Por Eduardo Martinelli, Project Cars #532
A Dakota pode ser vista de duas maneiras, é meu terceiro Project Car se considerarmos o primeiro algo assim, um Corcel GT 73 que, infelizmente ou felizmente para o meu aprendizado, virou sucata após um ano rasgando dinheiro em um péssimo profissional que simplesmente conseguiu sucatear um carro.
O segundo foi o Honda Prelude, o Project Bach (Project Car #512), um carro automático de origem, original mas que faltava um dono, dei-lhe uma vida nova, virou manual, virou um pro street e hoje esta com novo dono, que está continuando o projeto e tornará o Prelude turbo. Será o Prelude mais invocado do Brasil, não tenho dúvidas disso. Páginas viradas.
Vendi o Prelude para realizar um sonho de adolescente, comprar uma Dodge Dakota RT V8. Achei uma branca, automática, cabine simples, resgatando uma parte de sua história relatada aqui nas páginas do Flatout noite um longo hiato. Em 2021 houver quatro partes desta saga que ainda não acabou, publicadas em 29 de janeiro, 12 de março, 23 de abril e 10 de setembro. O próximo episódio saiu apenas em 2022, no dia 28 de janeiro. Para quem quiser resgatar, pode clicar nas datas, é o link para cada parte do episódio.
Sim, mais de um ano desde a última postagem, e o que ocorreu todo este tempo é o que vou contar agora. Prepare a pipoca, abra o guaraná e vem comigo.
Com o interior todo desmontado e o painel dela original e ela se tornando manual, não teria mais a necessidade de manter o visor do PRND21, logo, por que não colocar o wideband ali embutida no painel? Dito e feito, ajuste daqui, corte dali, lixa um pouco, dá o acabamento e pronto! Mais uma coisa a menos.
Feito isto, vamos para a parte da alavanca de câmbio e montar novamente o interior, escolhi uma alta, o objetivo é deixar a Dakota com uma referência da Nascar dos anos 80/90, old school, com aquela alavanca quase grudada no volante. O carro é uma ode aos entusiastas dos V8.
E feito isto, é hora de fechar o pacote do acabamento com nova forração e novas mantas. Devidamente no lugar para a próxima etapa….
Escapamento duplo na lateral, com um “botãozinho” da alegria que, ao clicar”, sai direto. Puro som de V8 direto na saída, puro, limpo, selvagem, ardido, animal. Check. O trabalho do escapamento demorou umas duas semanas, mas ficou perfeito, flowmaster em um cano, no outro, uma bela sinfonia!
Ok, aparentemente tudo ok, injeção no lugar e afinada para umas voltas, escapamento ok, interior ok…. chegou o momento da funilaria…
Aqui deu trabalho, mais do que o esperado, a caçamba foi usada como caçamba da pior maneira possível, ou melhor, se partirmos da definição que é uma picape e sua utilidade fim. Ainda não sei.
Separamos ela do chassi, desmontamos as partes que precisam ser repintadas, fechamos a saída da antena para deixar com uma aparência mais clean, e pintamos os borrachões originalmente pretos conforme a RT americana, a referência desde o início.
Enquanto estava na funilaria (e isto demorou, acreditem!), aproveitamos e mandamos os faróis para restauração e nova cromação, ficaram zerados, realmente parecem novos!
Funilaria concluída, a caçamba está lisa, perfeita, espero nunca precisar usá-la, pois afinal, é uma picape, né…. cedo ou tarde a necessidade pode surgir. Terei que improvisar.
A Dakota será retirada da funilaria no dia 10 de março de 2023. Depois disto, voltará para a Gearhead Garage para revisar os freios, suspensão, caixa de direção (tirar a folga que há) e para afinar a injeção programável.
Estas coisas tendem à ser rápidas e espero não apresentar um novo hiato entre um capítulo e outro tão longo.
No próximo episódio será, enfim, sua conclusão. Um projeto de adolescente que durou mais de 2 anos de restauração/customização/restomod/melhorias/etc.
Até lá!