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Zero a 300

Radares móveis farão “fotos educativas”, Kia Rio chega em janeiro, a volta do DPVAT e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do , o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

STF derruba o fim do DPVAT

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu na noite desta quinta-feira (20) a Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro que prevê a extinção do seguro obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, o DPVAT, a partir de 2020.

O DPVAT é um seguro de contratação compulsória por todos os proprietários de veículos automotores licenciados no Brasil, independentemente da categoria ou idade do veículo, e serve para indenizar as vítimas de acidentes de trânsito. Do total arrecadado, parte é destinada ao Sistema Único de Saúde — que engloba o Serviço Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, acionado em todos os casos de acidentes de trânsito, independentemente de as vítimas terem convênio médico ou não.

O fim do DPVAT já foi defendido pelo FlatOut anteriormente, porém não da forma que foi feito pela Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, apontamos que o DPVAT é um seguro que indeniza apenas danos pessoais, mas não indeniza danos materiais de nenhum tipo, nem repassa recursos financeiros para serviços de atendimento mecânico e remoção de veículos.

Na maioria dos países o seguro obrigatório é contratado pelo próprio motorista da seguradora de sua escolha. O interesse privado na lucratividade também poderia ser benéfico para a segurança no trânsito, uma vez que os bons motoristas poderiam ser recompensados com bônus como já acontece com o seguro privado, mas não com o DPVAT, cujo valor depende do quadro geral de acidentes e indenizações. (Leo Contesini)

 

Bolsonaro diz que radares móveis voltarão para “foto educativa”

Depois de anunciar que iria recorrer da decisão judicial que determinou a volta da fiscalização das rodovias federais com radares móveis, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo irá cumprir a decisão, mas que os equipamentos serão usados para fazer “fotografias educativas”. Em sua “live” de quinta-feira, Bolsonaro disse o seguinte:

“Questão dos radares móveis. Resumindo, resolvemos retirar, a Justiça mandou botar de volta. Determinei já ao Ministério da Justiça: vai, tira a fotografia, mas é fotografia educativa. Ponto final”.

Bolsonaro não deixou claro, mas parece que a fiscalização terá caráter educativo, sem a cobrança de multa. O jornal Folha de S. Paulo apurou que o Ministério da Justiça não recebeu nenhum tipo de determinação sobre fiscalização, e que o assunto deve ter sido encaminhado diretamente à Polícia Rodoviária Federal.

Nesta época do ano o volume de deslocamentos tende a aumentar devido às compras e festas de fim de ano, tanto nas cidades quanto nas estradas e apesar de a velocidade ser um fator de risco, outras infrações também precisam ser fiscalizadas para minimizar as situações de risco causadas por motoristas imprudentes que estejam abaixo do limite de velocidade. (Leo Contesini)

 

Leis de emissões podem acabar com modelos AMG

O futuro da AMG será eletrificado. Isso já foi definido pela divisão esportiva da Mercedes há alguns anos e os primeiros modelos devem dar as caras já em 2020 — provavelmente na forma do GT73 AMG. Isso sem contar os modelos 53, claro. Contudo, as novas leis de emissões da União Europeia podem mudar os planos da AMG a partir de 2021.

Segundo uma matéria do jornal Financial Times, a Daimler pretende reduzir sua emissão média de CO2 de 138g/km para 100g/km e é possível que, para conseguir essa redução, seus modelos mais potentes e poluentes podem estar perto do fim. O problema também parece ser dos SUV, que correspondem a cerca de 35% dos novos modelos na Europa.

Por outro lado, o fim de alguns modelos nos parece uma conclusão precipitada. A Mercedes tem planos para ampliar a gama de sua submarca elétrica a EQ, e deverá substituir todos os seus modelos V6 pelo novo seis-em-linha eletrificado até 2021. Isso pode ser uma manobra suficiente para atingir a redução média de emissões pretendida. O CEO da Daimler-Benz, Ola Kallenius, disse que “apesar de não ser possível controlar o comportamento do mercado (o gosto por crossovers/SUV)” a Mercedes tem as tecnologias necessárias para manter sua linha dentro dos níveis exigidos pela União Europeia.

Ainda segundo o Financial Times, Ford, Mazda e outros fabricantes também estão com dificuldades para atender as novas regras europeias. A Mazda até considera reduzir a oferta de algumas versões do Miata e modelos menos populares. (Leo Contesini)

 

FCA e PSA devem usar plataforma PSA para carros pequenos e médios

Com a oficialização da união entre a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e a PSA começam a surgir os planos para o futuro dessa parceria. Os fabricantes anunciaram que mais de dois terços dos carros produzidos serão concentrados em duas plataformas, que terão volume de três milhões de carros compactos e médios por ano. As plataformas escolhidas para abranger esses veículos são a EMP1, ou CMP e a EMP2, ambas da PSA com arquitetura modular e projeto moderno.

A EMP1 foi lançada em 2018 e já é pensada para receber eletrificação, a EMP2 é mais antiga, data de 2013, mas foi atualizada em 2017 e também é usada em furgões como o Citroen Jumpy. A FCA está defasado nesse quesito de plataformas e ainda usa na Europa uma plataforma derivada da usada no Grande Punto de 2005 e uma do Panda de 2003 em seus carros compactos. A FCA também está atrás em eletrificação. Nos planos da PSA com a FCA não foram citados motores, os novos Firefly deverão conviver com a família PureTech.

