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Taycan Cross Turismo lançado por R$ 685.000
Você poderia imaginar que o Porsche Taycan se tornaria o modelo elétrico mais vendido no Brasil em 2021? Nada de minicarros urbanos com baterias pesadas para ir ao trabalho e ao supermercado no caminho de volta para casa. O negócio aqui foi mesmo um esportivo que custa mais de meio milhão de reais. E agora, para quem precisava de pouco mais espaço que o oferecido pelo Taycan, a Porsche lançou a versão perua do modelo, o Taycan Cross Turismo.
A relação dele com o Taycan é a mesma do Panamera com a Panamera Sport Turismo: o carro é uma perua/shooting brake do Taycan, que mantém o visual mais próximo dos esportivos do que dos excêntricos carros elétricos. O resultado é uma perua elegante, com ar futurista mesmo tendo sido planejada há mais de cinco anos.
Como o Taycan sedã, a versão Cross Turismo tem quatro versões com dois motores elétricos, um em cada eixo: 4, 4S, Turbo e Turbo S. Todas têm tração integral, bateria de 93,4 kWh, arquitetura elétrica de 800V e modo overboost. O que muda são os números de potência e desempenho, além da autonomia.
Por ora, o único modelo oferecido no Brasil é Taycan 4 Cross Turismo, com 380 cv (476 cv em modo overboost), vai de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos, tem velocidade máxima de 220 km/h e autonomia de até 456 km. Justificando o “Cross” em seu nome, o novo Porsche elétrico traz suspensão ajustável a ar que pode ficar até 1 cm mais alta e também o modo de condução Gravel (cascalho), usado para melhorar a aderência em estradas de terra. A Porsche ressalta, porém, que não se trata de um modo off-road. Melhor não sair fazendo trilhas com o Taycan Cross Turismo.
O Taycan Cross Turismo já podia ser encomendado no Brasil desde abril, quando custava R$649.000, mas somente agora as primeiras entregas serão feitas. Para quem deseja comprar o carro hoje, o preço ficou um pouco mais caro devido à variação cambial e à inflação, partindo de R$ 685.000 atualmente.
Os carros mais vendidos em setembro de 2021
Mais um mês de 2021 encerrado, mais uma lista oficial de emplacamentos divulgada pela Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores, a Fenabrave. Mais uma redução no volume total de vendas — e uma redução dupla: o volume de emplacamentos foi menor que em agosto deste ano e menor que setembro do ano passado. A razão da queda, como sabemos, se deve à escassez de componentes causada pelas paralisações na produção de insumos ao longo da pandemia.
A situação tem duas consequências que nos afetam diretamente: além do preço dos carros subir devido à menor oferta — as fabricantes precisam recuperar capital de giro e bancar a operação com menor volume de vendas, o que significa margens maiores –, isso também irá afetar o preço dos usados em dois momentos distintos. O primeiro é imediatamente, devido à maior demanda por usados por quem não quer/pode pagar os preços mais altos dos carros novos; e o segundo é em até três anos, quando este menor volume de veículos novos chegar ao mercado de usados — afinal, menos carros novos resultam em menos carros usados em curto prazo. É por isso que os preços não devem voltar ao normal tão cedo. Se quiser entender mais sobre isso, veja esse link abaixo, principalmente na primeira parte do texto, onde falamos sobre a paralisação da produção.
Agora, que já temos o contexto, voltemos aos carros mais vendidos. A lista, aliás, foge de qualquer lógica do mercado nos anos anteriores. O líder é o Hyundai HB20 com 7.147 unidades, seguido pelo Jeep Compass e pelo Volkswagen T-Cross com 6.823 e 5.733 unidades, respectivamente. Depois, em quarto e quinto vêm os Fiat Argo e Mobi, com 4.911 e 4.574 unidades. Em sexto e sétimo mais dois crossovers: o Hyundai Creta e o Jeep Renegade praticamente empatados — com 4.550 unidades o Hyundai e 4.503 unidades o Jeep.
