Tem gente que só se preocupa com a aparência de um carro. Se ele não for bonito, ainda que seja espetacular de dirigir, não tem negócio. É a causa de algumas das maiores injustiças automotivas de que se tem notícia.
Enzo Ferrari dizia que carro bonito é carro que vence corridas. Mas também tem gente que se preocupa com a dinâmica e com o conforto interno. E quem melhor para cuidar de conforto do que os bancos? Carros aparentemente ótimos podem ter bancos que te quebram em viagens. Ou que são feios de doer. Lembre-se de que é dentro do carro que você vai passar a maior parte do tempo. E com o trânsito cada vez mais carregado, você vai gastar até o tempo que não queria.
Por isso nossa pergunta de hoje é: qual carro tem o banco mais fodástico que você já viu?
Nossa sugestão é o Mercedes-Benz S 65 AMG Coupé.
Não bastasse o carro ser obsceno de tão bonito, seus bancos têm ergonomia quase perfeita, mas eles vão além. O revestimento de couro nappa perfurado tem costuras em padrão de diamantes. Este padrão vem largo da ponta do assento, se estreita em direção ao encosto, sobe por ele e volta a se abrir, como um Y, em direção ao apoio de cabeça. Isso se repete nos bancos de trás. Além de esteticamente sofisticado, o padrão de diamante ajuda a reter o motorista no lugar por tornar a superfície mais rugosa.
São os bancos que recebem o motorista ou comprador na concessionária. São eles que determinam se o carro tem perfil esportivo, quando estão mais próximos do assoalho, deixando as pernas mais esticadas em direção aos pedais, ou se darão ao comprador não tão preocupado com a dinâmica a sensação de enxergar tudo lá fora e aproveitar melhor um entre-eixos curto. É o famoso ponto H, ou seja, onde fica seu quadril. E o ponto H depende essencialmente dos bancos.
No S65 AMG há perfurações onde passam as costuras, algo feito com a intenção de dar impressão de mais luxo nos revestimentos e permitir um serviço perfeito. As perfurações se devem à climatização dos bancos. Além de aquecidos, eles também são refrigerados. Incluindo os apoios laterais, tanto do assento quanto do encosto. Aqui se nota a vocação esportiva que os bancos também têm de desempenhar.
Sem bons apoios laterais ou mesmo com um revestimento inadequado, que faça o motorista escorregar, a experiência de direção fica prejudicada. O uso de nappa ou Alcantara também responde a essa necessidade. Apesar de lisos, eles retêm melhor os tecidos e evitam que os ocupantes escorreguem.
Os ajustes elétricos têm três memórias e permitem regular distância, altura em dois pontos, a base e a ponta do banco, o que permite escolher o melhor ângulo, inclinação do encosto, apoio lombar, apoio para as coxas e preenchimento das laterais, para dar mais apoio. O objetivo é claro: dar ao motorista a maior variedade possível de ajustes para que ele dirija confortavelmente. Os comandos estão nas portas, ao alcance da vista, como é costume nos Mercedes-Benz.
O arremate são pequenas placas metálicas, pouco abaixo dos apoios de cabeça, com o emblema AMG. Um para cada assento.
Além deste banco do S 65 AMG Coupé, há diversos outros que merecem uma reverência antes de entrar no carro, de tão bonitos e confortáveis que são. Para você, qual é o banco automotivo mais fodástico de todos?