Que os nossos carros não ouçam lá da garagem, mas é fato que todo entusiasta nunca está 100% satisfeito com seu atual automóvel. É por isto que vivemos em lojas de usados e visitando sites de classificados na internet — sempre em busca daquela oportunidade única de comprar um carro de que gostamos muito por um preço bacana. E, mesmo assim, de vez em quando deixamos a oportunidade passar! Isto já aconteceu com você antes?
É claro que já. Todo mundo tem uma história parecida — ter a chance de comprar o seu carro dos sonhos, ou um primeiro carro bacana, ou aquela raridade por um preço bem abaixo do mercado e deixá-la passar. Seja por priorizar outros investimentos no momento, por faltar grana naquele exato instante, por ter vacilado na negociação… causas não faltam. A própria equipe do FlatOut! tem suas presepadas para contar.
Juliano Barata
O meu certamente é o primeiro V8 que eu dirigi na vida, um Maverick LDO V8 champagne que estava à venda havia uns 15 anos na Suspentécnica, oficina especializada em suspensões, em São Paulo. Aliás, vou resgatar este texto aqui para o FlatOut esta semana. Na época, o dono pedia R$ 15 mil, o que era uma boa grana (dava pra comprar um popular zero km com alguns equipamentos), mas o carro estava inteiraço. Mais do que o negócio interessante, me arrependo de não tê-lo adotado porque foi um dos carros mais especiais que dirigi na vida, justamente pela experiência marcante que foi. É coisa pra se lembrar por toda a vida. Na época, preferi comprar um Charger, o que também foi sensacional. Mas sempre vou ter aquele sentimento “e se…”, típico de arrependimento por coisas que não fizemos.
Leonardo Contesini
Há uns dez anos eu e meu irmão procurávamos uma Kombi bacana para comprar e curtir por aí. Elas ainda não estavam super inflacionadas como hoje, então dava pra comprar com nossos salários de estagiário. Um dia apareceu um modelo seis portas da segunda geração, acho que era 1976, por R$ 5.000. Eu já havia visto várias Kombi “táxi” de seis portas, mas do primeiro modelo, com o para-brisa dividido, mas nunca com a frente nova. Como isso foi antes do boom das redes sociais e do compartilhamento de informações e imagens digitalizadas que temos hoje, fiquei desconfiado sobre a autenticidade dela e acabamos não comprando. Algum tempo depois, descobri que a Volkswagen realmente produziu a Kombi seis-portas nos primeiros anos depois do facelift, mas aí já era tarde. Hoje uma Kombi dessas não sai por menos de R$ 20.000.
Dalmo Hernandes
O meu foi o primeiro carro que eu quase comprei, há dois, três anos: um Peugeot 106 Quiksilver. O motor dele é o mesmo 1.0 de 50 cv que todo 106 tinha, mas a série especial tem o mesmo bodykit do 106 GTi europeu, além de faróis de neblina trio elétrico e airbag duplo. Para um primeiro carro, estava ótimo! Além disso, todos conhecemos o potencial do 106, não é? Acontece que a loja queria R$ 12 mil por ele, e sabemos que, apesar de ser um carro legal e relativamente raro, para um 106 isto é muito dinheiro. Mesmo rolando um paitrocínio, não dava para encarar. E, mesmo assim, eu me arrependo até hoje.
Viu só? Agora é com você: não tenha vergonha de contar qual foi o carro que você deixou de comprar, por qualquer motivo, e não se perdoou por isso até hoje. Compartilhe a sua história com a comunidade!