Fechando o top 10, a GM emplacou o Onix, o Tracker e o Onix Plus — suas três apostas para manter o volume de vendas com o novo cenário projetado para esta década. O Onix vendeu 4.311 unidades, o Tracker vendeu 3.936, e o Onix Plus, 3.747.
Este cenário de crossovers vendendo tanto quanto hatches e sedãs compactos ajuda a explicar a investida das fabricantes nesse tipo de carro — que, como já explicamos, tem maior valor agregado (ou seja: boas margens de venda/lucratividade). A tendência segue além do top 10: o Nivus vendeu pouca coisa mais que o Gol (3.356 unidades do crossover vs. 3.141 unidades do hatch), e o Corolla Cross ultrapassou o Corolla sedã com quase 800 unidades de vantagem, o que mostra uma decisão acertada da Toyota ao desenvolver e oferecer um crossover com a marca Corolla. Enquanto o Corolla Cross chegou a 3.050 unidades, o Corolla sedã ficou nas 2.280 unidades vendidas.
Versões elétricas do Porsche 718 terão bateria central-traseira
Como você mantém uma tradição de layout mecânico em um carro que não tem apenas um motor? Colocando as baterias dele na mesma posição tradicional do motor de combustão interna. É o que a Porsche está fazendo com os futuros sucessores elétricos dos 718 Cayman e Boxster.
Previstos para 2024, eles usarão a arquitetura “e-core”, que colocará o motor entre a cabine e o eixo traseiro. Ao que tudo indica, as baterias não ficarão no assoalho do carro, pois isso eleva o piso da cabine e resulta em um carro mais alto, o que não é desejável para uma dupla de esportivos como o 718 (como se baterias e motores elétricos fossem desejáveis em esportivos…). Com a posição mais elevada e deslocada das baterias, comparadas a um carro elétrico convencional, será possível fazer uma carroceria mais baixa e com menor coeficiente de arrasto, além de proporcionar uma ergonomia mais próxima dos esportivos convencionais para os 718 elétricos.
Esta plataforma e-core será exclusiva deste dois modelos na linha Porsche — ela não tem relação alguma com as plataformas elétricas do Taycan e Macan —, mas não será uma exclusividade da Porsche. Segundo o diretor técnico da Porsche, Michael Steiner, esta base poderá ser usada em esportivos da Audi e da Lamborghini.
Bugatti Bolide é eleito o “hipercarro mais bonito do mundo”
Apesar de beleza ser uma questão de gosto, existe alguma objetividade na definição. Ela é baseada nos conceitos filosóficos de harmonia, estética, função, significado, equilíbrio etc. É por isso que você pode criar um concurso de beleza e julgar a beleza de qualquer coisa. Durante o Festival Automobile International, realizado na última semana em Paris, foi realizada a eleição do carro mais bonito do mundo — algo como o Miss Universo para automóveis, porém segmentado em categorias distintas. E quem venceu a categoria Hypercar foi o Bugatti Bolide.
Não que fosse uma competição muito acirrada — ele competiu apenas contra o GMA T.50, o Mercedes-AMG One e o BAC Mono 2 —, mas como a comissão julgadora foi formada pro designers de automóveis, a conquista tem seu valor. O modelo foi apresentado como um “conceito” em outubro de 2020 e, desde agosto, foi transformado em um modelo de série, com produção limitada a 40 unidades.
Voltando à questão da beleza, ela nem sempre é baseada apenas na estética — apesar de isso parecer um absurdo. A funcionalidade também sua beleza (funciona que é uma beleza…), o que parece explicar a decisão da comissão julgadora, afinal, estamos falando de um carro de pista com visual 100% dedicado à funcionalidade naquele ambiente, incluindo os scoops no capô, os para-lamas elevados ao estilo protótipo de Le Mans, a barbatana no teto e a incrível asa traseira — sem contar o conjunto óptico ousado, em forma de X.
Além do Bolide, o Audi Q4 E-Tron faturou o prêmio de showcar mais bonito, o DS Aero Sport Lounge levou o de conceito mais belo, o Mercedes-Benz Vision AVTR levou o carro futurista mais bonito, o Maserati MC20 foi eleito o supercarro mais bonito e o Honda E levou o prêmio de beleza interior.