trepidação teve fim nas frenagens, porém com a geometria e balanceamento o carro parou de trepidar também em altas velocidades, além de ficar com a direção alinhada. Controle total do carro finalmente em mãos!

Durante a realização do serviço, as rodas sofreram arranhões e pedaços da tinta saíram porque a pintura foi feita com spray. Aproveitei então para dar um novo banho de tinta, porém desta vez não utilizei verniz, que deixava a cor mais escura. Optei por usar somente a tinta, num tom grafite metálico, e olha só, gostei mais do resultado assim, deu mais destaque para as rodas…

No conjunto motriz o que ainda resta a ser feito é a substituição das homocinéticas, tulipas e trizetas, estas quais estarei mais adiante a procura por peças que aguentem o esforço do futuro motor sobrealimentado.  

Também foi trocado o sensor de temperatura do painel que não estava marcando temperatura, feito melhorias com conexões AN na linha de combustível do filtro até a flauta, alguns mimos no cofre como washers de coletor de escape e tampa de válvulas e a última novidade é a prometida melhoria na iluminação com a adoção de faróis máscara negra e lente lisa, comprados diretamente através de importação com a Suzuka Race Store. 

Por falar nisso, no momento seria quase inviável conseguir um supercharger da Jackson Racing com o dólar no valor atual, talvez os planos mudem para algo mais acessível, como os compressores de Mercedes, ainda não está definido. 

Dinamicamente o Civic está acertado para andar nas ruas, sem exageros, como por exemplo amortecedores com carga maior ou buchas de PU. Futuramente devem ser adicionadas barras estruturais ao projeto, mas estou bem satisfeito com setup atual do carro, tanto de freios como suspensão e agora, definitivamente devo partir para os upgrades mais ousados e que extraiam potência do motor, como utilização de injeção programável e sobrealimentação.

No caso do Honda, com pistões destaxados, a perda de potência é eminente e em alguns momentos ela faz falta. Abaixo de 2.500 rpm o carro é bem manco, é a partir daí pra cima que o motor “acende”. O pico de torque (14 kgfm) aparece a 3.000 rpm e a potência cresce linear até chegar a potência máxima de 104 cv a 5.850 rpm (medição motor), contra 14,6 kgfm e 125 cv do original.