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Indústria na Europa e Brasil com medo do elétrico Chinês
A China é o mais novo bicho-papão da indústria, o mitológico monstro devorador de criancinhas que dá medo em todo mundo. Especialmente quando se fala de carros elétricos: a indústria ocidental parece ter percebido já que o mundo eletrificado será um risco com eles no jogo. Competir com a China nisso parece impossível.
Na União Europeia a resposta parece vir da burocracia: estão investigando a aplicação de tarifas aos veículos elétricos chineses importados para nivelar as condições de concorrência com as marcas locais.
A Comissão Europeia partilha a opinião de parte da indústria ocidental de que a indústria automóvel da China beneficia de subsídios estatais que lhe conferem uma vantagens injustas ao permitir que as marcas chinesas mantenham os preços incrivelmente baixos. A Comissão anunciou esta semana que estava acomeçando uma investigação para ver se as tarifas deveriam ser aplicadas e tem até 13 meses para dar o seu veredicto.
O engraçado aqui é que muitos fabricantes europeus hoje dependem do mercado doméstico chinês, o maior do mundo, para desovar a maior parte de sua produção. Então qualquer barreira forte nesse sentido, pode causar retaliação e mais impostos para carros europeus na China. Uma sinuca danada que esse povo se meteu.
Aqui no Brasil, estamos vendo pedidos da ANFAVEA no mesmo sentido; os chineses tem se aproveitado do fato de que os elétricos tem alíquotas do imposto de importação de 0%, para trazer carros em preços bem interessantes. Como referência, a alíquota é de até 4% para híbridos, e 35% para os tradicionais automóveis com motores à combustível líquido e combustão interna.
Uma fonte oficial do governo disse à Reuters que o fim da isenção do imposto para elétricos será anunciado “em breve”, com objetivo de estimular a produção local de “carros com tecnologia e energia limpa”.
O secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, além de confirmar o fim da isenção de imposto, também afirmou à Reuters que o governo editará em até 15 dias medida provisória para lançar a segunda fase do programa Rota 2030, agora com um novo nome mais palatável e agradável aos ouvidos modernos: “Programa de Mobilidade Verde”. (MAO)
Ford Ranger Raptor virá ao Brasil
Uma boa notícia para o Brasil no salão de Detroit desta semana: o Ford confirmou que, como já acontece na vizinha Argentina, o nosso país também receberá a Ranger Raptor. Segundo a empresa, será lançada aqui ainda este ano, como ano/modelo 2024.
Na Argentina, o motor 3.5 V6 biturbo a gasolina do Ranger Raptor dá 397 cv e 59,4 mkgfm; nos EUA são 410 cv e 59,5 mkgf. Podemos dizer aqui que será uma picape de 400 cv, com uma margem de erro pequena.
Além disso, como sabemos, a Ranger Raptor é um tipo de picape bem interessante: os Raptor são inspirados nas corridas americanas em deserto; além do off-road tradicional, de se andar devagar em lugares de dificílimo acesso, esta picape está preparada para alta velocidade com obstáculos de todo tipo. Sim, voar é parte da vida dela. Ou pelo menos, deveria ser.
Chassi reforçado, amortecedores especiais e batentes parrudos, rodas enormes com beadlock as vezes; uso realmente severo. Os amortecedores na Ranger Raptor são da grife Fox, e a transmissão é sempre automática de 10 marchas, com tração 4×4.
Como não poderia deixar de ser num carro assim, caro e especial com alto desempenho, vem bem completa: parte do topo de linha Ranger Limited, mas acrescenta mimos como sistema de escape adaptativo, modos de condução específicos e sistema de som assinado pela grife Bang & Olufsen.
Nada além da confirmação da vinda foi divulgado; preços ainda são uma incógnita. Mas podemos chutar, claro. Como referência, uma Ranger topo de linha hoje custa R$280.000, com o motor V6 turbodiesel de 3 litros. Uma Toyota Hilux GR, talvez a coisa mais próxima do Raptor em termos de chassi, custa R$ 367.390. Certamente a Ranger Raptor não chegará aqui por menos de R$ 400.000. Talvez 450? (MAO)
Chrysler comemora 40 anos de Minivans
A Minivan não é exatamente um conceito novo e original: existiu por exemplo com o nome de Kombi. Nem a de tração dianteira é novidade: existiram DKW’s assim nos anos 1950. Mas a Chrysler é realmente a responsável por modernizar o conceito e fazer dele um sucesso novamente nos anos 1980. Bom, nos EUA, pelo menos; na Europa a Renault Espace lançada na mesma época fez esta função.
Enfim; a minivan já foi uma das tábuas de salvação da Chrysler, e um carro que iniciou uma revolução depois de aparecer no fim de 1983. Em pouco tempo, todo mundo estava copiando a Chrysler. Mas quem começa antes costuma ter vantagem em experiência, e assim foi com as minivans Chrysler: sempre a líder de público e crítica. Até hoje, quando existem poucas opções ainda no mercado, hoje dominado pela mutação SUV de tudo.
A Chrysler está comemorando o 40º aniversário do modelo, ao mesmo tempo que lança a sua versão ano/modelo 2024: o Chrysler Pacifica. A linha recebe algumas atualizações. Vêm equipados agora com o recurso Emergency Vehicle Alert System (EVAS) como parte da plataforma Uconnect 5. Esse recurso fornece aos motoristas notificações críticas sobre veículos de emergência próximos. Novas combinações de cores fazem parte deste ano/modelo também.
De resto é o mesmo carro: uma enorme van de passageiros com diversas configurações de bancos e carga, e bancos que desaparecem no assoalho. O motor é o V6 Pentastar de 290 cv com câmbio automático de 9 marchas, e tração dianteira; opcionalmente há o híbrido plug-in também V6, mas com motor elétrico, CVT, e 260 cv.
Engraçado notar que a marca Chrysler está reduzida à este carro, e o Chrysler 300, que morre este ano: o último Chrysler é um Minivan. (MAO)
Nissan Caravan faz 50 anos com série especial
Agora outro aniversário de van, esta uma bem mais tradicional, na tradição asiática de cabine avançada, com piloto sentado em cima do eixo dianteiro: a Nissan Caravan está fazendo 50 anos no Japão, e a marca celebra a efeméride com uma série especial.
A Caravan está na sua sexta geração; foi lançada em 2011, mas continua à venda após duas remodelações consecutivas em 2017 e 2021. O modelo do 50º aniversário se distingue pelo acabamento preto na grade, espelhos retrovisores retráteis eletricamente, maçanetas, grades das portas deslizantes e guarnição da tampa traseira. Por fim, os emblemas alusivos à comemoração estão na porta traseira e bordados nos encostos de cabeça.
A série especial é baseada no acabamento Grand Premium GX e está disponível apenas com o maior entre-eixos e teto baixo. É uma van grande, Full-Size, na categoria da Mercedes-Benz Sprinter. A Nissan afirma, porém, que é muito usada como veículo de lazer, além de trabalho.
A edição especial do Caravan está disponível com um motor a gasolina QR20DE de 2,0 litros com 130 cv e 18 mkgf, ou um turbodiesel 4N16 de 2,5 litros com 132 cv e 38 mkgf. O motor fica na frente, a tração é traseira, e o câmbio é automático de 7 velocidades.
As vendas começarão em 10 de outubro no Japão, e continuarão até março de 2024. O preço naquele país começa em ¥ 3.483.700, o equivalente hoje a R$ 115.263. (MAO)