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Notícias Zero a 300

Subaru anuncia recall para destruir o carro e trocá-lo por um novo

Vejam só que coincidência: há dois dias falamos sobre recalls, sobre como a maioria dos motoristas/proprietários não levou seus carros defeituosos para os reparos necessários e ainda estão rodando por aí. Na ocasião, falamos da importância de se manter informado a respeito — mesmo que seu carro tenha vindo usado. O mais recente recall da Subaru é o melhor exemplo de como o assunto é importante: a marca está convocando quase 300 unidades de seu novo SUV Ascent devido a uma grave falha estrutural que não pode ser corrigida e, por isso, os carros terão que ser destruídos. Sim, PT sem bater.

O problema, felizmente, afeta somente 293 exemplares do Subaru Ascent, o que corresponde a menos de 1% dos carros vendidos — e eles estão todos nos EUA. O que aconteceu é que estes 293 carros acabaram fabricados sem pontos de solda fundamentais na coluna B, o que compromete sua resistência estrutural e a proteção dos ocupantes. Como isso não é algo que se conserta com uma ida à concessionária, a Subaru está convocando os proprietários, substituindo os carros por um modelo idêntico zero-quilômetro e destruirá os carros defeituosos.

Segundo a publicação americana Consumer Reports, somente nove dos modelos foram vendidos, os outros 284 ainda estão no processo de distribuição aos concessionários ou nos pátios das concessionárias. O defeito foi descoberto no dia 21 de julho e imediatamente a Subaru conseguiu minimizar as consequências solicitando aos concessionários que não vendessem nenhuma unidade do Ascent produzida entre 13 e 21 de julho. Os proprietários serão notificados pela Subaru agora em agosto.

Como vimos na quinta-feira, a maioria dos recalls se referem a sistemas e dispositivos de segurança, contudo o reparo normalmente é feito nas concessionárias com a substituição dos elementos defeituosos. Apesar disso, recalls que substituem o carro inteiro e sucateiam o carro defeituoso não são incomuns.

Em fevereiro de 2017, por exemplo, a Jaguar “deu PT” em nove exemplares do XF devido a fissuras nas soleiras/caixas de ar que, em caso de impacto, poderiam se romper e romper as linhas de combustível que passam por ali, com risco de incêndio. Os carros foram recolhidos e os proprietários receberam um modelo novo.

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Mais recentemente, em maio deste ano, a Volkswagen convocou 12 unidades do Eos, do Golf, do Passat e do Touareg nos EUA para reparos em componentes e software inadequado à legislação do país. Alguns carros puderam ser reparados, mas outros foram recolhidos e destruídos, e os donos indenizados com um carro novo.

O Brasil também teve um recall do tipo — e que gerou até uma pequena teoria conspiratória. Foi com a picape Troller Pantanal, lançada pela fabricante cearense um ano antes de sua aquisição pela Ford. Em 2008, já sob o controle da Ford, a marca anunciou o recall das 77 unidades vendidas da picape devido a trincas no chassi, que poderiam causar graves acidentes caso acabassem se rompendo.

Pantanal

Foto: Claudio Teixeira/AE

Mas em vez de recolher os carros e entregar um novo, sem o defeito, para os proprietários, a Ford determinou o recolhimento do carro e a indenização dos proprietários com o valor pago corrigido. A teoria conspiratória gira em torno de uma suposta ação da Ford para matar o modelo e evitar a necessidade de garantia e produção de peças de reposição e atendimento, além de impedir uma eventual concorrência com sua linha de picapes.


 

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