os braços de suspensao do mclaren f1 em a poderiam ter sido de aluminio fundido mas eu nao gostei da ideia o peso do fundido basico seria de aproximadamente 7 kg cada o que usinado na peça final chegaria a 4 kg a peça final que acabamos fazendo pesou os mesmos 4 kg mas usinamos ela a partir de um bloco solido de aluminio de 40 kg assim conseguimos exatamente a aparencia e a sensaçao de qualidade que precisavamos alem da funçao para o f1 foi a coisa certa a fazer gordon murray incrivel nao gastar nada menos que 40 kg de aluminio ao inves de 7 kg para atingir a mesma funçao a qualidade final melhor possivel e parte do mclaren f1 tanto quanto seus dotes dinamicos quase insuperaveis mas outros carros ja foram criados sem olhar o custo de material e trabalho; famosamente os rolls royce tornaram este tipo de procedimento o da qualidade que vem dos melhores materiais e uma produçao aonde o cuidado vem antes da velocidade ja em 1908 quando lançou o 40/50 hp silver ghost nele tambem nao existiam fundidos somente forjados estampados e usinados e apesar de nao ter o revestimento do compartimento do motor em ouro como o mclaren usava chapas de niquel de 1mm unidas a quente para proteger as peças exteriores e nao apenas banhos quimicos de espessura em microns nao onde o mclaren f1 se destaca de todos os outros carros ate mesmo o novo gma t 50 e no modo que foi criado o f1 abandonou todas as tradiçoes de engenharia ate entao e foi desenhado se revertendo aos principios basicos; reprojetando se tudo para que fosse o teoricamente perfeito para a funçao o gma t 50 e um f1 moderno; apenas pegou o carro original e trouxe a tecnologia de cada componente 30 anos adiante o f1 nao copiou nada que veio antes [caption id= attachment_317445 align= aligncenter width= 999 ] o esboço inicial de murray; suspensao dianteira[/caption] assim foi tambem como nao poderia deixar de ser a suspensao do mclaren f1 e um exercicio quase impossivel em termos de suspensao o f1 ao contrario de todo supercarro ja feito antes o carro deveria ser primeiro um gt que pudesse levar tres pessoas e malas da inglaterra ao sul da frança em um dia sem cansar o que era um pedido do bilionario anglo franco saudita dono da mclaren entao mansur ojjeh mas isso sem impedir o desempenho superlativo maior do que qualquer carro de rua de entao e superior ate ao que vencia le mans em seu tempo e ter a precisao e feedback necessarios para que fosse o melhor driver’s car ja criado o objetivo principal desde o começo objetivos severamente conflitantes que nenhum computador ou sistema ativo poderia transpor mas que foi atacado como tudo no carro revertendo aos proncipios basicos de engenharia o dilema absorçao de choques absorçao de vibraçao graus de liberdade para tornarem impactos mais palataveis um carro que fosse viajar ate o sul da frança num dia teria que ter algum grau disso mas carros com o desempenho do f1 ate ali nao nada disso e problema para um carro de competiçao controle perfeito da geometria e movimento da roda esta acima de toda e qualquer outra consideraçao este grau de liberdade do carro de rua normalmente vem de elementos de borracha ou termoplasticos e termofixos que emulam comportamentos parecidos voces conhecem bem eles estao em toda parte na suspensao de seus carros em todos os pontos de montagem e/ou articulaçao carros de corrida nao precisam deles para andar em pistas lisas e com pilotos que querem e ganhar corridas mesmo que fiquem doloridos com impactos no processo no carro de corrida tudo e rigido sem borracha sem grau de liberdade nenhum por isso o uso das buchas de pu mais barulhentas e duras mas mais precisos quando voce quer que seu carro va para a pista mas mesmo esse tipo de coisa seria inaceitavel para o f1 precisao e conforto eram requisitos conflitantes mas necessarios uma suspensao qualquer uma delas tem que lidar com uma serie de funçoes a primeira e lidar com as ondulaçoes da pista; o outro isolar os ocupantes de impactos curtos