Essa união não vai mudar alguns planos de curto prazo das empresas, a Fiat está preparando um novo 500 elétrico para o Salão de Genebra de 2020 sem influencias da PSA. Já a Peugeot está projetando uma picape média em parceria com a Dongfeng, apesar da FCA ter a Ram em seu portfólio o fabricante americano não tem experiência em picapes dessa categoria. O primeiro modelo de origem compartilhada deverá ser o novo crossover compacto da Alfa Romeo baseado na EMP1, que tem estreia prevista para 2022 e terá uma versão elétrica.

O Brasil é uma incógnita nessa união, a PSA confirmou a fabricação do novo 208 na Argentina com a plataforma EMP1. A Fiat brasileira possui uma independência da europeia; seu carro mais atual é o Argo que usa uma plataforma derivada da segunda geração do Palio. A Fiat também investe pesado em sua , a união desse mecânica nova com a plataforma modular da PSA seria bem vinda para modernizar a gama da Fiat no Brasil. (Eduardo Rodrigues)

 

Kia Rio chega em  janeiro de 2020

A vinda do Rio é uma promessa antiga da Kia, mas dessa vez o grupo Gandini confirmou a chegada do modelo com data de estreia. O hatch compacto da Kia está programado para chegar ao Brasil na segunda quinzena de janeiro e virá em duas versões, ambas com motor 1.6 flex e cambio automático usados no Hyundai HB20. O Rio virá importado do México, onde é feito para o mercado norte-americano apenas com o motor 1.6, isso elimina as chances dele vir com o 1.0 turbo usado em outros mercados e no HB20.

O Kia Rio possui porte similar ao do Volkswagen Polo, com entre-eixos de 2,58m e 4,06m de comprimento, a plataforma é a GB, de projeto mais recente e atual que a usada no Hyundai HB20. O Rio vem também como sedã, mas inicialmente virá apenas o hatch.

Preços e pacotes de equipamento das duas versões não foram revelados, o representante local da Kia apenas adiantou que o modelo se destacará pela tecnologia e design. Portanto podemos esperar pela central multimídia com tela de sete polegadas nas duas versões. O Rio deverá vir com preços próximos das versões mais equipadas do VW Polo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20, na faixa de R$ 70.000. (Eduardo Rodrigues)

 

Linha 2020 da Volkswagen Amarok chega com a mesma potência no V6

A linha 2020 da Volkswagen Amarok foi anunciada e chega com poucas novidades. As maiores mudanças estéticas ficaram nas duas versões equipadas com o motor V6 TDI, a Highline recebeu novas rodas de liga leve de 18 polegadas batizadas de “Rawson”. A topo de linha Extreme recebeu na dianteira um novo defletor, pintado na cor da carroceria.

As versões Comfortline, Highline e Extreme vem com trava antifurto do estepe e uma placa de proteção do estepe pare evitar o acumulo de sujeira. Essa trava faz parte de um pacote junto do protetor de caçamba e é oferecido como opcional na versão SE. As versões Comfortline e Highline oferecem como opcional um pacote com estribos laterias e capota marítima.

O motor V6 TDI não recebeu o aumento de potência adotado na Europa e na Argentina, continua com a configuração de 225 cv e 56 kgfm. Confira os novos preços:

  • Amarok S Cabine Simples MT 4×4 R$: 130.590
  • Amarok SE Biturbo Cabine Dupla MT 4X4: R$ 156.290
  • Amarok Comfortline Biturbo Cabine Dupla AT: 4×4 R$ 177.980
  • Amarok Highline Biturbo Cabine Dupla AT 4×4: R$ 193.380
  • Amarok V6 Highline Cabine Dupla AT 4×4: R$ 199.280
  • Amarok V6 Extreme Cabine Dupla AT 4×4: R$ 210.280

(Eduardo Rodrigues)

 

IBM desenvolveu novo tipo de bateria mais seguro e sem metais pesados

A IBM Research revelou nessa quarta (18) a descoberta de uma forma nova de fazer baterias sem usar metais pesados e que pode ser adotado por automóveis. Atualmente as baterias de íons de lítio são um grande impasse do ponto de vista ecológico em carros elétricos, smartphones, laptops e outros aparelhos elétricos que usam baterias. Esse tipo de bateria usa metais como cobalto, lítio, manganês e níquel, cuja extração causa grande impacto ambiental e, no caso do cobalto, usa trabalho infantil escravo em minas no Congo. O que vai contra a proposta de sustentabilidade dos produtos elétricos.

A solução da IBM usa um cátodo que não usa cobalto e níquel, no lugar do lítio como anodo entra um eletrólito líquido. Esse eletrólito tem ponto de ignição mais alto que o lítio e risco menor de incêndio ou explosões, o que traz mais segurança para os carros elétricos em caso de acidente. Outra vantagem para os carros é o tempo de recarga mais rápido, devido a capacidade de suportar melhor a temperaturas mais altas, podendo conseguir 80% da carga em menos de cinco minutos.

O custo de produção dessa tecnologia novo é mais baixo, com materiais que podem ser extraídos da água de oceanos e menor dependência de mineração. Segundo a IBM essa tecnologia possui maior densidade de energia, o que resultaria em baterias menores e mais leves. A última vantagem revelada pelos pesquisadores foi a eficiência maior. A IBM fez uma parceria com a divisão de pesquisa da Mercedes-Benz, Central Glass (maior fornecedora de eletrólitos para baterias do mundo) e o fabricante de baterias Sidus para estudar a viabilidade da produção em larga escala desse tipo de bateria. (Eduardo Rodrigues)