Por Douglas Furlan, Project Cars #123
Fico muito feliz pelo reconhecimento, isso é um sonho realizado. Desde moleque via carros modificados e ficava louco. Adorava ver um Voyage quadrado marrom metálico de um vizinho subindo a minha rua cantando pneu e a turbina enchendo, ficava alucinado com os Fuscas e Opalas rebaixados, o som dos motores saindo pelo escape, coisa bem nostálgica, eram os anos 1990 (ou metade dele, nasci em 1988).
A Brasília do meu pai era uma 1975 toda original branco polar. Certa vez um caminhão deu ré em cima dela e estourou o vigia. Eu estava dentro do carro, era pequeno, fiquei muito bravo com o ocorrido, queria descer e brigar com o motorista do depósito de material de construção, pois ele tinha “quebrado” o carro do meu pai! Hoje são histórias engraçadas e muito legais de serem lembradas.
A paixão por carros é velha, assim como a vontade de ter um carro que aparecesse em revista, sempre acompanhei muitas, Fullpower, Hot, MaxiTuning, Hot Rod, Fusca & Cia, entre outras. Lembro que entrava em contato com os redatores, enchia o saco dos caras, ia atrás de oficinas que saíam nas revistas, era muito bacana, e minha vontade sempre foi ter algum carro que fosse bonito e funcional, que chamasse a atenção, hoje vejo que estou no caminho, que tudo que já fiz no “Cerejinha” esta chegando onde quero e que está sendo muito bacana o reconhecimento. Agradeço a equipe do FlatOut pelo espaço e o projeto do Fusca 1972 1700cc segue em andamento
Fiz a pintura da parte interna com inspiração em carros de corrida, pois geralmente é branco. Só que eu resolvi usar o bege palha da linha VW 1981, e um tom mais escuro feito a olho em alguns detalhes.
Foi repintado o chassi de preto fosco, também recoloquei os tapetes Borcol (original de época), instrumentos Cronomac da linha Volks, comecei a mexer na tapeçaria — que vai ser de courvin marrom “Ferrari”. Os bracinhos da tampa do porta-luvas foram feitos pela Razor de Curitiba e quase todos os parafusos foram substituídos por Allen de inox 304.
Outra coisa que fiz foi pintar os estribos — fui “forçado” pelos amigos a fazer isso. Já que ia colocar, resolvi pintar na mesma cor do carro e fiz um detalhe em prata no lugar onde geralmente vai um friso.
Como mostrado no blog anterior, o carro saiu no canal do Castelani e logo sairá mais vídeos do carro andando e com mais detalhes.
Essa semana o Instagram do carro () chegou em 1.400 seguidores e isso me deixou muito feliz.
Nas próximas semanas o carro será polido e recolocado os vidros para podermos voltar às pistas.
Em breve teremos mais atualizações, as próximas é terminar o chão do carro, com a nova suspensão, amortecedores e freios a disco dianteiros, pretendo manter as rodas e furações originais 5X205 com uso de adaptadores sob medida e uma elétrica mais organizada que já comecei a mexer.
Agradeço pela leitura e até o próximo post.