como buracos depois tem que ser precisa controlar o movimento da roda ter aderencia manter o maximo da rodagem no chao e lidar com as forças de aceleraçao e frenagem a 390 km/h no caso do mclaren massa nao suspensa piora a situaçao o fato de que o carro mesmo com cuidado para se manter a massa nao suspensa baixa usando tamanho contido e alta tecnologia em freios rodas e pneus teria que necessariamente ter uma massa nao suspensa relativamente alta rodas pneus e freios grandes para um carro que facilmente passa de 350 km/h sao uma necessidade e como o carro de fibra de carbono seria leve a relaçao massa suspensa/nao suspensa seria prejudicada havia o risco de o rabo balançar o cachorro e tudo relacionado com manter a banda de rodagem do pneu em contato com o chao afinal de contas e com o maximo de carga nelas uma banda de rodagem que nao toca o chao nao consegue fornecer a aderencia a ele afinal de contas por isso por exemplo tenta se evitar muita rolagem descarregamento de roda interna pneu dobrando em cima de sua lateral na roda externa etc o controle de cambagem durante o movimento tambem e a massa nao suspensa baixa e mais facil de se controlar e desacelerar quando esta indo em direçao contraria ao solo alem disso baixa massa nao suspensa tambem faz a suspensao em si menos parruda e mais leve olhando de hoje parece incrivel que o f1 com todo seu potencial de 390 km/h nao use pneus maiores 235/45 zr17 na frente e 315/45 zr17 atras e a menor medida possivel ainda capaz de dar a frenagem traçao e aderencia em curvas necessarias; o fato de o carro pesar apenas 1200 kg ajuda aqui os pneus sao exclusivos para o carro desenvolvidos pela goodyear e a michelin as rodas em magnesio da oz tambem sao exclusivas com parafuso unico central e nas medidas 17x9 e 17x11 5 na frente a massa nao suspensa dava exatos 42 kg por canto; atras eram 55 kg com o peso total e a distribuiçao de peso de 42/58% isso significava uma relaçao de massa suspensa/nao suspensa de 5 5 1 e 5 8 1 frente e tras respectivamente um hatchback contemporaneo como o peugeot 306 para comparaçao dava 9 8 1 e 7 3 1 alem da massa nao suspensa controlada ajuda o trabalho da suspensao o fato de que o centro de gravidade e baixo e as massas centralizadas no carro quase nao tem balanços tambem a distribuiçao de peso variava pouco tambem pela posiçao central das massas variaveis de combustivel passageiros e malas tudo ja era teoricamente perfeito para um comportamento tambem perfeito o desenho basico das suspensoes foi completado com cursos generosos para este tipo de veiculo 90 mm em compressao 80 mm em distensao um carro normal como o polo fiesta ou argo costuma ter uns 120 mm no total o que mostra como o curso do f1 e fora do normal o desenho era de duplo a sobreposto com uma alavanca em l operando um coilover horizontal atras o amortecedor/mola esta em posiçao convencional os teoricos de suspensao nao gostam de barras estabilizadoras pois elas afetam negativamente uma geometria perfeita somente para permitir um ajuste mais facil de suspensao durante o projeto; o f1 nao tem barras estabilizadoras claro como esta sentado no eixo de rolagem o piloto nao sente esta rolagem de qualquer forma o pulo do gato ou por que a suspensao do mclaren f1 e brilhante mas e a soluçao do problema de precisao vs absorçao o carro teria borracha na suspensao como um carro normal de rua ou tudo rigido como um carro de corrida normalmente num carro normal a borracha permite movimento para tras da suspensao em impactos; a base da suspensao por exemplo pode andar para tras sob impacto ou frenagem mas no f1 essa mudança de caster era inaceitavel separando as duas funçoes e atacando uma de cada vez chegou se a uma soluçao [caption id= attachment_317460 align= aligncenter width= 999 ] a suspensao dianteira com o subframe repare nos amgulos das buchas de montagem [/caption] gordon murray o que steve randle e outro de nossos engenheiros tim feast fizeram foi criar um subframe no qual os