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Pergunta do dia

Smiley faces: qual é o carro mais “feliz” do mundo?

É certo que, para qualquer entusiasta, uma das atividades mais prazerosas da vida é dirigir — basta sentar ao volante de um carro (e não precisa nem ser um carro rápido) para ficar com um sorrisão estampado na cara. Na verdade, certos carros provocam esta reação só de olharmos para eles. Agora, será que existem carros que gostam de rodar?

Obviamente que, no sentido literal, não: carros são objetos inanimados que não sentem ou comunicam nada (descontando Herbie, Christine, o KITT e outros heróis do cinema). Contudo, alguns carros parecem, de fato, sorrir quando você olha para eles.

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O ser humano tem uma tendência natural a atribuir características humanas às coisas — enxergamos personalidades nos nossos animais de estimação e os tratamos como bebês, damos nomes a nossas coisas (incluindo carros) e enxergamos rostos em tudo. Basta olhar para qualquer coisa que lembre vagamente dois olhos e uma boca para humanizá-la, atribuindo até mesmo expressões faciais e emoções.

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Este último se trata de um fenômeno chamado pareidolia, um fenômeno psicológico que faz seu cérebro transformar um estímulo aleatório e vago em algo familiar e com significado. No caso da antropomorfização, seu cérebro se força automaticamente a transformar aquele que seria um arranjo aleatório de elementos visuais em algo que ele já conhece: um rosto. Contudo, a pareidolia também pode incluir qualquer tipo de som e ter a impressão de ouvir uma palavra (como o canto de um bem-te-vi) ou ver imagens (não necessariamente faces) com significados aleatórios.

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Um retrato de Van Gogh ou uma tranquila paisagem rural (na qual também aparece Van Gogh)? Pintura por Oleg Shuplyak

Mas vamos voltar aos carros. Como dissemos, a pareidolia é o que faz enxergarmos rostos neles, e alguns até parecem sorrir como se estivessem adorando cada momento de sua existência sobre quatro rodas. Você deve conhecer alguns deles, não  é? Quais?

Nossa sugestão é aquele que, talvez, seja o carro mais “feliz” de todos: o Austin Healey Sprite de primeira geração.

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E ele tem motivos para tal: fabricado entre 1958 e 1961, ele é um dos mais antigos representantes da linhagem dos clássicos roadsters britânicos que compensavam a relativa falta de potência com toneladas de diversão. Ele traz todas as coisas que um bom esportivo britânico precisa ter: baixo peso (só 670 kg), acerto de suspensão — com braços triangulares inferiores na dianteira e feixes de molas na traseira — que privilegiava a dinâmica com relativo conforto e, claro, um pequeno e econômico quatro-cilindros de apenas 948 cm³ e 43 cv. O único câmbio disponível era manual, de quatro marchas.

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O Austin-Healey podia não acelerar com vigor, mas é como dizem: melhor dirigir rápido um carro lento do que ser obrigado a guiar devagar um carro rápido. Especialmente porque, graças à então inovadora construção em monobloco, na qual partes da carroceria serviam como componentes estruturais, o Sprite era um carro muito firme e decidido em curvas de alta velocidade.

De qualquer forma, o Sprite de primeira geração se tornou um sucesso e um ícone entre os entusiastas até hoje — e, obviamente, há quem prefira torná-lo um carro rápido, instalando motores maiores (mas não muito) e suspensão preparada. Não parece que ele está se divertido demais?

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É por isso que o Austin-Healey Sprite é nossa sugestão. Mas nós queremos saber: qual é o carro mais “feliz” que você conhece? Deixe sua(s) resposta(s) na área de comentários abaixo que, como sempre, é toda sua!