triangulos de suspensao sao montados em juntas rigidas dando nos o controle de um carro de corrida sobre a geometria de movimento da roda a parte inteligente e que o subframe carregando esta geometria de suspensao rigidamente controlada era entao montado ao chassi por meio de quatro buchas essas buchas sanduiches multicamadas de borracha e nylon cada uma das quais radialmente 25 vezes mais rigida do que axialmente faziam esse subframe livre para se mover efetivamente para frente e para tras mais do que para cima e para baixo o truque foi fazer os eixos dessas buchas compativeis para guiar o movimento do subframe atraves de um arco e o ponto sobre o qual esse arco estava centrado e portanto sobre o qual o subframe podia se mover era o ponto central de contato do pneu no chao [caption id= attachment_317461 align= aligncenter width= 1503 ] balljoint rigido precisao[/caption] o resultado foi que em um carro convencional bater em um buraco moveria toda a suspensao para tras encurtando momentaneamente a distancia entre eixos daquele lado e perturbando a suspensao e a geometria da direçao se a mclaren atingisse o mesmo buraco sua distancia entre eixos efetivamente ficaria imperturbada mas o impacto ainda seria amortecido pelas buchas do subchassi de steve ele calculou e verificou toda a geometria complicada da suspensao e a rigidez exigida de cada buchas calculou todos os numeros e quer saber funcionou a suspensao toda gira portanto em cima do ponto de contato do pneu ao solo brilhante usando as tres referencias de precisao vs absorçao de murray os testes comprovaram o sucesso o caster do f1 diminui 1 02 graus por g de frenagem contra 2 91 do honda nsx 3 60 do porsche 928s e 4 30 graus por g do jaguar xj6 a mesma diferença foi observada no ganho de camber sob força lateral nas curvas genial atras a coisa foi ainda mais complicada lembre que a suspensao era montada na transmissao transversal por sua vez montada no motor que por fim fixava tudo no monocoque as cargas da suspensao traseira sao todas alimentadas atraves da transmissao e do conjunto do motor no chassi central sendo as cargas de traçao e frenagem aceitas pela fixaçao do motor no chassi rigidas axialmente as cargas de torçao sao absorvidas por meio de novas montagens nas vigas laterais da estrutura que se estendem para tras todas as buchas de montagem tambem atuam como isoladores de ruido e vibraçao de alta eficacia enquanto a massa substancial do motor v12 e empregada como amortecedor de vibraçao para absorver choques de alta frequencia transmitidos pela geometria da suspensao traseira excepcionalmente precisa da f1 gordon murray de novo eu estava convencido de que nao deveriamos ter uma estrutura separada na parte de tras do carro para reagir a suspensao mas como o motor estava fixo por buchas de borracha nao podiamos aplicar torçao uma carga de torçao a ele entao steve sugeriu usar o conjunto do motor e da caixa de cambio como um amortecedor de massa ao qual a suspensao poderia ser anexada com geometria teoricamente zerada e em seguida criar buchas compativeis unidirecionais semelhantes para os suportes do motor o que permitiria a conformidade em uma direçao mas nao o outra tim feast elaborou o design e foi com isso que seguimos atras o principal medo e variaçao da convergencia/divergencia da roda sob esforço de frenagem e aceleraçao o controle da roda se mostrou excepcional no mclaren em frenagem a variaçao foi de apenas 0 04 graus por g e sob traçao segurando o torque prodigioso do maravilhoso v12 apenas 0 08 graus por g os numeros do 928s foram de 0 3 e 0 35 o resultado disso tudo voces ja sabem um carro confortavel e com um grau interessante de absorçao de impactos curso generoso de suspensao e um controle ainda assim incrivel mesmo a velocidades acima de 350 km/h o carro nunca perde a controlabilidade um feito que sozinho ja faria este carro famoso mas e apenas mais um entre tantos outros
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